Estava sozinho pensando no que fazer para comer. Em princípio as alternativas poderiam ser muitas. Mas queria apenas uma coisa simples. Fácil de fazer, comer e digerir.
Afinal andei abusando do açúcar nos últimos dias. Ou, quem pode deixar de lado uma geléia de acerola em que cada fruta foi escolhida no pé, extraída apenas a polpa em processo manual e apenas 20% de açúcar? Muita paciência, apenas...
Bem voltando ao almoço... abro o refrigerador (a maioria insiste em chamar de geladeira...) e lá está um belo pedaço de abóbora-menina que eu mesmo selecionei entre as recém abertas pelo meu fornecedor.
Hummm mas e dai? A companhia preferida por muitos estava em falta e mesmo que a tivesse não ficaria pronto para almoçar. Já passava das 12 horas.
Bom, peguei-a e cortei em pedaçõs regulares. E lá foi ela para uma sauna! Isso mesmo, queria apenas no vapor. Sem nada: só a abóbora.
Numa outra prateleira uns filés de pequenos linguados.
OK. Linguado secando... abóbora suando. E eu esperando.
Depois da menina ter ficado macia, passei-a pela peneira. Tem coisas que não gosto de outro processo que não seja a velha e útil peneira.
Coloquei o creme numa caçarola e fogo na bundinha dela! Era preciso secar essa menina.
Sal granulado e um pouco de pimenta do Reino moida sobre ela.
Nada mais. Afinal o sabor e textura procurado era apenas o de abóbora. Nada mais...
Creme feito e reservado, pega-se uma frigideira antiaderente e um fio de azeite e uma pequena colher de café de manteiha sem sal.
Peixinho seco e uma pitadinha de sal e uma rodadinha no moinho. Pronto! Fogo!
Doura de um lado, doura de outro.
Prato branquinho... uma porção generosa de creme de abóbora e uns filézinhos de linguado.
Finalizando um simples e humilde caldinho de feijão.
Nada como brincar com sabores, texturas, contrastes. É inusitado...
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Inusitado
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