Por que não abóboras?
Elas estão ali diante dos nossos olhos, densas, carnudas, fechadinhas ou já rasgadas por uma faca, aos pedaços.
Texturas, nem pensar quantas. Sabores, idem. Umas combinam mais com o açúcar que vai compor o doce de abóboras, simples, sem mais nada além do estrangeiro açúcar. Mas asse-a primeiro. Reduza o açúcar. Faça um belo e denso creme, para comer de joelhos. Ah, não vai colocar um coco ralado? Talvez sim, talvez não. Mas... já que você insiste, vamos lá pegar aquele coco maduro, quebrá-lo mesmo sem muita ciência, apenas esquentando-o sobre o bico do fogão para dar uma aquecida na casca. Uma leve batida e ele se abre, já sem a água, mostrando as suas puras carnes brancas. Gordurosas e cheias de fibras... Um ralador daqueles usados pelas baianas ou retirar da casca, descascá-loa inda mais uma vez, e só depois um ralo pra deixar os fios o mais longo que conseguires. Adicione, assim mesmo, sem maiores preocupações. Deixe sua pureza ser contaminada pela textura e pelo sabor da abóbora.
Eles se envolverão, se mesclarão para que todos os teus sentidos sintam a sua passagem pela boca. Mesmo que chegados pela ponta do indicador sem-vergonha ou pela colher de prata...
Mas atiçar apenas com o doce? E porque não buscar a junção com a flor de sal? Procurar novos "parceiros" para uma relação nada pudica ou convencional: que venham carnes de todas as cores, de todas as texturas. Repousem sobre ela ou apenas misclem-se despudoradamente. Quem venham os porcos, as ovelhas, os patos. Suculentas coxas de pato à moda antiga lentamente cozidas sobre o crepitar de uma bela lenha. Ali, sem pressa sobre a chapa quente e as labaredas não menos.
Enfeitem com o verde dos temperos frescos colhidos pouco tempo antes da finalização. Apenas lavados e balançados para que fiquem apenas umas poucas gotas ali para lembrar que são frescos.
As carnes, de qualquer forma, com a menor quantidade de coisas que possam afetar seu sabor original.
Aproveitem este momento mágico para "descobrir" todo o mistério que existe em torno desta fantástica companheira dos cozinheiros.
E porque não começar com uma brincadeira que me foi ensinada: o tartare de abóbora. Tão simples quanto possa parecer cortá-la em pequeníssimos quadradinhos, todos do mesmo tamanho, agora, com uma proposta inusitada até então: sal e pimenta do Reino, moída na hora e sal granulado. Poucos. Apenas para "acordar" as sehoras papilas.
Bons sonhos! Boa aventura!
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Simplesmente, abóboras.
| Postado por pintodelima 2 comentários |
Simplesmente, abóboras.
Por que não abóboras?
Elas estão ali diante dos nossos olhos, densas, carnudas, fechadinhas ou já rasgadas por uma faca, aos pedaços.
Texturas, nem pensar quantas. Sabores, idem. Umas combinam mais com o açúcar que vai compor o doce de abóboras, simples, sem mais nada além do estrangeiro açúcar. Mas asse-a primeiro. Reduza o açúcar. Faça um belo e denso creme, para comer de joelhos. Ah, não vai colocar um coco ralado? Talvez sim, talvez não. Mas... já que você insiste, vamos lá pegar aquele coco maduro, quebrá-lo mesmo sem muita ciência, apenas esquentando-o sobre o bico do fogão para dar uma aquecida na casca. Uma leve batida e ele se abre, já sem a água, mostrando as suas puras carnes brancas. Gordurosas e cheias de fibras... Um ralador daqueles usados pelas baianas ou retirar da casca, descascá-loa inda mais uma vez, e só depois um ralo pra deixar os fios o mais longo que conseguires. Adicione, assim mesmo, sem maiores preocupações. Deixe sua pureza ser contaminada pela textura e pelo sabor da abóbora.
Eles se envolverão, se mesclarão para que todos os teus sentidos sintam a sua passagem pela boca. Mesmo que chegados pela ponta do indicador sem-vergonha ou pela colher de prata...
Mas atiçar apenas com o doce? E porque não buscar a junção com a flor de sal? Procurar novos "parceiros" para uma relação nada pudica ou convencional: que venham carnes de todas as cores, de todas as texturas. Repousem sobre ela ou apenas misclem-se despudoradamente. Quem venham os porcos, as ovelhas, os patos. Suculentas coxas de pato à moda antiga lentamente cozidas sobre o crepitar de uma bela lenha. Ali, sem pressa sobre a chapa quente e as labaredas não menos.
Enfeitem com o verde dos temperos frescos colhidos pouco tempo antes da finalização. Apenas lavados e balançados para que fiquem apenas umas poucas gotas ali para lembrar que são frescos.
As carnes, de qualquer forma, com a menor quantidade de coisas que possam afetar seu sabor original.
Aproveitem este momento mágico para "descobrir" todo o mistério que existe em torno desta fantástica companheira dos cozinheiros.
E porque não começar com uma brincadeira que me foi ensinada: o tartare de abóbora. Tão simples quanto possa parecer cortá-la em pequeníssimos quadradinhos, todos do mesmo tamanho, agora, com uma proposta inusitada até então: sal e pimenta do Reino, moída na hora e sal granulado. Poucos. Apenas para "acordar" as sehoras papilas.
Bons sonhos! Boa aventura!
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quarta-feira, 18 de abril de 2007
O caminho das pedras
E não é que eu acabei comprando esse livro? Já comecei a ler e aos poucos vou descobrindo o quando ele vai me esclarecendo a respeito de algumas coisas que em nenhum momento do aprendizado aqueles que estiveram diante de mim mostraram as pedras...
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| Marcadores:
cientista,
cozinha,
livro indicado
O caminho das pedras
E não é que eu acabei comprando esse livro? Já comecei a ler e aos poucos vou descobrindo o quando ele vai me esclarecendo a respeito de algumas coisas que em nenhum momento do aprendizado aqueles que estiveram diante de mim mostraram as pedras...
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livro indicado
domingo, 1 de abril de 2007
Belas coxas!
Hoje acordei cedo. Já desde ontem havia pensado no que me esperava hoje.
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Belas coxas!
Hoje acordei cedo. Já desde ontem havia pensado no que me esperava hoje.
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