sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Hoje é sexta-feira!

Pois é... E eu aqui ouvindo alguém falar que a melhor coisa pra comer é ovo frito com pão francês bem quentinho...

Antes, nesta mesma semana havia lido ser pão com mortadela bem fininha: quatro ou cinco fatias. Talvez. E coca cola de garrafa de vidro...

E fico aqui pensando em comida. Novamente. O final de semana está tocando a campanhia e é preciso atendê-lo. O segundo "teste" com o ossobuco (leia o post anterior) ficou melhor ainda. Como dizer? O processo está dominado!

Falta outra parte. Mais inusitada, talvez: gerar um ravióli usando matchá. Assim, verdinho e com um perfume tão oriental, tão sutil quanto de um chá feito para uma das cerimônias gastronômicas (por assim dizer) deste planeta nem mais tão verde quanto gostaríamos.

Existem controvérsias sobre este processo a ser testado. Uns ensinam a misturar pó com pó... Outros, insinuam ser melhor misturar o chá com os ovos... É claro que vou testar das duas formas...

Enfim, em breve ele estará aqui em sua plenitude. E, provavelmente, de corpo inteiro, de cara na janela para todos verem.

Para isto ser totalmente uma verdade aceitável universalmente precisarei encontrar o "prato quase perfeito" para colocá-los. E este prato tem sido mais difícil de encontrar (aqui no Rio) do que uma latinha com 40g de matcha. É claro que só encontrei na Barra da Tijuca mas já valeu a pena todos os distúrbios do trânsito.

E, de quebra, conheci o feijão mungo-verde, aquele que produz o "broto de feijão" presente em muitas alimentações. E ele dá uma bela e honesta "saladinha verde". Em breve em todos os micros conectados ao "bacalhau"...

E, por ai vamos, deixando uma reflexão política, que pela primeira vez, deixo escrita: "Nunca na história deste país... tivemos um senador desta república tão como este". Leia mais aqui.

Hoje é sexta-feira!

Pois é... E eu aqui ouvindo alguém falar que a melhor coisa pra comer é ovo frito com pão francês bem quentinho...

Antes, nesta mesma semana havia lido ser pão com mortadela bem fininha: quatro ou cinco fatias. Talvez. E coca cola de garrafa de vidro...

E fico aqui pensando em comida. Novamente. O final de semana está tocando a campanhia e é preciso atendê-lo. O segundo "teste" com o ossobuco (leia o post anterior) ficou melhor ainda. Como dizer? O processo está dominado!

Falta outra parte. Mais inusitada, talvez: gerar um ravióli usando matchá. Assim, verdinho e com um perfume tão oriental, tão sutil quanto de um chá feito para uma das cerimônias gastronômicas (por assim dizer) deste planeta nem mais tão verde quanto gostaríamos.

Existem controvérsias sobre este processo a ser testado. Uns ensinam a misturar pó com pó... Outros, insinuam ser melhor misturar o chá com os ovos... É claro que vou testar das duas formas...

Enfim, em breve ele estará aqui em sua plenitude. E, provavelmente, de corpo inteiro, de cara na janela para todos verem.

Para isto ser totalmente uma verdade aceitável universalmente precisarei encontrar o "prato quase perfeito" para colocá-los. E este prato tem sido mais difícil de encontrar (aqui no Rio) do que uma latinha com 40g de matcha. É claro que só encontrei na Barra da Tijuca mas já valeu a pena todos os distúrbios do trânsito.

E, de quebra, conheci o feijão mungo-verde, aquele que produz o "broto de feijão" presente em muitas alimentações. E ele dá uma bela e honesta "saladinha verde". Em breve em todos os micros conectados ao "bacalhau"...

E, por ai vamos, deixando uma reflexão política, que pela primeira vez, deixo escrita: "Nunca na história deste país... tivemos um senador desta república tão como este". Leia mais aqui.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Chove lá fora...

É, uma chuvinha fina... Começou ontem e não vai acabar hoje.

E isto me lembra minhas fabricações de pães de longa fermentação... de ossobuco para o recheio de raviólis... de Demi-glace. Tudo longo preparo... Fogo baixinho. E MUITA paciência.

Então, o que fazer num dia assim?

Lá no refrigerador tem abóbora-menina, tem cenouras, tem tomates débora e ossobuco. Não é de vitelo. Não acho por aqui. Continuo procurando fornecedor. Um dia, acho!

Peguei uma cebola e cortei a metade. Piquei em cubinhos bem pequenos. Reservei. Fiz o mesmo com a cenoura e o tomate que ficou nú e sem as entranhas antes de virar cubinhos. Um dente de alho também teve o mesmo destino. E o poró? Meias-luas separadas...

Um galhinho de tomilho fresco e outro de alecrim vai ajudar a apurar o sabor.

Uma lata de pelati que comprei sem saber exatamente no que usar. É um teste da marca.

Primeiro, numa frigideira antiaderente com um fio de azeite, selei os dois ossobucos. Afinal não eram tão pequeninos como gostaria que fossem. Um lado. Depois o outro. Reserva enquanto numa panelinha de ferro a cebola amolecia ao calor do azeite e manteiga. Depois, as cenouras, os temperinhos cheirosos e os ossobucos. O fogo mais baixo que o meu fogão consegue me dar.

E isto vai rolar por 4 horas. Vez por outra uma olhadela. Um pingo de água, se preciso. É preciso apurar, lentamente, os sabores e os cheiros.

Depois de umas 3 horas os tomates – o pelado e o cortadinho – vão fazer a sua parte neste calor: suco, sabor e corpo. Esperar o final. A maciez. A separação do osso e a gelatina do tutano ir toda para o caldo espesso.

Mas e a abóbora, onde entra nisso? Calma. Muita calma nessa hora. Tudo isso é para o jantar...

A abóbora vai ao forno, pincelada com azeite, sal grosso e pimenta do Reino do moinho. Duas, três voltas no moinho são o suficiente. Grãos misturados: preta e branca. Graduação mais baixa possível. Também. O calor vai formar uma crostinha nela. Depois de assada, macia e bem sequinha, passo a polpa numa peneira fina. Um creme. E ainda vai para a panela em fogo baixo para “secar” bem. Um cubinho de manteiga sem sal vai dar brilho e cremosidade no final.

Ela vai ser o centro do prato. Sobre ela, os pedaços soltos do ossobuco (é, eu agora estou gostando de facilitar a vida de quem vai comer). O molho que ficou nem precisa ser peneirado. É para ser colocado delicadamente sobre os pedaços do ossobuco.

Um raminho de tomilho pra enfeitar. Antes, corrija o sal e a pimenta. Afinal tudo precisa de graça, não?

Mais nada. Simples assim.

Ah, se quiseres um bom vinho nacional, abre um Fortaleza do Seival, tannat. Acho que vai gostar desta turminha no jantar.

Apague as luzes, acenda uma vela e chame o seu amor pra jantar.

Depois, bem isso fica por sua conta!

Chove lá fora...

É, uma chuvinha fina... Começou ontem e não vai acabar hoje.

E isto me lembra minhas fabricações de pães de longa fermentação... de ossobuco para o recheio de raviólis... de Demi-glace. Tudo longo preparo... Fogo baixinho. E MUITA paciência.

Então, o que fazer num dia assim?

Lá no refrigerador tem abóbora-menina, tem cenouras, tem tomates débora e ossobuco. Não é de vitelo. Não acho por aqui. Continuo procurando fornecedor. Um dia, acho!

Peguei uma cebola e cortei a metade. Piquei em cubinhos bem pequenos. Reservei. Fiz o mesmo com a cenoura e o tomate que ficou nú e sem as entranhas antes de virar cubinhos. Um dente de alho também teve o mesmo destino. E o poró? Meias-luas separadas...

Um galhinho de tomilho fresco e outro de alecrim vai ajudar a apurar o sabor.

Uma lata de pelati que comprei sem saber exatamente no que usar. É um teste da marca.

Primeiro, numa frigideira antiaderente com um fio de azeite, selei os dois ossobucos. Afinal não eram tão pequeninos como gostaria que fossem. Um lado. Depois o outro. Reserva enquanto numa panelinha de ferro a cebola amolecia ao calor do azeite e manteiga. Depois, as cenouras, os temperinhos cheirosos e os ossobucos. O fogo mais baixo que o meu fogão consegue me dar.

E isto vai rolar por 4 horas. Vez por outra uma olhadela. Um pingo de água, se preciso. É preciso apurar, lentamente, os sabores e os cheiros.

Depois de umas 3 horas os tomates – o pelado e o cortadinho – vão fazer a sua parte neste calor: suco, sabor e corpo. Esperar o final. A maciez. A separação do osso e a gelatina do tutano ir toda para o caldo espesso.

Mas e a abóbora, onde entra nisso? Calma. Muita calma nessa hora. Tudo isso é para o jantar...

A abóbora vai ao forno, pincelada com azeite, sal grosso e pimenta do Reino do moinho. Duas, três voltas no moinho são o suficiente. Grãos misturados: preta e branca. Graduação mais baixa possível. Também. O calor vai formar uma crostinha nela. Depois de assada, macia e bem sequinha, passo a polpa numa peneira fina. Um creme. E ainda vai para a panela em fogo baixo para “secar” bem. Um cubinho de manteiga sem sal vai dar brilho e cremosidade no final.

Ela vai ser o centro do prato. Sobre ela, os pedaços soltos do ossobuco (é, eu agora estou gostando de facilitar a vida de quem vai comer). O molho que ficou nem precisa ser peneirado. É para ser colocado delicadamente sobre os pedaços do ossobuco.

Um raminho de tomilho pra enfeitar. Antes, corrija o sal e a pimenta. Afinal tudo precisa de graça, não?

Mais nada. Simples assim.

Ah, se quiseres um bom vinho nacional, abre um Fortaleza do Seival, tannat. Acho que vai gostar desta turminha no jantar.

Apague as luzes, acenda uma vela e chame o seu amor pra jantar.

Depois, bem isso fica por sua conta!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Um dia frio...

Um bom lugar pra ler um livro...

Ou cozinhar.

Agora estou continuando minhas peripércias na leitura de VIVA ZEN, da monja Cohen. Algo um pouco diferente dos meus últimos dias. Quem sabe, complemento? Afinal, todo instante deveria ser de reflexões sobre o instante e o caminho, não é?

Que tal começar um dia (talvez nem todos como o de hoe), sentados. Apenas sentados, parados, alertas. Esvazie os pulmões, esvazie os pensamentos, esvazie as emoções. Tudo. Não pense em nada. Perceba, apenas. Veja este ar caminhando dentro de ti. Desde lá do mais fundo de ti, subindo, mudando de cor, saindo, ardendo, pelas narinas. Por uma só. Tente! Não desista.

Inspire pela outra narina. Devagar, bem devagar, devagarinho. Sentindo o ar frio entrando e mudando de temperatura e de cor. Voltando para o mundo exterior. Limpando. Acalmando.

Fique assim até começar a sentir a posição incômoda. Pare. Acorde. Volte. Levante-se lentamente. Diga bom dia ao dia! Sorria para si e de si. Mova os músculos da face.

Cozinha! Já pra lá.

Limpe tudo que irá usar: utensílios, área de trabalho. Matéria-prima. Escolha os menores, os mais condensados, os mais novos. Os melhores. Sempre que puder!

Limpe- higienize, descasque, corte, pique, separe-os. Um em cada vasilha. Legumes de um lado; folhas de outro. Cereais.

O que fazer já está programado. Nada de receitas. Deixe o seu corpo comandar. O cérebro agradece.

A água já quase borbulha. Reduz o fogo evitando o desperdício de gás. Do lado, gelo, muita água bem gelada. Primeiro as cenouras em minúsculos quadradinhos. Só o tempo de todos eles sentirem-se bem quentinhos. Retire-os e rapidamente os coloque sob o frio intenso da água gelada. Ouça os gritos deles, os barulos das sua células se fechando e mantendo os ricos ingredientes lá dentro. Sabor, textura...

Agora, as rodinhas de vagens francesas. Ou brasileiras, Ou manteigas, Qualquer uma. Mas novas, recém colhidas. Mesmo processo. Outros sabores. Outras texturas.

Invente. Descubra. Experimente novidades: nabo japonês. O comprido. Não tão grosso e nem tão comprido. É preciso aproveitar tudo que a semente ainda não usou.

E passas claras. Passadas um tempo embriagadas. Só para dar um pouco de forma ao seu corpo murcho. Escorridas. Passadas por uma toalha de papel. Nada de excesso.

Um belo caldo de legumes. Ou de frango caipira. Ou de codornas. Menos quadrados. Menos os em pó. O seu. Apenas ele. Só seu jeito. Com a sua energia.

Um pouco de couscous marroquino. Uma aquecida dos grãos com um pouco de azeite. Sem brnzeá-los. Sá agregar sabor. Não muito quente para não modificar as moléculas do azeite.

O caldo quente vai inchá-los. Mantenha o ambiente acolhedor cobrindo com um filme plástico. Um tempo. Quanto? Não sei: perceba o seu, o deles. Use as mãos, os dedos. Só as pontas para separá-los, divorciá-los. Deixe-os o mais soltos que conseguires.

Misture os legumes, um a um. Com cuidado. Com amor. Carinho. Todos eles. Até as passas rechonchudas. Guarde num cantinho.

Sabe as coxas de frango cozidas lentamente em fogo bem baixo? Aquelas que você dourou com cebolas amolecidas no azeite e manteiga? Depois um dentinho de alho bem picadinho com a faca? Ali, água pingada por muito tempo. Dourada e saindo dos ossos. Essa mesma. Solta. Desgrude as que insistira em ficar. Sem desmanchá-las. Apenas separando-as dos ossos.

Pegue um prato. Não importa muito se redondo, quadrado, retangular, com abas, sem abas, decorado ou branco. De louça ou de vidro. Afinal, gostos são gostos. Indivíduos são indivíduos apesar de quererem padronizar tudo.

Um montinho de couscous. Um montinho de carnes de pernas de frango. Pronto? Claro que não!

E a saladinha? Esqueceste dela? Brotinhos das folhas mais novas, quase prematuras. Coloque um montinho delas à lá ONU (uma mistura saudável de cada uma das que conseguiste) numa vasilha (os chics chamam de bowl). Que tal agora misturar uma porção de suco de limão galego (aqueles alaranjados com cascas nas cascas) e três porções do seu melhor azeite. Misture-os bem até ficar "grossinho" e parecendo uma coisa só. Uma colherada sobre as folhinhas? Claro que não. Todas querem esse néctar. Misture às folinhas na vasilha. Lenta e completamente. Com as pontas dos dedos coloque ali no melhor lugar que sua mão achar. Afinal, o prato é seu!

Olhe. Fotografe se puder.

Como tão devagar quanto uma hora. A cada garfo, procure descobrir tudo que puderes: imagine cada um daqueles ingredientes nascendo. Como foi embalado. Como foi tratado. Como chegou até a seu prato. Como você o tratou. Procure descobrir as suas nuances. As suas energias. Aprenda enquanto come.

Não perca esta oportunidade de relaxar, fazer exercícios, aprender, descobri.

Um dia frio...

Um bom lugar pra ler um livro...

Ou cozinhar.

Agora estou continuando minhas peripércias na leitura de VIVA ZEN, da monja Cohen. Algo um pouco diferente dos meus últimos dias. Quem sabe, complemento? Afinal, todo instante deveria ser de reflexões sobre o instante e o caminho, não é?

Que tal começar um dia (talvez nem todos como o de hoe), sentados. Apenas sentados, parados, alertas. Esvazie os pulmões, esvazie os pensamentos, esvazie as emoções. Tudo. Não pense em nada. Perceba, apenas. Veja este ar caminhando dentro de ti. Desde lá do mais fundo de ti, subindo, mudando de cor, saindo, ardendo, pelas narinas. Por uma só. Tente! Não desista.

Inspire pela outra narina. Devagar, bem devagar, devagarinho. Sentindo o ar frio entrando e mudando de temperatura e de cor. Voltando para o mundo exterior. Limpando. Acalmando.

Fique assim até começar a sentir a posição incômoda. Pare. Acorde. Volte. Levante-se lentamente. Diga bom dia ao dia! Sorria para si e de si. Mova os músculos da face.

Cozinha! Já pra lá.

Limpe tudo que irá usar: utensílios, área de trabalho. Matéria-prima. Escolha os menores, os mais condensados, os mais novos. Os melhores. Sempre que puder!

Limpe- higienize, descasque, corte, pique, separe-os. Um em cada vasilha. Legumes de um lado; folhas de outro. Cereais.

O que fazer já está programado. Nada de receitas. Deixe o seu corpo comandar. O cérebro agradece.

A água já quase borbulha. Reduz o fogo evitando o desperdício de gás. Do lado, gelo, muita água bem gelada. Primeiro as cenouras em minúsculos quadradinhos. Só o tempo de todos eles sentirem-se bem quentinhos. Retire-os e rapidamente os coloque sob o frio intenso da água gelada. Ouça os gritos deles, os barulos das sua células se fechando e mantendo os ricos ingredientes lá dentro. Sabor, textura...

Agora, as rodinhas de vagens francesas. Ou brasileiras, Ou manteigas, Qualquer uma. Mas novas, recém colhidas. Mesmo processo. Outros sabores. Outras texturas.

Invente. Descubra. Experimente novidades: nabo japonês. O comprido. Não tão grosso e nem tão comprido. É preciso aproveitar tudo que a semente ainda não usou.

E passas claras. Passadas um tempo embriagadas. Só para dar um pouco de forma ao seu corpo murcho. Escorridas. Passadas por uma toalha de papel. Nada de excesso.

Um belo caldo de legumes. Ou de frango caipira. Ou de codornas. Menos quadrados. Menos os em pó. O seu. Apenas ele. Só seu jeito. Com a sua energia.

Um pouco de couscous marroquino. Uma aquecida dos grãos com um pouco de azeite. Sem brnzeá-los. Sá agregar sabor. Não muito quente para não modificar as moléculas do azeite.

O caldo quente vai inchá-los. Mantenha o ambiente acolhedor cobrindo com um filme plástico. Um tempo. Quanto? Não sei: perceba o seu, o deles. Use as mãos, os dedos. Só as pontas para separá-los, divorciá-los. Deixe-os o mais soltos que conseguires.

Misture os legumes, um a um. Com cuidado. Com amor. Carinho. Todos eles. Até as passas rechonchudas. Guarde num cantinho.

Sabe as coxas de frango cozidas lentamente em fogo bem baixo? Aquelas que você dourou com cebolas amolecidas no azeite e manteiga? Depois um dentinho de alho bem picadinho com a faca? Ali, água pingada por muito tempo. Dourada e saindo dos ossos. Essa mesma. Solta. Desgrude as que insistira em ficar. Sem desmanchá-las. Apenas separando-as dos ossos.

Pegue um prato. Não importa muito se redondo, quadrado, retangular, com abas, sem abas, decorado ou branco. De louça ou de vidro. Afinal, gostos são gostos. Indivíduos são indivíduos apesar de quererem padronizar tudo.

Um montinho de couscous. Um montinho de carnes de pernas de frango. Pronto? Claro que não!

E a saladinha? Esqueceste dela? Brotinhos das folhas mais novas, quase prematuras. Coloque um montinho delas à lá ONU (uma mistura saudável de cada uma das que conseguiste) numa vasilha (os chics chamam de bowl). Que tal agora misturar uma porção de suco de limão galego (aqueles alaranjados com cascas nas cascas) e três porções do seu melhor azeite. Misture-os bem até ficar "grossinho" e parecendo uma coisa só. Uma colherada sobre as folhinhas? Claro que não. Todas querem esse néctar. Misture às folinhas na vasilha. Lenta e completamente. Com as pontas dos dedos coloque ali no melhor lugar que sua mão achar. Afinal, o prato é seu!

Olhe. Fotografe se puder.

Como tão devagar quanto uma hora. A cada garfo, procure descobrir tudo que puderes: imagine cada um daqueles ingredientes nascendo. Como foi embalado. Como foi tratado. Como chegou até a seu prato. Como você o tratou. Procure descobrir as suas nuances. As suas energias. Aprenda enquanto come.

Não perca esta oportunidade de relaxar, fazer exercícios, aprender, descobri.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Acabou. Acabou. Acabou!!!

Pois é: acabou o PAN. Acabou o PARAPAN.

De tudo MUITAS lições; muito aprendizado para o que me resta de vida.

E olha que eu não sou muito de reclamar da vida e de suas oportunidades. Fui feliz e infeliz alguns poucos momentos. Mas apenas as felicidades me deram satisfação plena. Os momentos que julgava de infelicidade foram pródigos em ensinamentos.

E agora, então, depois de participar destes dois eventos como voluntário pude perceber coisas incríveis.

Algo como sair do topo do mundo e mergulhar no mais profundo abismo: um dia, jantando no Roberta Sudbrack, depois de uma tarde noite maraviolhosa em companhia dela e de seu exército, um jantar maravilhoso. Pelo menos para os que já se conheciam. Para os novos, atônitos, só vamos saber em outros dias.

No dia seguinte, sanduíche do PARAPAN com aquelas barrinhas que são usadas como "possibilidade de sobrevivência na selva" apesar de não serem exatamentes aquelas da aviação...

Nada como num espaço de menos de doze horas torcar vinhos harmonizados com os pratos por um suqinho de caju em tetrapak "harmonizado" com um sanduíche de pão com peito de peru e um queijo pasteurizado. Nem era de uma casta nobre do Velho Mundo.

Mas vá lá: isto, afinal de contas, não era o mais importante. O alimento ali era apenas fisiológico. O prazer maior era aprender com aqueles humanos ali, do outro lado (e por vezes, juntinho de nós) o que é superaração.

Essa é a palavra. Esse é o aprendizado a ser conseguido. A todo custo.
Superar vida, superar dificuldades. E não é apenas balela nem texto de propaganda televisiva em horário nobre.
É você olhar para um canto da pista de treinamento e ver um pedaço de gente e uma fralda de camiseta sobre o gramado sintético.

É claro que mentalmente rolou um p****, o que é isso meu Deus? Cheguei mais perto mas nem tanto para não constranger a nenhum de nós. Olhava sem entender. Na realidade nem sei se procurava respostas. Procurava assimilar toda a extensão possível para aquela cena.

Eu ali, com cara de babaca olhando aquele carinha rindo, sacaneando os colegas da equipe (não importa o seu nome ou a nacionalidade). O importante era o que ele, calado, atrás do seu sorriso queria me mostrar. Cara, eu vivo! Cara, eu sou feliz! Cara, eu não tenho medo de obstáculos! Cara, para de pensar em coisas tão pequenas e olha pra cá: cadê as pernas, o baixo ventre? Cadê ficar caído numa cama, lastimando o que eu pedi para superar? Por que não ir em frente? Por que ser um fracassado diante Daquele que tudo pode?

Um salto e senta-se na cadeira que é seu bólido e condução para qualquer lugar. Rampas ou calçadas desprovidas das facilidades sempre pedidas e nunca conseguidas não eram, não são e não serão até seu fim. Tenho CERTEZA disto!

Trocou a cadeira pelo triciclo. E lá foi ele treinar na pista... Vieram as competições e foi vencendo e se classificando cada uma delas até chegar em 4º lugar na finalíssima. É claro que torci para o brasileiro levar (e levou) sua medalha de ouro. Mas lá no fundinho, como eu gostaria que essa medalha de ouro fosse dele. Ele foi, é e será o meu herói do PARAPAN.

É claro que já pensei nele algumas vezes depois que as competições encerraram. E prometi a mim mesmo lembrar dele sempre que uma dificuldade balançar meu coração, minha cabeça ou tremer minhas pernas.

Tem outros exemplos, mas ele é o MEU HERÓI. Ele falou muita coisa apesar das barreiras de nossa língua. Mas tenho certeza que o beijo que lhe mandei naquele dia chegou em seu coração. E que as lágrimas do quarto lugar vão fazer brotar mais força dentro do meu corpo.

E agora, quem é perfeito: nós ou eles?

Acabou. Acabou. Acabou!!!

Pois é: acabou o PAN. Acabou o PARAPAN.

De tudo MUITAS lições; muito aprendizado para o que me resta de vida.

E olha que eu não sou muito de reclamar da vida e de suas oportunidades. Fui feliz e infeliz alguns poucos momentos. Mas apenas as felicidades me deram satisfação plena. Os momentos que julgava de infelicidade foram pródigos em ensinamentos.

E agora, então, depois de participar destes dois eventos como voluntário pude perceber coisas incríveis.

Algo como sair do topo do mundo e mergulhar no mais profundo abismo: um dia, jantando no Roberta Sudbrack, depois de uma tarde noite maraviolhosa em companhia dela e de seu exército, um jantar maravilhoso. Pelo menos para os que já se conheciam. Para os novos, atônitos, só vamos saber em outros dias.

No dia seguinte, sanduíche do PARAPAN com aquelas barrinhas que são usadas como "possibilidade de sobrevivência na selva" apesar de não serem exatamentes aquelas da aviação...

Nada como num espaço de menos de doze horas torcar vinhos harmonizados com os pratos por um suqinho de caju em tetrapak "harmonizado" com um sanduíche de pão com peito de peru e um queijo pasteurizado. Nem era de uma casta nobre do Velho Mundo.

Mas vá lá: isto, afinal de contas, não era o mais importante. O alimento ali era apenas fisiológico. O prazer maior era aprender com aqueles humanos ali, do outro lado (e por vezes, juntinho de nós) o que é superaração.

Essa é a palavra. Esse é o aprendizado a ser conseguido. A todo custo.
Superar vida, superar dificuldades. E não é apenas balela nem texto de propaganda televisiva em horário nobre.
É você olhar para um canto da pista de treinamento e ver um pedaço de gente e uma fralda de camiseta sobre o gramado sintético.

É claro que mentalmente rolou um p****, o que é isso meu Deus? Cheguei mais perto mas nem tanto para não constranger a nenhum de nós. Olhava sem entender. Na realidade nem sei se procurava respostas. Procurava assimilar toda a extensão possível para aquela cena.

Eu ali, com cara de babaca olhando aquele carinha rindo, sacaneando os colegas da equipe (não importa o seu nome ou a nacionalidade). O importante era o que ele, calado, atrás do seu sorriso queria me mostrar. Cara, eu vivo! Cara, eu sou feliz! Cara, eu não tenho medo de obstáculos! Cara, para de pensar em coisas tão pequenas e olha pra cá: cadê as pernas, o baixo ventre? Cadê ficar caído numa cama, lastimando o que eu pedi para superar? Por que não ir em frente? Por que ser um fracassado diante Daquele que tudo pode?

Um salto e senta-se na cadeira que é seu bólido e condução para qualquer lugar. Rampas ou calçadas desprovidas das facilidades sempre pedidas e nunca conseguidas não eram, não são e não serão até seu fim. Tenho CERTEZA disto!

Trocou a cadeira pelo triciclo. E lá foi ele treinar na pista... Vieram as competições e foi vencendo e se classificando cada uma delas até chegar em 4º lugar na finalíssima. É claro que torci para o brasileiro levar (e levou) sua medalha de ouro. Mas lá no fundinho, como eu gostaria que essa medalha de ouro fosse dele. Ele foi, é e será o meu herói do PARAPAN.

É claro que já pensei nele algumas vezes depois que as competições encerraram. E prometi a mim mesmo lembrar dele sempre que uma dificuldade balançar meu coração, minha cabeça ou tremer minhas pernas.

Tem outros exemplos, mas ele é o MEU HERÓI. Ele falou muita coisa apesar das barreiras de nossa língua. Mas tenho certeza que o beijo que lhe mandei naquele dia chegou em seu coração. E que as lágrimas do quarto lugar vão fazer brotar mais força dentro do meu corpo.

E agora, quem é perfeito: nós ou eles?