sábado, 12 de abril de 2008

Pepinos


Que não me venham falar que isto não é assim, que isto é muita petulância e outras coisas mais.

Existem momentos na vida da gente que é preciso arriscar. Fazer tudo muito certinho, de forma ortodoxa é muito bom. É o quase correto. E eu normalmente ando assim.

Mas existem situações em que alguma coisa lá dentro, lá no fundinho do forno diz: "tenta fazer diferente hoje!". E ai eu descambo pra fazer testes.

Descobrir passa a ser, então, um objetivo a ser atingido.

Passei um dia inteiro pesquisando sobre focaccia. Queria inovar. Queria encontrar um caminho diferente. Nem certo nem errado. Até porque não existem verdades definitivas além de duas ou três que conheço.

Uma delas é que um dia mudaremos de "casa"... Outra, que nascemos para aprender. Até troquei algumas idéias sobre isso com uma menina que dizia que não gostava da palavra aprendizado... Será que a convenci? Não sei. Pelo menos tentei. A outra é que devemos buscar nossos sonhos nem que eles demorem para serem atingidos.

Aliás, um dia li um livro sensacional sobre sonhos: A viagem de uma alma, de Peter Richelieu. Vale a viagem...

Bem, mas voltando ao que nos trouxe até aqui, dei uma "mexidinha" na focaccia... Continuando a idéia de fazer o "recheio" externo - apesar de algumas vezes a vermos tal como um sanduíche - lá fui eu pra massa.

Também uma pequena mexida em relação à de abobrinha. Assim, a quantidade de farinha de trigo passou para duas xícaras. Adicionei meia xícara de semolina de trigo duro (aquele pacote amarelo da Renata). Uma colher de chá de açúcar, uma colher de sobremesa de sal, uma colher de sobremesa de leite em pó integral. Sobre o sal e o açúcar já falamos, não é? Aliás sobre o leite em pó, também... Ah, quando estava finalizando a mistura, uma colher de sopa de meu português foi lentamente incorporada na massa.

Desta vez, dividi a massa em duas partes. Fiz duas bolas e deixei elas ali, namorando feito conchinha, debaixo do paninho de prato...

Enquanto isso, fatiava o pepino japonês nas rodelas mais finas que eu consegui. Numa peneira e polvilhados de sal ficaram ali desidratando e liberando um pouco do amargor (para muitos ele existe...). Uma cebola roxa média também foi cortada, formando anéis que foram desprendidos dos demais. Um leve banho de água gelada para eliminar um pouco do ácido interno e dar uma "sacudida" nela.

Quando a massa começava a dar sinais de se "engraçar", passei o rolo nelas! Esticadinhas e lisinhas foram colocadas no tabuleiro. Sobre elas, uma leve pincelada do português, depois as rodinhas de pepino e por cima as rodelinhas de cebola roxa.

Cobri o tabuleiro com o pano de prato e deixei ele quietinho, no escurinho para completar a fermentação.

Pré aqueci o forno, como sempre e, na hora certa, coloquei o tabuleiro. Quando o cheiro já estava chegando lá na portaria, retirei. Deitei-as no berço e tirei a foto.

Foi a sorte: senão não teria como mostrar como ela ficou!

[clique sobre a imagem para ampliar]


Agora, quem vai fazer uma igual?

6 comentários:

Anônimo disse...

Visual lindo, não sou chegada em pepino...mas que ficou bonito ficou.
Beijos

Clarissa Magalhães disse...

e eu como nutri, prometo não encher muito o saco do cozinheiro!
=) Vc verá que somos legais também

Anônimo disse...

Carlinhosssssssss!!!!!!!!!
Q coia mais linda!!!!!!!!
Os pepinos gratinaram??????
Isto sim é criação!!!!!!!!!
Viva!!!
Beijas!
Li

Carlos Alberto de Lima disse...

Na realidade o que graticou foi o queijinho sobre eles...

Adriana disse...

Muito boa colocação.Parabéns novamente.

Danielle disse...

que diferente... para mim pepinos eram so na salada... adorei.. bjs dani