Depois de algumas leituras pensei que chegava a hora de buscar uma nova linha de pesquisa: com farinha integral.
Na realidade, o mesmo processo foi refeito. Comecei com meia xícara de farinha de trigo integral. A água mineral mais ácida que encontrei nos mercados daqui de perto. Também meia xícara. Misturado até a consisitência de uma papinha de neném.
Colocada na vasilha de vidro com tampa rosqueável, não vedei totalmente a tampa. É preciso deixar que os gases saírem e entrar ar. No mesmo cantinho quieto de temperatura amena, ficou ali. No dia seguinte, abri a tampa, mexi um pouco e voltei a tampar (sem lacrar) e voltar ao mesmo local.
No terceiro dia, na hora da mexidinha, já deu para perceber que as primeiras bolhas se formava: isso indicava que o caminho estava sendo seguido adequadamente.
No quarto dia já dava para ver que estava fofo! Bolhas se agarravam nas paredes de vidro do pote. Era hora de alimentá-lo. Uma colher de sopa de mãe e duas colheres da mesma água mineral que comecei. Misturadinho, voltou ao vidro com a rosca frouxa o suficiente para trocas de ar...
No quinto dia, mais alegria. Correspondeu ao esperado. Mais uma colher de sopa de farinha integral e duas de água mineral.
No sexto dia, mais crescimento e bolhas mais padronizadas. Nova alimentação seguindo as mesmas medidas e a primeira separação: 100 gramas (depois de alimentado). Trocado o pote de vidro por um dsaco plástico e colocado no refrigerador. A parte retirada, ficou em temperatura ambiente para pegar ar e crescer.
Preparei, então o necessário para o primeiro pão: 1 1/3 de xícara de farinha branca (Renata), mascavo, sal, leite em pó, o levain e água.
Misturado na batedeira, ficou descansando inicialmente, 20 minutos. Modelei e colocquei numa forma. Levei ele pro quarto, cobri com dois panos de prato e deixei ele ali, num sono de ronco alto por seis horas, seis horas e meia. Hora de aquecer o forno a 220ºC por meia hora. Depois assar até chegar na cor desejada (30 minutos). Colocado na grelha para esfriar por 3 horas.
Cortar e comer!
Ah, pra você saber um pouco mais sobre os Terenas e Ticunas que me encantam:
Últimos remanescentes da nação Guaná no Brasil, os Terena falam uma língua Aruak e possuem características culturais essencialmente chaquenhas (de povos provenientes da região do Chaco). O domínio dos grupos de língua Aruak entre os diversos povos indígenas do Chaco, todos caçadores e coletores, deveu-se ao fato daqueles grupos serem, de longa data, predominantemente agricultores – e sobre esta base econômica se organizarem socialmente em grupos locais (aldeias) mais populosos, expansionistas e guerreiros.
A variedade e riqueza da produção artística dos Ticuna expressam uma inegável capacidade de resistência e afirmação de sua identidade. São as máscaras cerimoniais, os bastões de dança esculpidos, a pintura em entrecascas de árvores, as estatuetas zoomorfas, a cestaria, a cerâmica, a tecelagem, os colares com pequenas figuras esculpidas em tucumã, além da música e das tantas histórias que compõem seu acervo literário.
Um aspecto que merece atenção é o acervo de tintas e corantes. Cerca de quinze espécies de plantas tintórias são empregadas no tingimento de fios para tecer bolsas e redes ou pintar entrecascas, esculturas, cestos, peneiras, instrumentos musicais, remos, cuias e o próprio corpo. Há ainda os pigmentos de origem mineral, que servem para decorar a cerâmica e a “cabeça” de determinadas máscaras cerimoniais.
Ao longo dos quase quatrocentos anos de contato com a sociedade nacional, os Ticuna mantêm uma arte que os singulariza etnicamente, e as transformações constatadas em alguns itens de sua produção material raramente acontecem em detrimento da qualidade estética ou técnica das peças. Em certos casos, ao contrário, as inovações vieram beneficiar a aparência dos artefatos – especialmente aqueles destinados ao comércio artesanal – tornando-os mais vistosos e com melhor acabamento.
Faz sentido os nomes escolhidos?
Na realidade, o mesmo processo foi refeito. Comecei com meia xícara de farinha de trigo integral. A água mineral mais ácida que encontrei nos mercados daqui de perto. Também meia xícara. Misturado até a consisitência de uma papinha de neném.
Colocada na vasilha de vidro com tampa rosqueável, não vedei totalmente a tampa. É preciso deixar que os gases saírem e entrar ar. No mesmo cantinho quieto de temperatura amena, ficou ali. No dia seguinte, abri a tampa, mexi um pouco e voltei a tampar (sem lacrar) e voltar ao mesmo local.
No terceiro dia, na hora da mexidinha, já deu para perceber que as primeiras bolhas se formava: isso indicava que o caminho estava sendo seguido adequadamente.
No quarto dia já dava para ver que estava fofo! Bolhas se agarravam nas paredes de vidro do pote. Era hora de alimentá-lo. Uma colher de sopa de mãe e duas colheres da mesma água mineral que comecei. Misturadinho, voltou ao vidro com a rosca frouxa o suficiente para trocas de ar...
No quinto dia, mais alegria. Correspondeu ao esperado. Mais uma colher de sopa de farinha integral e duas de água mineral.
No sexto dia, mais crescimento e bolhas mais padronizadas. Nova alimentação seguindo as mesmas medidas e a primeira separação: 100 gramas (depois de alimentado). Trocado o pote de vidro por um dsaco plástico e colocado no refrigerador. A parte retirada, ficou em temperatura ambiente para pegar ar e crescer.
Preparei, então o necessário para o primeiro pão: 1 1/3 de xícara de farinha branca (Renata), mascavo, sal, leite em pó, o levain e água.
Misturado na batedeira, ficou descansando inicialmente, 20 minutos. Modelei e colocquei numa forma. Levei ele pro quarto, cobri com dois panos de prato e deixei ele ali, num sono de ronco alto por seis horas, seis horas e meia. Hora de aquecer o forno a 220ºC por meia hora. Depois assar até chegar na cor desejada (30 minutos). Colocado na grelha para esfriar por 3 horas.
Cortar e comer!
Ah, pra você saber um pouco mais sobre os Terenas e Ticunas que me encantam:
Últimos remanescentes da nação Guaná no Brasil, os Terena falam uma língua Aruak e possuem características culturais essencialmente chaquenhas (de povos provenientes da região do Chaco). O domínio dos grupos de língua Aruak entre os diversos povos indígenas do Chaco, todos caçadores e coletores, deveu-se ao fato daqueles grupos serem, de longa data, predominantemente agricultores – e sobre esta base econômica se organizarem socialmente em grupos locais (aldeias) mais populosos, expansionistas e guerreiros.
A variedade e riqueza da produção artística dos Ticuna expressam uma inegável capacidade de resistência e afirmação de sua identidade. São as máscaras cerimoniais, os bastões de dança esculpidos, a pintura em entrecascas de árvores, as estatuetas zoomorfas, a cestaria, a cerâmica, a tecelagem, os colares com pequenas figuras esculpidas em tucumã, além da música e das tantas histórias que compõem seu acervo literário.
Um aspecto que merece atenção é o acervo de tintas e corantes. Cerca de quinze espécies de plantas tintórias são empregadas no tingimento de fios para tecer bolsas e redes ou pintar entrecascas, esculturas, cestos, peneiras, instrumentos musicais, remos, cuias e o próprio corpo. Há ainda os pigmentos de origem mineral, que servem para decorar a cerâmica e a “cabeça” de determinadas máscaras cerimoniais.
Ao longo dos quase quatrocentos anos de contato com a sociedade nacional, os Ticuna mantêm uma arte que os singulariza etnicamente, e as transformações constatadas em alguns itens de sua produção material raramente acontecem em detrimento da qualidade estética ou técnica das peças. Em certos casos, ao contrário, as inovações vieram beneficiar a aparência dos artefatos – especialmente aqueles destinados ao comércio artesanal – tornando-os mais vistosos e com melhor acabamento.
Faz sentido os nomes escolhidos?
F A C I L I D A D E S
+ Acompanhe este blog pelo twitter.
+ Receba aviso sobre novos textos em seu email. Cadastre-se!
+ Antes de imprimir este texto, pense na sua responsabilidade com o meio ambiente: click aqui!
Um comentário:
Boa tarde,
Você borrifa água sobre a massa ao colocá-la para assar para dar crocancia ou não? Um truque que aprendi em fornos caseiros: nos últimos 5 minutos, jogar uma colher de água no fundo do forno (para vapor) e com o cabo de uma colher, deixar entreaberto o forno durante este tempo. Vc já fez algo parecido?
Postar um comentário