sábado, 24 de novembro de 2007

Marravia!

Aproveitando o jeito Claude de falar o seu carrrioquês, essa é exatamente a palavra que expressa o que sinto ao comer couscous.

Muitos anos de minha vida se passaram sem que eu tivesse a exata noção do que isto pudesse significar. Depois de começar a me envolver de uma forma mais contundente com a gastronomia, um dia assistia a um programa na tv e vi uma chef preparando um couscous marroquino com atum. No início ainda pensei, o que os dois podem ter a ver, já que no deserto não se come atum...

Pesquisas pra lá, pesquisas pra cá e nada parecido (nas origens, é claro). Ai me perguntei: porque eu também não posso fazer de uma forma diferente? Lembrei d uma expressão ouvida numa cozinha: "cozinheiro precisa ousar, criar!". É claro. Quem está na chuva é pra se molhar...

Mais andanças por esse mundo de Deus: cozinhas, cursos, livrarias, internet... Recentemente, assistindo a um chef italiano fazendo um couscous (ele pegou o pacote e mostrou, dizendo que era legítimo...). Claro que anotei o nome. Seria mais uma de minhas loucuras, sair atrás deste couscous. É claro que imaginava ser uma coisa dificílima, que só tivesse ao alcance dele, do restaurante dele...

Para isto, meu sexto sentido indicou uma lojinha que volta e meio passo por lá à procura de coisas diferentes para meus testes. Ele estava lá, na prateleira!!!! Meu coração disparou e fui ao encontro dele, apertando um pacote ao encontro do meu peito. Claro que muita gente pode dizer um monte de coisas a respeito desta atitude. Paciência... estou aprendendo a viver com os diferentes.



Bem, dito isto, vamos ao que você espera... Peguei meia xícara dele e fui acrescentando água (apenas água), colher a colher, numa hidratação lenta. Depois de cada colher de água, mexia bem e dava um tempinho. Foi assim até eu sentir que ele estava com a humidade desejada.

Bem, já tinha cortado, em brunoise, uma cenoura média, uma abobrinha idem, dois dedos de alho poró, um damasco seco (queria brincar um pouquinho com o doce, criar contraste). Bem, estes legumes fora para a frigideira quente, com azeite. Dei um calor "puxando-os". Neste tamanho de corte nem é preciso muito tempo ali para criar uma textura adequada. Agora, o couscous já hidratado para receber um pouco de calor.
Por fim o damasco também cortado em pequeninos cubos. Tudo misturado e aquecido, coloquei-os no centro de um prato.

Sobre ele um bom pedaço de ossobuco bovino, que levou exatas quatro horas em fogo baixíssimo, numa panela de ferro tampada. Lá dentro, além do ossobuco e água, cebolas em brunoise, tomates e alho poró. Quase ao final, um raminho de alecrim e outro de tomilho pra perfumar e a verificação do sal. Só. Simples assim!!

Agora, aproveitem bem...

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