quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Arroz Integral com Água de Cenoura


Então, depois de muito tempo sem vir aqui contar novidades, me dei conta que estamos "fechando 2017" e que precisava retornar a escrever. Foram dias complicados em que estive envolvido não só com a Copa do Mundo como com as Olimpíadas. E este ano, uma sequencia de problemas com minha saúde foram adiando a volta por aqui. Me dediquei a "falar" por fotos no instagram (@carlinhosdelima) ou no twitter (@cdelima). Tenho estado por lá com mais frequência. Mas vamos ver se agora em 2018 consigo acertar uma rotina de voltar por aqui porque gosto muito desta forma de interagir com quem já se acostumou a me ler por aqui.

Vou falar hoje de um pouco do que tem sido estes meus últimos dias: encontrar uma alimentação que seja saudável e que me permita melhorar minha saúde. E, claro que não apenas mudar as "comidas" iria resolver minha saúde depois de um infarto e três stents no coração por conta de um entupimento de 90% da carótida descendente anterior... (até consegui gravar o nome dela!).

Bom, exames, médicos e caminhadas quase que xiitamente, vamos é falar de comidas...

Nada de radicalismo. Nada de "dietas" de livros traduzidos... Cuidando de conhecer os alimentos, trocar conhecimentos com quem vive de estudar isso para ensinar e procurar fazer o que aprendi a gostar nesses anos todos já vividos. É claro que as novas experiências estão abertas. Mas ainda tenho certa intolerância a determinados sabores. Vou encontrando meus cománheiros ao logo do caminho ou, como me ensinou um cara que acabou mudando todo o rumo da minha vida antes de que estar preparado para isto: "trocar o pneu com o carro em movimento."E assim vamos nós.

Neste dia estava previsto comer arroz integral. Complicado para quem por uma vida inteira comeu arroz "branco": uma palha como dizia meu tio Jorge, que hoje não come mais dessa nossa comida. Me lembrei que uma coisa que o pessoal usa muito para disfarçar esse gosto de palha é colocar cenoura ralada ao final do cozimento para apenas o vapor final cozinhá-la e depois, com um garfo misturá-la ao arroz já sequinho. Eu fiz diferente: pequei meia cenoura, piquei grosseiramente, medi a água necessária ao cozimento do arroz e bati no liquidificador. Não peneirei e usei para o cozimento do arroz depois de refogá-lo apenas com alho (pilado com sal). Ficou um tanto grosso; além do que eu queria. Da próxima vez, reduzirei ainda mais a quantidade de cenoura. Mas o sabor ficou bem legal. E, de uma certa forma, a própria textura também.

Para acompanhar e quebrar um pouco o arroz, cortei legumes do meu gosto. Você pode fazer o mix que quizer. Nada de receitinha xiita que precisa ser assim com gramas, calorias e outras coisas do gênero. Precisamos ser feliz na hora de comer. Relativizar tudo isso para não ficar com nóia. Então faça assim. Minha porção são duas palmas das mãos...

A famosa proteína animal, que ainda não consegui me liberar (nem sei se realmente quero isso) minha companheira tem sido a de suíno (porco para os íntimos). Tenho usado apenas, ou preferencialmente, dois cortes: o lombo e o filezinho por terem menos gordura. Pode ser um caminho? Tem sido para mim. Além disso, é uma proteína com baixo consumo interno e de alta exportação trazendo com isso um maior controle sanitário e com isto, reduzindo o consumo de carne de gado e de frango, hoje altamente injetada de "químicos" para aumentar a produção (quando eu era criança o frango para atingir 1,5kg precisava de 42 dias. Hoje anda pela casa dos 20 dias segundo informações colhidas à boca pequena... Minha porção é de aproximadamente 90/100g (palma da minha mão).

Tudo preparado, ficou arrumadinho assim:


Até o próximo post... e um 2018 de muita comilança, mas com moderação!


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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O que você faria com...

... tâmaras?

A tamareira (do hebraico tamar) ou datileira (Phoenix dactylifera) é uma palmeira extensivamente cultivada pelos seus frutos comestíveis, as tâmaras. Pelo fato de ser cultivada há milênios, a sua área natural de distribuição é desconhecida, mas será originária dos oásis da zona desértica do norte de África, embora haja que admita uma origem no sudoeste da Ásia. É uma palmeira de média dimensão, de 15 a 25 m de altura, por vezes surgindo em toiça, com vários troncos partilhando o mesmo sistema radicular, mas em geral crescendo isolada. As folhas são frondes pinadas, com até 3 m de comprimento, com pecíolo espinhoso e cerca de 150 folíolos. Cada folíolo tem cerca de 30 cm de comprimento e 2 cm de largura. Sempre Wikipedia...

As tâmaras, devido ao alto conteúdo de hidratos de carbono simples e complexos (72%) constituem um alimento muito energético (274 Kcal por 100 gramas de tâmara seca). São ideais para aqueles que precisam de muita energia, como crianças e esportistas.

Falando em esportes, as tâmaras são ricas em potássio (790 mg por 100 g de tâmara seca), cobre (0,24 mg), magnésio (65 mg) y cálcio (59 mg).

Além disso, pelo seu conteúdo em açúcares complexos, são metabolizadas pelo organismo de forma demorada. Isto é uma qualidade interessante quando temos que manter um ritmo intenso de esforço físico ou mental por um período longo de tempo (esportes de resistência ou probas de longa duração).

As tâmaras são também ricas em ácido pantoténico o vitamina B5, conhecida pelos seus efeitos tranquilizantes. Assim, têm quem chame as tâmaras de “doses naturais de anti-estressante” pela capacidade que tem de relaxar e proporcionar uma sensação de bem-estar. Também pode ser interessante comer algumas tâmaras antes de dormir por conter triptófano que estimula a formação de melatonina, que pode contribuir a conciliar o sono e evitar a insônia.

Ricas em ferro, são aconselhadas para quem padece alterações hepáticas e anemias. Devido ao alto conteúdo de celulose e outra fibras se recomendam nos casos de intestino preso por atuarem como suave laxante.

As tâmaras estimulam o apetite, resultando assim muito benéficas nas aflições intestinais e estomacais associadas à inapetência.


As tâmaras são eficientes defensoras do organismo frente a gripes, viroses e outras infecções, tanto do aparelho respiratório como urinário.

(este texto é uma volta a um passado que fiz questão de relembrar...)

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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Bem vinda prima Vera

Era pra ser um domingo como tantos outros não fosse o Rio de Janeiro estar dividido entre duas brincadeiras: uma de bandido e mocinho e outra de rock e todo o resto...

Cedo recebi o convite da filha para ir almoçar com o neto. É, Pedro tem me feito estas surpresas. A irmã dele veio com seu "boy" buscar eu e Ilma. E lá fomos por meio de uma das serras que a cidade tem. Confesso que bastante preocupado pois havia sido noticiado que os bandidos da Rocinha haviam fugido pelas matas e trilhas que ligam estas serras. E iríamos passar por uma delas...

Já fui mais relaxado com isso mas ultimamente (aliás não é só no Rio de Janeiro) estamos abandonados pelos governantes. Mas isso é papo para um outro dia. Neste domingo fui meio tenso e meio distante, se um ser humano pode ser dividido desta forma...

Roda por aqui e ali, chegamos a um novo shopping/condomínio, sei lá o que chamado de UPTOWN (esse complexo de vira latas que assola nosso povo e faz com que sejam usadas palavras em outra língua para nominar qualquer coisa nova) mas também de Mercado do Produtos... este mais bem adequado ao que se propõe. Ou não. Talvez a ideia inicial tenha sido o de criar um polo onde os produtores de diversos segmentos da economia pudessem se estabelecer e divulgar/comercializar seus produtos.

Boxes um tanto quanto acanhados e preços nem tanto para o que o local se propõe. Novamente, ou não. A onda das cervejarias artesanais parece bombar em todos os cantos. E tudo gira em volta dessa bebida. Produtos da terra, com pouco destaque apesar das dimensões disponibilizadas. Ainda embrionário. Mas, como onde tem cerveja tem queijo, também lá estão intermediários disponibilizando produtos da badalada e também na moda, Serra da Mantiqueira. Devo esclarecer antes que qualquer prejulgamento que sou fã de carteirinha e torcedor desses caras que fizeram com que esses queijos fossem conhecidos além de suas fazendas e do Mercado Municipal de Belo Horizonte (eu trazia queijos de lá, para meu consumo desde início deste século!).

Mas, passeando pelos corredores e esbarrando com copos e garrafas, cheguei até as duas peixarias situadas no final de tudo. Uma cheia e outra vazia... Uma oferecia preparar os pescados e você sentar numa mesa ou levar para casa... Esta era a que estava cheia. Mesas postas em todos os espaços possíveis de serem ocupados.

Partiu-se para a compra do que nós tínhamos vontade de comer e começou a longa espera até que pudéssemos efetivamente almoçar. Duro de durante esta esperar manter um menino de dois anos por perto. Foi preciso revezamento entre nós para cuidar dele.

Enfim, chegaram. E para espanto de quem passava por nós, o prato com os camarões passou a ser o chamariz... Antes de ser constrangedor, passei a admirar as pessoas que se espantavam com o prato. É bom lembrar que eram seis adultos e, que estes camarões iriam dar prazer e alimentar todos nós...Mas, foi bom. Foi divertido.


Depois da comilança e de algumas Originais, voltamos para casa. Domingo completo.

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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Viajando por um hospital


As viagens estavam interrompidas. As atividades consumiam o tempo que dedicava para passear por aqui e por ali. Mas, ai uma pessoinha me achou e me mandou uma mensagem. "Hoje caiu nas minhas mãos um belíssimo texto onde você descreve lindamente teu nascimento"... Reli, chorei e prometi a ela que voltaria a escrever. Se você se interessar, leia-o, viaje na viagem: Melhor comida de minha mãe.

Isso tudo aconteceu no dia que estava saindo da UTI onde fui completar as caravelas que carrego no meu coração: Santa Maria, Pinta e Nina são os nomes de batismo dos meus três stents.

Muito meio sem propósito, não? Mas é assim que acredito que as grandes viagens começam e podem nos proporcionar grandes descobertas. Mesmo que hajam objetivos inconfessáveis.

E, esta passagem por um hospital me fez refletir sobre alimentação saudável. E, mais uma vez, acho que devemos fazer um esforço muito grande para voltarmos no tempo. Não precisamos voltar muito. Para uns, talvez até o tempo dos avós. Talvez dos bisavós.

Eu acho que apenas preciso voltar a colher uma como meus avós colhiam, na horta do quintal onde os adubos eram apenas os cocôs das vacas, cabras, cabritos, galinhas, porcos que criava. A água vinha de um poço artesiano. Naquela época ainda não haviam preocupações com "lençol freático" e coisas desse tipo. As pessoas que moravam em casa e tinham um "pedacinho de terra" sempre encontravam espaço para um jardim na frente e um pomar, uma hortinha na parte dos fundos. Alguns, ainda tinham um galinheiro como tinha uma das casas que morei na minha infância. Eu brinquei de montar uma estufa para criar pintinhos. Você que lê certamente nunca passou por isso e/ou nem sabe o que é... mas é simples, uma caixa de papelão, uma flanela, um ovo galado (ah, perdão, não sabes, não é? então tá... quando tem galo no galinheiro pra "fazer amor" com as galinhas... ficou mais fácil?
 Entendeu?) e uma lâmpada. A lâmpada fazia o papel da galinha, quando acesa. Após 21 dias o pintinho começava a picar a casca, de dentro pra fora e logo estava, como saindo de um banho...

Logo aquecido por mais um tempo de banho de lâmpada já começava a piar e caminhar, quando ia para o galinheiro...Mas, isso era no "tempo dos bobos". Hoje enormes máquinas cuidam disso. Mas a graça da descoberta dos meninos e meninas desapareceu. É o tal do progresso, não é?

Bom, mas voltando à UTI e ao Hospital... Muita gente reclama de comida de hospital. Sem graça insossa, até pode ser. Mas saudável. Afinal você não nasce com o sabor do sal nem o do açúcar (hoje tão condenado por serem os vilões de nossas barrigas e doenças incluindo coração, diabetes, fígado e tantas outras. Aqui em casa, volta e meia, uma pessoinha que está fazendo 2 anos nesta vida, ainda não sabe o sabor do sal e do açúcar. E será que vai precisar saber? Hoje tenho a certeza que se não for apresentado, poderá continuar com os sabores dos próprios alimentos. Afinal, açúcares das frutas são benéficos (claro não pode chupar uma dúzia de mangas, não é? ainda mais essas oriundas de plantações comerciais). Aliás, você já provou uma fruta plantada em quintal??? E colhida madura??? Vais se surpreender.

Quando me chega  a primeira janta, fiquei olhando para ela. Pensando e tentando guardar aquela imagem: carne moída, arroz, feijão e legumes como aprendi com minha professora Roberta Sudbrack. O nome pomposo, mas quadradinhos picados à faca (não em acessórios para este fim) - brunoise - estavam ali. Simples alimento. Básico. E o necessário para nos alimentarmos. Claro, não radicalizemos, por favor. Como me ensinou outra mulher fantástica (sempre as mulheres nos ensinando), relativize a vida e viva feliz. Isso para mim soou como um texto bíblico: "tudo me é permitido, mas nem tudo me convém". Ah, pensas que sem sal? Claro que não... afinal, junto as talheres, um envelope de sal. E, confessando aqui não usei o sal e nenhuma das refeições que fiz em 4 dias... Para o paladar não me fez falta. Para a saúde, também acho que não. Mas, feita em casa, posso usar ervinhas que cultivo em vasinhos na minha varanda. Sem venenos, é claro... o uso de tomilho e de alecrim dispensam o uso de sal... Descubra isso, também.



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