terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Mas essa, ainda não é a minha tortinha [2]


E as sutilezas permaneceram...

A gente procura daqui e dali encontrar a razão de um ou outro comportamento e fica difícil. Tentar chegar a um resultado quase profissional com equipamentos domésticos é uma tarefa que requer paciência, tempo e perseverança.

Não basta apenas chegar e executar a "receita". Pelo menos comigo não tem sido assim.

Assim foi com os pães. O curso formal no SENAI me mostrou caminhos e processos utilizados em padarias. Fornos grandes a gás, a energia elétrica, fornos mais modernos, de convecção.

E o desafio do instrutor: vai ser quase impossível chegar lá. Esta foi a resposta dele à minha pergunta se conseguiria fazer num forno caseiro.

Muito pão ruim depois consegui fazer um que ele pudesse olhar e dizer: este foi feito por um aluno meu! Pelo menos valeu!

E valeu pela satisfação de todos que deles provaram.

Assim está com a massa de torta. Já achei uma adequada para usar com forminhas. Aqui, contei com a ajuda de uma professora maravilhosa. Dedicada. Como poucas. Eu até posso dizer que sou feliz!

Agora a cisma volta para uma massa que seja maleável o suficiente para você montar uma tortinha na mão! Ela precisa ser flexível e ao final ser moreninha. E ter a consistência de um biscoito.

Precisa fazer crock na boca. Precisa quase esfarelar ao ser quebrada pelos dentes. Mas um quebrado sutil... Precisa não esfarelar. Os pedaços são importantes para permitir às papilas gustativas que sintam as nuances.

Não deve ser uma massa que se coma e apenas tenha-se a noção do "conjunto da obra"! Casa parte precisa ser notada, sentida, curtida em sua plenitude.

Isto é o que procuro. E vou encontrar: sozinho ou com a ajuda de algum espírito de luz...

Assim, agora nesta nova tentativa, já mexi em alguns itens da formulação.

Vamos por partes, como diria Jack...

Primeira mudança: troquei as maçãs por pêras. Era preciso sentir como elas se comportariam junto à massa. Pêras, conhecidamente "soltam" mais líquido. E isto altera a consistência da massa. O processo foi o mesmo: frigideira com manteiga para dar uma "amolecida". Depois secar em peneira.

A segunda: a manteiga foi reduzida para 120g. Acrescentei uma gema peneirada por gravidade.

A farinha (inicialmente 250g), em princípio foi mantida. Faltou um tantinho. Afinal a gema é mais líquida que a manteiga.

A terceira mudança já foi mais por ousadia: substitui a caldinha grossa por um doce de leite carlinhos. Assim, depois de assada ela foi montada sobre o doce de leite.


Os progressos foram notados pelas "beta-testers" que tenho aqui em casa. Conseguiram perceber alterações no resultado final. Acharam esta mais próxima do que me propuz.

Mas crocante, "quebra" ao invés de esfarelar. Já ficou mais moreninha. E o doce de leite.... hummmmmmmm deixa pra lá!

Mas essa, ainda não é a minha tortinha!



6 comentários:

Anônimo disse...

to gostando de ver seus esforços...ta qse chegando lá...vc vai ver!!!

Anônimo disse...

Enquanto issso, tortura quem vem te ler....rsrs
bjo,
Nina(Gourmandise)

Anônimo disse...

Então foram 250g de farinha e não 150g???
E o "doce de leite carlinhos" podemos ter a receita???
Plenas realizações para ti você é muito talentoso e aplicado.
Boa sorte

Adriana disse...

Aguardo anciosa o final desta tortinha.Tenha um bom dia!

Anônimo disse...

não vi açucar na massa...e, açucar com certeza deixará a massa mais moreninha...

Carlos Alberto de Lima disse...

Bem, já corrigi no "post" a informação da farinha de trigo. O correto é 250g.

Quanto ao açúcar, está lá: 75g