segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Um pouco sobre os cortes clássicos


Para executar uma receita é preciso, entre outras coisas, conhecer os cortes considerados clássicos na gastronomia. Este conhecimento é fundamental para a apresentação final do prato.

Deve-se considerar não apenas os cortes mas a precisão das medidas e a uniformidade dos mesmos pois isto facilitará o aproveitamento do alimento e o tempo de cozimento.

Há, ainda, que se considerar a uniformidade dos elementos que compõem a apresentação do prato.

Assim, aqui vai um resumo dos cortes. Mas, não são apenas estes que são usados no dia-a-dia de um cozinheiro...

JULIENNE
Esse corte consiste em cortar os alimentos em tirinhas finas e longas, algo como 3mm X 3mm X 2,5cm. Há também o denominado Julienne Longo, com aproximadamente 3mm X 3mm X 5cm

Onde empregar: quase todos os legumes.

Como fazer: primeiramente descasque os legumes e acerte as pontas. Em legumes como o pimentão e o tomate, com auxílio de uma colher, descarte as sementes, polpa e outros filamentos. Parta ao meio no sentido do comprimento, coloque sobre a tábua com o lado abaulado para cima e vá fazendo as tiras com a faca no sentido do comprimento. Já no caso de legumes que não são ocos, como batata, cenoura, beterraba, antes de cortar em tiras, é preciso fatiar.


CORTE CAMPONESA
Esse corte consiste em cortar os alimentos em formato meia-lua.

Onde empregar: quase todos os legumes.

Como fazer: primeiramente descasque os legumes e acerte as pontas. Com auxílio de uma colher, descarte as sementes, polpa e outros filamentos, se existirem. Parta ao meio no sentido do comprimento, coloque sobre a tábua com o lado abaulado para cima e vá fazendo as tiras com a faca no sentido da largura.


CORTE DIAGONAL
Esse corte consiste em cortar os alimentos compridos em sua diagonal.

Onde empregar: cenoura, vagem, nabo, batata baroa.

Como fazer: primeiramente descasque os legumes. No caso dos legumes mais grossos, parta em quatro no sentido do comprimento e com o lado abaulado para cima vá cortando com a faca sempre na diagonal. Os pedaços podem ser maiores ou menores de acordo com o uso. Para vagens, basta posicioná-las na tábua e fazer o corte com a faca na diagonal.


LAMINADO
Esse corte consiste em cortar os alimentos em tiras bem finas.

Onde empregar: alho, frutas secas, vagens, alho poró.

Como fazer: se necessário, descasque os legumes. Posicione-os na tábua e vá fazendo os cortes em espessura bem fina, no sentido da largura. No caso de vagens esse corte ganha o nome de cabelo de anjo.


CORTE REPICADO
Esse corte consiste em deixar os alimentos em pedaços bem pequenos e retalhados.

Onde empregar: salsa, cebolinha, alho, cebola, nozes.

Como fazer: primeiramente descasque os legumes. No caso das ervas, retire os talos, posicione na tábua e vá fazendo cortes em vários sentidos até adquirirem o tamanho desejado. Em seguida, passe no papel toalha e nunca lave-os depois de picados para não descartar os nutrientes. Se forem cebolas, siga as etapas do corte julienne, porém depois de fazer as tiras, vá cortando-as em pedaços bem pequenos, com a faca em vários sentidos. Para alhos, posicione-os na tábua, coloque a faca por cima e pressione para amassá-los. Em seguida, vá repicando.


BATATA PALHA
Como fazer: descasque as batatas, acerte as pontas e posicione na tábua. Faça lâminas bem finas no sentido da largura. Em seguida, corte-as em tirinhas super finas no sentido diagonal. Ou use o ralador.


PADEIRO
Corte usado em batatas, principalmente para a batata souté.

Como fazer: descasque as batatas, acerte as pontas e posicione na tábua. Corte em fatias na espessura de um dedo, no sentido da largura.


EM CUBOS
Dependendo do tamanho dos cubos que se quer alcançar, os cortes vão recebendo denominações diferentes:
CORTE BRUNOISE: cubos pequenos (3mm de lado)
CORTE JARDINEIRA: cubos médios (5mm de lado)
CORTE MACEDÔNIA: cubos grandes (7mm de lado)

Onde empregar: batata, berinjela, abobrinha, pimentão, aipo. Cenoura.

Como fazer: siga as mesmas etapas do corte julienne, porém faça tiras mais espessas e, em seguida, corte os cubos. É importante aparar as laterais dos legumes, para garantir cubos uniformes.


VICKY
Esse corte consiste em deixar os alimentos em forma de rodelas bem finas.

Onde empregar: cenoura, pimentão, batata.

Como fazer: depois de descascar, retirar sementes e outras partes indesejáveis, posicione os legumes inteiros na tábua e vá cortando as rodelas finas.


CHIFFONADE
Esse corte consiste em deixar as verduras em tiras bem finas.

Onde empregar: couve, repolho, acelga, espinafre.

Como fazer: separe as folhas das verduras uma a uma e depois junte-as enrolando e apertando bem. Posicione na tábua e vá retirando tiras bem fininhas.


BASTONETE (bâtonets)
Corte ideal para o uso em batatas fritas.

Como fazer: corte longitudinal com 6mm X 6mm X 5cm ou, ainda, 6mm X 6mm X 6cm.


TORNEADO (tourné)
Corte em formato de barril, com sete lados iguais e bases horizontais. É um corte puramente decorativo, usado em legumes e raízes rasoavelmente firmes, como batatas, cenoura, abobrinha em preparações diversas.



Você também pode fazer o download deste texto para juntar aos demais. Basta que click aqui.



Agora você já pode receber estes textos em seu email. Cadastre-se!



  Acompanhe este blog pelo twitter.  Divulgue para seus amigos.

Um pouco sobre os cortes clássicos


Para executar uma receita é preciso, entre outras coisas, conhecer os cortes considerados clássicos na gastronomia. Este conhecimento é fundamental para a apresentação final do prato.

Deve-se considerar não apenas os cortes mas a precisão das medidas e a uniformidade dos mesmos pois isto facilitará o aproveitamento do alimento e o tempo de cozimento.

Há, ainda, que se considerar a uniformidade dos elementos que compõem a apresentação do prato.

Assim, aqui vai um resumo dos cortes. Mas, não são apenas estes que são usados no dia-a-dia de um cozinheiro...

JULIENNE
Esse corte consiste em cortar os alimentos em tirinhas finas e longas, algo como 3mm X 3mm X 2,5cm. Há também o denominado Julienne Longo, com aproximadamente 3mm X 3mm X 5cm

Onde empregar: quase todos os legumes.

Como fazer: primeiramente descasque os legumes e acerte as pontas. Em legumes como o pimentão e o tomate, com auxílio de uma colher, descarte as sementes, polpa e outros filamentos. Parta ao meio no sentido do comprimento, coloque sobre a tábua com o lado abaulado para cima e vá fazendo as tiras com a faca no sentido do comprimento. Já no caso de legumes que não são ocos, como batata, cenoura, beterraba, antes de cortar em tiras, é preciso fatiar.


CORTE CAMPONESA
Esse corte consiste em cortar os alimentos em formato meia-lua.

Onde empregar: quase todos os legumes.

Como fazer: primeiramente descasque os legumes e acerte as pontas. Com auxílio de uma colher, descarte as sementes, polpa e outros filamentos, se existirem. Parta ao meio no sentido do comprimento, coloque sobre a tábua com o lado abaulado para cima e vá fazendo as tiras com a faca no sentido da largura.


CORTE DIAGONAL
Esse corte consiste em cortar os alimentos compridos em sua diagonal.

Onde empregar: cenoura, vagem, nabo, batata baroa.

Como fazer: primeiramente descasque os legumes. No caso dos legumes mais grossos, parta em quatro no sentido do comprimento e com o lado abaulado para cima vá cortando com a faca sempre na diagonal. Os pedaços podem ser maiores ou menores de acordo com o uso. Para vagens, basta posicioná-las na tábua e fazer o corte com a faca na diagonal.


LAMINADO
Esse corte consiste em cortar os alimentos em tiras bem finas.

Onde empregar: alho, frutas secas, vagens, alho poró.

Como fazer: se necessário, descasque os legumes. Posicione-os na tábua e vá fazendo os cortes em espessura bem fina, no sentido da largura. No caso de vagens esse corte ganha o nome de cabelo de anjo.


CORTE REPICADO
Esse corte consiste em deixar os alimentos em pedaços bem pequenos e retalhados.

Onde empregar: salsa, cebolinha, alho, cebola, nozes.

Como fazer: primeiramente descasque os legumes. No caso das ervas, retire os talos, posicione na tábua e vá fazendo cortes em vários sentidos até adquirirem o tamanho desejado. Em seguida, passe no papel toalha e nunca lave-os depois de picados para não descartar os nutrientes. Se forem cebolas, siga as etapas do corte julienne, porém depois de fazer as tiras, vá cortando-as em pedaços bem pequenos, com a faca em vários sentidos. Para alhos, posicione-os na tábua, coloque a faca por cima e pressione para amassá-los. Em seguida, vá repicando.


BATATA PALHA
Como fazer: descasque as batatas, acerte as pontas e posicione na tábua. Faça lâminas bem finas no sentido da largura. Em seguida, corte-as em tirinhas super finas no sentido diagonal. Ou use o ralador.


PADEIRO
Corte usado em batatas, principalmente para a batata souté.

Como fazer: descasque as batatas, acerte as pontas e posicione na tábua. Corte em fatias na espessura de um dedo, no sentido da largura.


EM CUBOS
Dependendo do tamanho dos cubos que se quer alcançar, os cortes vão recebendo denominações diferentes:
CORTE BRUNOISE: cubos pequenos (3mm de lado)
CORTE JARDINEIRA: cubos médios (5mm de lado)
CORTE MACEDÔNIA: cubos grandes (7mm de lado)

Onde empregar: batata, berinjela, abobrinha, pimentão, aipo. Cenoura.

Como fazer: siga as mesmas etapas do corte julienne, porém faça tiras mais espessas e, em seguida, corte os cubos. É importante aparar as laterais dos legumes, para garantir cubos uniformes.


VICKY
Esse corte consiste em deixar os alimentos em forma de rodelas bem finas.

Onde empregar: cenoura, pimentão, batata.

Como fazer: depois de descascar, retirar sementes e outras partes indesejáveis, posicione os legumes inteiros na tábua e vá cortando as rodelas finas.


CHIFFONADE
Esse corte consiste em deixar as verduras em tiras bem finas.

Onde empregar: couve, repolho, acelga, espinafre.

Como fazer: separe as folhas das verduras uma a uma e depois junte-as enrolando e apertando bem. Posicione na tábua e vá retirando tiras bem fininhas.


BASTONETE (bâtonets)
Corte ideal para o uso em batatas fritas.

Como fazer: corte longitudinal com 6mm X 6mm X 5cm ou, ainda, 6mm X 6mm X 6cm.


TORNEADO (tourné)
Corte em formato de barril, com sete lados iguais e bases horizontais. É um corte puramente decorativo, usado em legumes e raízes rasoavelmente firmes, como batatas, cenoura, abobrinha em preparações diversas.



Você também pode fazer o download deste texto para juntar aos demais. Basta que click aqui.



Agora você já pode receber estes textos em seu email. Cadastre-se!



  Acompanhe este blog pelo twitter.  Divulgue para seus amigos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Azeite: mais benefícios e orientações


Propriedades Antioxidantes
A Unidade de Lípidos e Arteriosclerose do Hospital Rainha Sofia, atualmente, está trabalhando na procura de efeitos benéficos relacionados com o consumo habitual de azeite de oliva virgem. Segundo o Dr. Pablo Pérez Martínez, "a principal propriedade do azeite de oliva é a sua riqueza de antioxidantes, o que o torna numa gordura única. Portanto, é necessário esclarecer qual é o valor acrescentado dos seus componentes, já que esta é a única forma de estabelecer uma alimentação saudável baseada no azeite de oliva como a sua principal matéria gorda." Segundo o Dr. Pérez Martínez, o "azeite de oliva é um alimento fundamental na dieta mediterrânica, sendo a sua principal fonte de gordura e fornece uma elevada nutrição através dos seus micro componentes." De acordo com este investigador, uma alimentação à base de azeite de oliva reduz o mau colesterol (LDL), reduz a pressão arterial , promove o controlo de diabetes e diminui o risco de trombose. O azeite apresenta, em relação aos demais óleos alimentícios, uma diferença fundamental, já que "o azeite de oliva é um sumo natural, que contém centenas de micro componentes não gordos de interesse nutricional e biológico, como a vitamina E, carotenos, clorofila, e especialmente, compostos fenólicos."

Benefícios dos micronutrientes
De acordo com o Dr. Pérez Martínez, os resultados deste estudo confirmam mais uma vez os benefícios da dieta mediterrânica, "um modelo de alimentação com alto teor de gordura mono insaturada do azeite de oliva virgem, capaz de induzir uma ampla gama de efeitos biológicos sobre o sistema cardiovascular". Além disso, de acordo com o investigador, os estudos mais recentes têm vindo a definir gradualmente que certos benefícios dependem, ou podem ser favorecidos através do consumo de azeite de oliva rico em micro componentes, tal como no caso do azeite de oliva e das suas propriedades anti-inflamatórias. Este é sem dúvida um novo dado que acrescenta importância renovada ao papel do azeite de oliva na nutrição humana.

Voltando às frituras e cozimentos...
Para poder utilizar adequadamente a fritura é preciso saber aproximadamente a temperatura na qual o óleo começa a fumegar. Na verdade, como explica Robert L. Wolke, no livro O que Einstein disse a seu cozinheiro, os pontos de fumaça dos óleos vegetais comuns e frescos (não reutilizados) podem variar de 120ºC a mais de 230ºC. As temperaturas exatas dos pontos de fumaça podem variar bastante, dependendo do grau de refinamento, da variedade de sementes utilizadas como matéria prima e até do clima em que ela cresceu.

Robert L. Wolk, professor de química na Universidade de Pittsburgh, usando dados do Instituto de Gorduras e Óleos Comestíveis dos EUA afirma que os azeites de oliva podem variar de 210ºC a 238ºC, dependendo do tipo e, que os azeites de Oliva extra-virgem em geral, têm ponto de fumaça mais baixo, enquanto o azeite de oliva filtrado o tem mais alto. Para ele “As culinárias do Mediterrâneo devem suas qualidades singulares em grande parte ao uso quase exclusivo do azeite de oliva, que é um componente do sabor das receitas, não apenas um meio de cozimento. É usado em tudo, desde confeitaria a frituras por imersão. E ainda me falta ouvir algum espanhol ou italiano queixar-se de algum fiapo de fumaça na cozinha”.

Além do mais, deve-se considerar que o ponto de fumaça do azeite de oliva, aliás de diversos óleos de cozinha, é mais alto que a mais desejável temperatura de fritura por imersão, que, seguindo ainda o Cordon Bleu é de 180ºC a 190ºC; Sendo que é possível fritar verduras a 160ºC e todo o resto a 175ºC.

Como se vê, com relação aos refogados não há como ter problemas, desde que use-se sempre fogo moderado. E com relação a frituras basta seguir algumas regras:

  • o azeite deve ser aquecido a fogo moderado e não em fogo alto;
  • nunca se deve deixar fumegar o azeite já que isto significa que se chegou a uma temperatura crítica e, portanto, propícia a formação de substâncias, sabores e odores indesejáveis; Portanto, se você esquecer a panela no fogo e sua cozinha se encher de fumaça ... jogue o azeite fora!
  • o azeite deve ser filtrado imediatamente depois de ser utilizado para evitar os restos de alimentos que podem acelerar sua degradação;
  • o azeite de oliva pode ser reutilizado , uma vez que tenha se tomado todos os cuidados anteriores, até um máximo de cinco a seis frituras. O ideal é que seja reutilizado um número menor de vezes possível.


  • Dica: Como controlar a temperatura do azeite
    Uma dica para controlar a temperatura do seu azeite de oliva. Pegue um pedacinho de pão e coloque na sua frigideira.

  • se o pão foi ao fundo e não subiu, a temperatura deve estar em torno de 150ºC, considerada ainda baixa para uma fritura correta;

  • se o pão foi ao fundo e subiu lentamente, a temperatura ainda está entre 160ºC a 165ºC. Esta é a temperatura ideal para fritar alimentos delicados, como as verduras.

  • se o pão foi ao fundo e em segundos sobe à superfície, sua temperatura está entre 175ºC e 180ºC. É a temperatura indicada para a maioria das frituras.

  • se o pão não chega a submergir e se queima, a temperatura é alta. Entre 180ºC e 185ºC.


  • Você pode baixar para seu computador o conjunto de posts sobre azeite. Click aqui.


    Agora você já pode receber estes textos em seu email. Cadastre-se!


      Acompanhe este blog pelo twitter.  Divulgue para seus amigos.

    Azeite: mais benefícios e orientações


    Propriedades Antioxidantes
    A Unidade de Lípidos e Arteriosclerose do Hospital Rainha Sofia, atualmente, está trabalhando na procura de efeitos benéficos relacionados com o consumo habitual de azeite de oliva virgem. Segundo o Dr. Pablo Pérez Martínez, "a principal propriedade do azeite de oliva é a sua riqueza de antioxidantes, o que o torna numa gordura única. Portanto, é necessário esclarecer qual é o valor acrescentado dos seus componentes, já que esta é a única forma de estabelecer uma alimentação saudável baseada no azeite de oliva como a sua principal matéria gorda." Segundo o Dr. Pérez Martínez, o "azeite de oliva é um alimento fundamental na dieta mediterrânica, sendo a sua principal fonte de gordura e fornece uma elevada nutrição através dos seus micro componentes." De acordo com este investigador, uma alimentação à base de azeite de oliva reduz o mau colesterol (LDL), reduz a pressão arterial , promove o controlo de diabetes e diminui o risco de trombose. O azeite apresenta, em relação aos demais óleos alimentícios, uma diferença fundamental, já que "o azeite de oliva é um sumo natural, que contém centenas de micro componentes não gordos de interesse nutricional e biológico, como a vitamina E, carotenos, clorofila, e especialmente, compostos fenólicos."

    Benefícios dos micronutrientes
    De acordo com o Dr. Pérez Martínez, os resultados deste estudo confirmam mais uma vez os benefícios da dieta mediterrânica, "um modelo de alimentação com alto teor de gordura mono insaturada do azeite de oliva virgem, capaz de induzir uma ampla gama de efeitos biológicos sobre o sistema cardiovascular". Além disso, de acordo com o investigador, os estudos mais recentes têm vindo a definir gradualmente que certos benefícios dependem, ou podem ser favorecidos através do consumo de azeite de oliva rico em micro componentes, tal como no caso do azeite de oliva e das suas propriedades anti-inflamatórias. Este é sem dúvida um novo dado que acrescenta importância renovada ao papel do azeite de oliva na nutrição humana.

    Voltando às frituras e cozimentos...
    Para poder utilizar adequadamente a fritura é preciso saber aproximadamente a temperatura na qual o óleo começa a fumegar. Na verdade, como explica Robert L. Wolke, no livro O que Einstein disse a seu cozinheiro, os pontos de fumaça dos óleos vegetais comuns e frescos (não reutilizados) podem variar de 120ºC a mais de 230ºC. As temperaturas exatas dos pontos de fumaça podem variar bastante, dependendo do grau de refinamento, da variedade de sementes utilizadas como matéria prima e até do clima em que ela cresceu.

    Robert L. Wolk, professor de química na Universidade de Pittsburgh, usando dados do Instituto de Gorduras e Óleos Comestíveis dos EUA afirma que os azeites de oliva podem variar de 210ºC a 238ºC, dependendo do tipo e, que os azeites de Oliva extra-virgem em geral, têm ponto de fumaça mais baixo, enquanto o azeite de oliva filtrado o tem mais alto. Para ele “As culinárias do Mediterrâneo devem suas qualidades singulares em grande parte ao uso quase exclusivo do azeite de oliva, que é um componente do sabor das receitas, não apenas um meio de cozimento. É usado em tudo, desde confeitaria a frituras por imersão. E ainda me falta ouvir algum espanhol ou italiano queixar-se de algum fiapo de fumaça na cozinha”.

    Além do mais, deve-se considerar que o ponto de fumaça do azeite de oliva, aliás de diversos óleos de cozinha, é mais alto que a mais desejável temperatura de fritura por imersão, que, seguindo ainda o Cordon Bleu é de 180ºC a 190ºC; Sendo que é possível fritar verduras a 160ºC e todo o resto a 175ºC.

    Como se vê, com relação aos refogados não há como ter problemas, desde que use-se sempre fogo moderado. E com relação a frituras basta seguir algumas regras:

  • o azeite deve ser aquecido a fogo moderado e não em fogo alto;
  • nunca se deve deixar fumegar o azeite já que isto significa que se chegou a uma temperatura crítica e, portanto, propícia a formação de substâncias, sabores e odores indesejáveis; Portanto, se você esquecer a panela no fogo e sua cozinha se encher de fumaça ... jogue o azeite fora!
  • o azeite deve ser filtrado imediatamente depois de ser utilizado para evitar os restos de alimentos que podem acelerar sua degradação;
  • o azeite de oliva pode ser reutilizado , uma vez que tenha se tomado todos os cuidados anteriores, até um máximo de cinco a seis frituras. O ideal é que seja reutilizado um número menor de vezes possível.


  • Dica: Como controlar a temperatura do azeite
    Uma dica para controlar a temperatura do seu azeite de oliva. Pegue um pedacinho de pão e coloque na sua frigideira.

  • se o pão foi ao fundo e não subiu, a temperatura deve estar em torno de 150ºC, considerada ainda baixa para uma fritura correta;

  • se o pão foi ao fundo e subiu lentamente, a temperatura ainda está entre 160ºC a 165ºC. Esta é a temperatura ideal para fritar alimentos delicados, como as verduras.

  • se o pão foi ao fundo e em segundos sobe à superfície, sua temperatura está entre 175ºC e 180ºC. É a temperatura indicada para a maioria das frituras.

  • se o pão não chega a submergir e se queima, a temperatura é alta. Entre 180ºC e 185ºC.


  • Você pode baixar para seu computador o conjunto de posts sobre azeite. Click aqui.


    Agora você já pode receber estes textos em seu email. Cadastre-se!


      Acompanhe este blog pelo twitter.  Divulgue para seus amigos.

    quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

    Azeite: benefícios


    Quem quer ter saúde deve ficar longe de gorduras. Certo? Em parte: deve ficar longe de óleos vegetais comuns sim; deve ficar longe de frituras à base desses óleos sim, mas deve, sem dúvida, consumir outras gorduras, como por exemplo o azeite de oliva extra-virgem. Por incrível que pareça, a gordura é muito importante para o funcionamento do organismo.

    O azeite extra-virgem tem propriedades antiinflamatórias, mas por favor, não abuse da quantidade, nem submeta a temperaturas muito altas, pois ele pode se oxidar e passar a fazer mal. O azeite extra-virgem possui aroma delicioso de oliva. Procure desenvolver seu paladar com o objetivo de apreciá-lo. Hoje em dia, existem muitas boas marcas disponíveis no mercado.

    O problema dos outros óleos vegetais comuns é a maneira com que são obtidos. Para extrair o óleo de uma azeitona (oliva), basta espremê-la com as próprias mãos. Faça isso agora mesmo, e veja como suas mãos ficam impregnadas de óleo. O termo extra-virgem se dá ao óleo que foi obtido através de uma pressão muito suave, a frio. Após a obtenção deste líquido nobre, impõe-se às azeitonas uma segunda prensa, bem mais forte, mediante temperaturas mais elevadas, a fim de extrair todo o óleo possível. Esse azeite já não é mais extra-virgem.

    Óleos são líquidos muito especiais e delicados. Nosso organismo, nossas células, são lubrificadas com óleos e gorduras provenientes da nossa alimentação, e seu excelente funcionamento depende da qualidade desses óleos e gorduras. Ao submeter um determinado óleo a uma pressão e/ou temperatura muito alta, este líquido sofre alterações químicas que resultam na perda das propriedades e poderes benéficos. Pior: ao se incorporarem nas paredes das nossas células, esses óleos alterados resultarão em células alteradas. E hormônios idem, pois os óleos também entram na sua composição.

    Com células e hormônios alterados, o mínimo que você pode esperar é uma dor de cabeça, em todos os sentidos!

    Agora que você viu como é fácil extrair óleo de uma oliva, tente fazer o mesmo com um milho ou uma soja. Aperte bastante, com toda força, e veja se sai algum óleo! Não sai! Para extraí-lo, é preciso submeter o produto a uma temperatura e pressão muito altas. O resultado são óleos quimicamente alterados, os assim chamados óleos vegetais comuns, que você incorpora dia após dia no seu organismo, conforme utiliza.

    Os azeites de oliva extra-virgens bons são importados de países mediterrâneos. Se você ainda acha o azeite de oliva extra-virgem caro, saiba que remédios e doenças são mais caros ainda. E lembre-se: a primeira coisa que eu falei foi: use-o, sempre, em pequenas quantidades. Cozinhe com o melhor óleo, mas não exagere na quantidade. Consuma-o no contexto de uma alimentação saudável e balanceada.

    Guarde seu azeite em lugar fresco e ao abrigo da luz (mantenha-o na lata ou em um vidro escuro), caso contrário ele vai oxidando, perdendo a propriedade medicinal, antiinflamatória, e adquirindo uma ação pró-inflamatória, igual à dos óleos "proibidos" da dieta.

    Um óleo oxidado cria reações de oxidação no organismo. Pense numa maçã que foi cortada e deixada exposta ao ar por vários minutos. A coloração amarronzada que ela adquire é proveniente da reação de oxidação que ela sofreu. Esse tipo de reação, no ser humano, é um dos desencadeantes e mantenedores de doenças crônicas e do envelhecimento.

    Com relação ao estado de conservação sabe-se que o azeite de oliva não é como o vinho que melhora com o tempo. Ele deve ser consumido o quanto antes dentro de seu próprio ano de produção. Não obstante, dependendo da variedade, um azeite bem conservado pode durar até 18 meses sem perder suas características organolépticas. Para conservá-lo deve-se evitar a exposição prolongada ao ar, à luz solar direta e ao calor. Observe atentamente os rótulos.

    Lembre-se sempre, nunca é demais repetir: no caso dos óleos, tão influentes na saúde como um todo, é preciso também que a quantidade seja modesta. Apesar da sua importância, mais não é sinônimo de melhor! (extraído de comentário do Dr Alexandre Feldman- Clínico Geral)

    Daniel Magnoni, Cardiologista e Médico Nutrólogo do Hospital do Coração de São Paulo explica que o processo de produção do azeite de oliva, em que o óleo é extraído do fruto a frio, diferente dos demais que vêm da semente e são refinados por aquecimento, preserva as substâncias antioxidantes de grande valor na prevenção da arteriosclerose e na origem de tumores.

    Para as mulheres preocupadas com a aparência, o produto apresenta uma vantagem a mais pois é considerado um dos elementos que retardam o envelhecimento contribuindo, inclusive, com maior proteção à pele. Alguns povos mediterrâneos utilizam o produto em cosméticos, como ingrediente da formulação de cremes para a pele. O professor Bruno Berra, da cadeira de Bioquímica e Biologia Molecular, da Universidade de Milão, pesquisou os efeitos do azeite no retardo do processo de envelhecimento e concluiu que a pele absorve os antioxidantes presentes no produto, protegendo suas camadas mais profundas contra oxidação e neutralizando os radicais livres.

    Agora você já pode receber estes textos em seu email. Cadastre-se!


      Acompanhe este blog pelo twitter.  Divulgue para seus amigos.

    Azeite: benefícios


    Quem quer ter saúde deve ficar longe de gorduras. Certo? Em parte: deve ficar longe de óleos vegetais comuns sim; deve ficar longe de frituras à base desses óleos sim, mas deve, sem dúvida, consumir outras gorduras, como por exemplo o azeite de oliva extra-virgem. Por incrível que pareça, a gordura é muito importante para o funcionamento do organismo.

    O azeite extra-virgem tem propriedades antiinflamatórias, mas por favor, não abuse da quantidade, nem submeta a temperaturas muito altas, pois ele pode se oxidar e passar a fazer mal. O azeite extra-virgem possui aroma delicioso de oliva. Procure desenvolver seu paladar com o objetivo de apreciá-lo. Hoje em dia, existem muitas boas marcas disponíveis no mercado.

    O problema dos outros óleos vegetais comuns é a maneira com que são obtidos. Para extrair o óleo de uma azeitona (oliva), basta espremê-la com as próprias mãos. Faça isso agora mesmo, e veja como suas mãos ficam impregnadas de óleo. O termo extra-virgem se dá ao óleo que foi obtido através de uma pressão muito suave, a frio. Após a obtenção deste líquido nobre, impõe-se às azeitonas uma segunda prensa, bem mais forte, mediante temperaturas mais elevadas, a fim de extrair todo o óleo possível. Esse azeite já não é mais extra-virgem.

    Óleos são líquidos muito especiais e delicados. Nosso organismo, nossas células, são lubrificadas com óleos e gorduras provenientes da nossa alimentação, e seu excelente funcionamento depende da qualidade desses óleos e gorduras. Ao submeter um determinado óleo a uma pressão e/ou temperatura muito alta, este líquido sofre alterações químicas que resultam na perda das propriedades e poderes benéficos. Pior: ao se incorporarem nas paredes das nossas células, esses óleos alterados resultarão em células alteradas. E hormônios idem, pois os óleos também entram na sua composição.

    Com células e hormônios alterados, o mínimo que você pode esperar é uma dor de cabeça, em todos os sentidos!

    Agora que você viu como é fácil extrair óleo de uma oliva, tente fazer o mesmo com um milho ou uma soja. Aperte bastante, com toda força, e veja se sai algum óleo! Não sai! Para extraí-lo, é preciso submeter o produto a uma temperatura e pressão muito altas. O resultado são óleos quimicamente alterados, os assim chamados óleos vegetais comuns, que você incorpora dia após dia no seu organismo, conforme utiliza.

    Os azeites de oliva extra-virgens bons são importados de países mediterrâneos. Se você ainda acha o azeite de oliva extra-virgem caro, saiba que remédios e doenças são mais caros ainda. E lembre-se: a primeira coisa que eu falei foi: use-o, sempre, em pequenas quantidades. Cozinhe com o melhor óleo, mas não exagere na quantidade. Consuma-o no contexto de uma alimentação saudável e balanceada.

    Guarde seu azeite em lugar fresco e ao abrigo da luz (mantenha-o na lata ou em um vidro escuro), caso contrário ele vai oxidando, perdendo a propriedade medicinal, antiinflamatória, e adquirindo uma ação pró-inflamatória, igual à dos óleos "proibidos" da dieta.

    Um óleo oxidado cria reações de oxidação no organismo. Pense numa maçã que foi cortada e deixada exposta ao ar por vários minutos. A coloração amarronzada que ela adquire é proveniente da reação de oxidação que ela sofreu. Esse tipo de reação, no ser humano, é um dos desencadeantes e mantenedores de doenças crônicas e do envelhecimento.

    Com relação ao estado de conservação sabe-se que o azeite de oliva não é como o vinho que melhora com o tempo. Ele deve ser consumido o quanto antes dentro de seu próprio ano de produção. Não obstante, dependendo da variedade, um azeite bem conservado pode durar até 18 meses sem perder suas características organolépticas. Para conservá-lo deve-se evitar a exposição prolongada ao ar, à luz solar direta e ao calor. Observe atentamente os rótulos.

    Lembre-se sempre, nunca é demais repetir: no caso dos óleos, tão influentes na saúde como um todo, é preciso também que a quantidade seja modesta. Apesar da sua importância, mais não é sinônimo de melhor! (extraído de comentário do Dr Alexandre Feldman- Clínico Geral)

    Daniel Magnoni, Cardiologista e Médico Nutrólogo do Hospital do Coração de São Paulo explica que o processo de produção do azeite de oliva, em que o óleo é extraído do fruto a frio, diferente dos demais que vêm da semente e são refinados por aquecimento, preserva as substâncias antioxidantes de grande valor na prevenção da arteriosclerose e na origem de tumores.

    Para as mulheres preocupadas com a aparência, o produto apresenta uma vantagem a mais pois é considerado um dos elementos que retardam o envelhecimento contribuindo, inclusive, com maior proteção à pele. Alguns povos mediterrâneos utilizam o produto em cosméticos, como ingrediente da formulação de cremes para a pele. O professor Bruno Berra, da cadeira de Bioquímica e Biologia Molecular, da Universidade de Milão, pesquisou os efeitos do azeite no retardo do processo de envelhecimento e concluiu que a pele absorve os antioxidantes presentes no produto, protegendo suas camadas mais profundas contra oxidação e neutralizando os radicais livres.

    Agora você já pode receber estes textos em seu email. Cadastre-se!


      Acompanhe este blog pelo twitter.  Divulgue para seus amigos.