domingo, 20 de dezembro de 2009

Os Natais da Tremembé 41


Já passava das 18h quando meu pai conseguiu fechar a loja que mantinha no Largo do Campinho. Minha mãe já estava pronta pois subira mais cedo pra poder cuidar de nós três (ela, eu e minha irmã Véra). Morávamos num sobrado e no térreo existia a loja de meu pai.

Durante boa parte do mês de dezembro convivíamos com os presentes expostos na parte “bazar” desta loja de materiais de construção. Ali estavam sempre expostos os lançamentos da Estrela e, como quase todos os anos, a espetacular boneca Amiguinha fazia sucesso entre as meninas, desejosas de ter uma e que quase todos os dias passavam por lá para “namorar” aquela boneca exposta na alta vitrine da loja. Naquele tempo, o pé-direito (altura) das lojas era imenso.

Também dividiam com elas – as bonecas – os brinquedos que meninos sempre gostariam de possuir. Entre eles (agora vejo o quanto eram idiotas, mas naquela época, certamente nossas mentes ainda não haviam despertados para o “lado errado” destes brinquedos), revólveres, que no entender dos “mais velhos” eram cópias fiéis dos de verdade. Cartucheiras e cinturões compunham a vestimenta dos cowboys que frequentavam as telas da recém chegada TV brasileira.

Bolas de futebol também eram muito cobiçadas pelos meninos: as daquela época em couro e costuradas à mão... contrastando com as levíssimas de hoje feitas de material sintético e cheias de tecnologias...

Logo que fechou a loja meu pai foi pra nossa casa, tomar banho e trocar a roupa. Descemos os quatro e pegamos seu Chevrolet 37 preto e poderoso (pelo menos para mim era). Rumamos em direção à “casa da Ilha”, na rua Tremembé 41. Nem me lembro direito desta viagem. Lembro apenas da nossa chegada para a ceia de Natal.

A casa, com sótão e porão tinha muitos quartos. Algo como cinco deles na parte de cima. Lá a varanda cobiçada pela criançada que gostava de dormir ao relento em esteiras de taboca forradas com limpos e cheirosos lençóis fornecidos pela “tia Nicô”. A criançada fazia uma farra danada na hora de dormir e era separada em lado dos meninos e lado das meninas. Sempre tinha um adulto por perto para evitar que acontecesse “alguma coisa”, preocupação que só recentemente soube através do relato de dona Diva.

À noite, a mesa posta tinha tanta comida que, pelo menos, a criançada nem se preocupava: queríamos todos estar à volta da linda e enorme árvore de Natal que ficava num dos cantos da majestosa “sala de jantar” com inúmeras janelas tipo guilhotina que abertas permitiam a brisa fresca que vinha da praia da Freguesia entrar pelo salão.

Ficávamos encantados com os enfeites e as luzes que acendiam e apagavam freneticamente diante de nossos pequenos e arregalados olhinhos. Nossas mães quase nos arrastavam para a mesa para colocar nosso prato da ceia. Ali, em enormes pratos, mas já fatiados havia presunto tender, pernil de porco, rabanadas, frutas secas, frutas frescas em grande quantidade e variedade enfeitavam a mesa, arroz “enfeitado” (sempre alguma coisa misturada no arroz), farofa e, um enorme peru que era fatiado quando começávamos a comilança. As crianças tinham suas porções ou em pratos fundos e, normalmente, nos eram dadas colheres...

É claro, a esta altura da noite, que nós nem estávamos com fome. A correria entre uma colherada e outra só dividia espaço com os gritos de nossas mães e o castigo supremo dela avisar pro Papai Noel que não mereceríamos ganhar os presentes pedidos.

Naquele momento de nossas vidas não sabíamos, nem poderíamos imaginar que Noel era apenas um codinome de nossos pais. Só bem mais tarde fui descobrir isto e mais tarde ainda pude saber das lágrimas de meu pai por não poder nos dar presentes em determinados natais de nossas vidas. Não faz mal, pai, pois esses presentes não fizeram falta: só você, até hoje...

Logo surgia a figura de “tio Maneco” que na realidade era meu tio postiço. Ele era apenas tio de meu pai. Mas meu pai e minha mãe o tratavam de tio Maneco, nós (eu e Véra e depois a Tânia) o tratávamos como vô Maneco pois todos nossos primos o chamavam assim.

A passagem dele por nossas vidas foi marcada pelas nozes premiadas que ganhávamos. Ele, com a calma e perfeição que só os sábios possuem, abria cuidadosamente as cascas das nozes e retirava seu conteúdo que era usado nas guloseimas. Em cada casca que antes era uma noz, virava um cofre para cada criança. Cuidadosamente dobrada e espremida em seu interior uma nota de cruzeiro (nosso dinheiro naqueles tempos). Valores diferentes. Cada noz era dada aleatoriamente à cada criança. Os mais sortudos ganhavam uma notinha diferente e de maior valor. Nada tão alto que desse para comprar um carro, um apartamento ou uma viagem para a Europa...

Enfim, chegava a hora em que o Odilon, marido de tia Nicô, em seu pijama listrado de calças compridas, começava a fechar as janelas da sala e começava a mandar as crianças para a cama pois estava chegando a hora de Papai Noel passar para deixar os presentes na árvore. Naquele tempo os presentes só eram distribuídos após o café da manhã do dia 25. Não havia possibilidade desta distribuição ser feita em outro momento.

Muitos de nós, lá na varanda, na cama improvisada, tentávamos ficar olhando pro céu a espera da chegada do trenó de Papai Noel. Cansávamos de esperar e acabávamos dormindo quando, então, nossos pais podiam colocar nossos presentes ao pé da árvore lá da sala. Trancadas as portas de acesso, só depois do café da manhã é que podíamos entrar naquele ambiente e, claro, correr em direção à árvore.

Nosso café da manhã era tomado na parte de fora da casa, onde também aconteciam os almoços. Num canto da casa onde existiam bancos feitos de pedra na própria mureta de sustentação do terrenos era montada sobre cavaletes uma enorme mesa para alegria dos adultos.

Logo depois do café da manhã, já era formado o pelotão em busca do presente. Sempre havia um dos primos que dizia ter visto ou o Papai Noel chegar ou ele já indo. Claro que era apenas para “aparecer” diante dos outros primos.

Logo, o vô Maneco sentava-se junto da árvore e embrulho após embrulho que pegava era feita a leitura do nome do premiado. Uma gritaria logo se seguia a cada nome chamado. Logo a corrida até o presente que tinha, invariavelmente seu papel rasgado em busca da descoberta do que ali estava escondido. Muitas vezes até a embalagem era despedaçada tal a angústia da revelação.

Logo se viam brinquedos por todas as partes da casa e os gritos de alegria de seus novos donos. Depois alguns brinquedos eram guardados por nossos pais ou até esquecidos por nós diante das brincadeiras que enchiam aquele nosso dia. O terreno era íngreme mas não para a criançada. Os primos todos logo inventavam brincadeiras e elas acabavam, durante muitos anos, na coroação de nossa rainha! Formávamos, então, para a “foto oficial” ao lado da rainha de nosso Natal.

Como eram bons esses natais. Como éramos felizes em nossas brincadeiras. Mas, o mundo mudou, ou mudamos nós?

Ah, as fotos que eu queria colocar aqui, acabaram como os Natais da Tremembé 41...



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Os Natais da Tremembé 41


Já passava das 18h quando meu pai conseguiu fechar a loja que mantinha no Largo do Campinho. Minha mãe já estava pronta pois subira mais cedo pra poder cuidar de nós três (ela, eu e minha irmã Véra). Morávamos num sobrado e no térreo existia a loja de meu pai.

Durante boa parte do mês de dezembro convivíamos com os presentes expostos na parte “bazar” desta loja de materiais de construção. Ali estavam sempre expostos os lançamentos da Estrela e, como quase todos os anos, a espetacular boneca Amiguinha fazia sucesso entre as meninas, desejosas de ter uma e que quase todos os dias passavam por lá para “namorar” aquela boneca exposta na alta vitrine da loja. Naquele tempo, o pé-direito (altura) das lojas era imenso.

Também dividiam com elas – as bonecas – os brinquedos que meninos sempre gostariam de possuir. Entre eles (agora vejo o quanto eram idiotas, mas naquela época, certamente nossas mentes ainda não haviam despertados para o “lado errado” destes brinquedos), revólveres, que no entender dos “mais velhos” eram cópias fiéis dos de verdade. Cartucheiras e cinturões compunham a vestimenta dos cowboys que frequentavam as telas da recém chegada TV brasileira.

Bolas de futebol também eram muito cobiçadas pelos meninos: as daquela época em couro e costuradas à mão... contrastando com as levíssimas de hoje feitas de material sintético e cheias de tecnologias...

Logo que fechou a loja meu pai foi pra nossa casa, tomar banho e trocar a roupa. Descemos os quatro e pegamos seu Chevrolet 37 preto e poderoso (pelo menos para mim era). Rumamos em direção à “casa da Ilha”, na rua Tremembé 41. Nem me lembro direito desta viagem. Lembro apenas da nossa chegada para a ceia de Natal.

A casa, com sótão e porão tinha muitos quartos. Algo como cinco deles na parte de cima. Lá a varanda cobiçada pela criançada que gostava de dormir ao relento em esteiras de taboca forradas com limpos e cheirosos lençóis fornecidos pela “tia Nicô”. A criançada fazia uma farra danada na hora de dormir e era separada em lado dos meninos e lado das meninas. Sempre tinha um adulto por perto para evitar que acontecesse “alguma coisa”, preocupação que só recentemente soube através do relato de dona Diva.

À noite, a mesa posta tinha tanta comida que, pelo menos, a criançada nem se preocupava: queríamos todos estar à volta da linda e enorme árvore de Natal que ficava num dos cantos da majestosa “sala de jantar” com inúmeras janelas tipo guilhotina que abertas permitiam a brisa fresca que vinha da praia da Freguesia entrar pelo salão.

Ficávamos encantados com os enfeites e as luzes que acendiam e apagavam freneticamente diante de nossos pequenos e arregalados olhinhos. Nossas mães quase nos arrastavam para a mesa para colocar nosso prato da ceia. Ali, em enormes pratos, mas já fatiados havia presunto tender, pernil de porco, rabanadas, frutas secas, frutas frescas em grande quantidade e variedade enfeitavam a mesa, arroz “enfeitado” (sempre alguma coisa misturada no arroz), farofa e, um enorme peru que era fatiado quando começávamos a comilança. As crianças tinham suas porções ou em pratos fundos e, normalmente, nos eram dadas colheres...

É claro, a esta altura da noite, que nós nem estávamos com fome. A correria entre uma colherada e outra só dividia espaço com os gritos de nossas mães e o castigo supremo dela avisar pro Papai Noel que não mereceríamos ganhar os presentes pedidos.

Naquele momento de nossas vidas não sabíamos, nem poderíamos imaginar que Noel era apenas um codinome de nossos pais. Só bem mais tarde fui descobrir isto e mais tarde ainda pude saber das lágrimas de meu pai por não poder nos dar presentes em determinados natais de nossas vidas. Não faz mal, pai, pois esses presentes não fizeram falta: só você, até hoje...

Logo surgia a figura de “tio Maneco” que na realidade era meu tio postiço. Ele era apenas tio de meu pai. Mas meu pai e minha mãe o tratavam de tio Maneco, nós (eu e Véra e depois a Tânia) o tratávamos como vô Maneco pois todos nossos primos o chamavam assim.

A passagem dele por nossas vidas foi marcada pelas nozes premiadas que ganhávamos. Ele, com a calma e perfeição que só os sábios possuem, abria cuidadosamente as cascas das nozes e retirava seu conteúdo que era usado nas guloseimas. Em cada casca que antes era uma noz, virava um cofre para cada criança. Cuidadosamente dobrada e espremida em seu interior uma nota de cruzeiro (nosso dinheiro naqueles tempos). Valores diferentes. Cada noz era dada aleatoriamente à cada criança. Os mais sortudos ganhavam uma notinha diferente e de maior valor. Nada tão alto que desse para comprar um carro, um apartamento ou uma viagem para a Europa...

Enfim, chegava a hora em que o Odilon, marido de tia Nicô, em seu pijama listrado de calças compridas, começava a fechar as janelas da sala e começava a mandar as crianças para a cama pois estava chegando a hora de Papai Noel passar para deixar os presentes na árvore. Naquele tempo os presentes só eram distribuídos após o café da manhã do dia 25. Não havia possibilidade desta distribuição ser feita em outro momento.

Muitos de nós, lá na varanda, na cama improvisada, tentávamos ficar olhando pro céu a espera da chegada do trenó de Papai Noel. Cansávamos de esperar e acabávamos dormindo quando, então, nossos pais podiam colocar nossos presentes ao pé da árvore lá da sala. Trancadas as portas de acesso, só depois do café da manhã é que podíamos entrar naquele ambiente e, claro, correr em direção à árvore.

Nosso café da manhã era tomado na parte de fora da casa, onde também aconteciam os almoços. Num canto da casa onde existiam bancos feitos de pedra na própria mureta de sustentação do terrenos era montada sobre cavaletes uma enorme mesa para alegria dos adultos.

Logo depois do café da manhã, já era formado o pelotão em busca do presente. Sempre havia um dos primos que dizia ter visto ou o Papai Noel chegar ou ele já indo. Claro que era apenas para “aparecer” diante dos outros primos.

Logo, o vô Maneco sentava-se junto da árvore e embrulho após embrulho que pegava era feita a leitura do nome do premiado. Uma gritaria logo se seguia a cada nome chamado. Logo a corrida até o presente que tinha, invariavelmente seu papel rasgado em busca da descoberta do que ali estava escondido. Muitas vezes até a embalagem era despedaçada tal a angústia da revelação.

Logo se viam brinquedos por todas as partes da casa e os gritos de alegria de seus novos donos. Depois alguns brinquedos eram guardados por nossos pais ou até esquecidos por nós diante das brincadeiras que enchiam aquele nosso dia. O terreno era íngreme mas não para a criançada. Os primos todos logo inventavam brincadeiras e elas acabavam, durante muitos anos, na coroação de nossa rainha! Formávamos, então, para a “foto oficial” ao lado da rainha de nosso Natal.

Como eram bons esses natais. Como éramos felizes em nossas brincadeiras. Mas, o mundo mudou, ou mudamos nós?

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Hora das compras: ceia


Para muita gente este é um momento de indecisões, de acertos e de erros. Não é para menos. Muita agitação e pouco dinheiro. Muitas loucura, muitas dívidas...

Mas, será que tudo isto faz sentido? Bem, não me cabe tentar responder essas questões. O que posso é tentar mostrar uma luz no final do túnel para esclarecer algumas questões voltadas à ceia de Natal.

Não bastassem os modismos, ainda importamos muitas comidas e preparos de outros povos que, nesta época do ano estão vivendo em clima diametralmente oposto ao nosso. Enquanto aqui é verão, lá é inverno. E coitado dos papais noéis que andam em sua roupa de veludo vermelho, com gorro e barbas longas e postiças apenas para alegrar pais de primeira viagem e avós deslumbrados diante do choro de pavor de muitas criancinhas. Bem é só ficar uma horinha diante dos locais onde colocam os “velhinhos” sentados todas as horas de funcionamento dos shoppings ali, diante de refletores e flashs...

Mas vamos ao peru. Será que precisamos importar este bichão que vive sua glória e momento de perdão pelas terras do tio Sam? Porque não um belo frango? Mais rápido de preparar, mais saboroso e que faz parte de nossos dias. Mas alguém pode chegar e dizer: ah, cara, deixa pra lá essas teorias pois eu só como peru no Natal. Gosto de ter aquela ave enorme, cinco ou seis quilos, assada por 3 ou quatro horas e que muitas vezes fica até bem torradinho e seco... Tá bem, cada qual com seu cada qual.

Mas vamos ao franguinho. Basta colocar entre sua pele e a carne do peito uma manteiguinha aromatizada e alguns galhos de alecrim e levá-lo ao forno em baixa temperatura. Olhando e banhando ele com a gordura que sai e, até com um suco de laranja. Assim, lentamente se dourando e cozinhando suas carnes ficará saboroso, simples e bem mais barato.

Quem sabe uma farofinha, então com as frutas secas que tanto gostas? Ameixa, figos e damascos, picados grosseiramente darão o toque doce à farofa. Diferente, porque não?

Ah, mas e os acompanhamentos? Gosta de massa, faça-a! Gostas de saladas, faça-as! Coisas simples e rápidas. Baixo custo e enorme alegria. Afinal, o aniversariante costumava fazer refeições frugais em sua vida.

Ah, Carlos, mas eu não posso deixar de ter bolinho de bacalhau na minha ceia. Pois é. Mas como fazer? Já sabes escolher o bacalhau? Segundo meus ancestral, Chico Pinto, a melhor parte do bacalhau para se fazer bolinho é a barriga. Tem gente que faz do lombo... Então, descubra você mesmo qual a parte será usada para seu bolinho. O fundamental, no entanto é escolher um bom peixe, de acordo com suas posses e fazer a dessalga conforme orientação técnica dos importadores. Assim, as postas muito grossas precisam de pelo menos 48 horas de molho, com trocas a cada 8 horas. Os grossos, de 40 horas com o mesmo intervalo para troca da água. E, os mais finos, 24 horas.

Mas, como fazer essa troca? O ideal que que inicialmente você dê uma lavada para retirar o sal mais aparente e solto. Depois coloque de molho na vertical, em água já gelada. Coloque uma outra vasilha com água para gelar. Quando chegar na oitava hora, retire pedaço a pedaço da vasilha em que estava de molho e coloque na que estava gelando a água. Despeje a água salgada e coloque nova água para gelar. Vá trocando desta forma até chegar o tempo indicado acima.

Escolha a batata adequada: ou a variedade BARAKA ou a variedade ASTERIX. Aquela é a batata normalmente comercializada “suja” de terra. Esta, a de casca rosa. Uma outra maneira de ver uma boa variedade é cortando-a: se ficar com a superfície quase seca, pode usá-la sem susto. Se ficar bem úmida, não servirá para seu bolinho.

Uns cozinham elas com casca; outros descascam. Mas faça sempre no vapor. Aproveite para um pequeno calor no bacalhau (somente até ele começar a abrir as escamas. Retire-o e retire as peles e espinhas. Coloque-o em um pano de prato limpo e dobre até formar algo como uma bola de bacalhau. Arremesse essa “bola” contra a superfície da pia várias vezes até verificares que todas as postas desfizeram-se.

Coloque os temperos: cebola, tomate (sem pele e sem sementes), salsinha, cebolinha, finamente picados. Misture com azeite de boa qualidade ou o melhor que o seu dinheiro puder comprar. Reserve.

Quando as batatas já estiverem cozidas, retire-as e coloque-as em uma vasilha grande. Amasse-as com um garfo ou passe pelo espremedor de batatas. Misture-a ao bacalhau temperado que estava reservado. Coloque uma gema para cada meio quilo de bacalhau e uma colher de sopa de farinha de rosca. Misture com as mãos até formar uma massa bem ligada. Bata a(s) clara(s) em neve e incorpore à massa. Pronto: leve-a para descansar por uma hora, coberta por um filme no seu refrigerador.

Na hora de fritar, use duas colheres de sobremesa para modelar. Pode ainda usar um boleador de sorvetes para fazer bolinhas... Se preferires fazer a moldagem nas mãos, unte-as com azeite.

O melhor é fritá-los em azeite. Mas podes usar uma mistura de azeite com óleo vegetal ou apenas o óleo vegeta. Mas faça isto apenas no momento de serví-lo. Fica mais crocante e gostoso...

Ah, não esqueça das rabanadas. Apesar de calóricas, são saborosas. Uma manira interessante de fazê-las é passar rapidamente por ovos e leite e levá-las para fritar numa frigideira antiaderente... Há quem goste delas assim. Eu, prefiro as tradicionais, previamente embanhadas no leite com malte de cevada. Depois passadas em mistura de ovos (claras e gemas em neve) e fritas numa mistura de óleo vegetal e manteiga sem sal. Deixo-a escorrendo o excesso de óleo da fritura em uma peneira. Nem precisa polvilhar com açúcar e canela. Mas se você tem necessidade, fique à vontade.

A escolha sempre é de quem faz!

No mais, lembre-se que no dia seguinte a vida continua. Os excessos financeiros serão pagos nos próximos meses e o peso ganho dificilmente sairá com tanta facilidade.



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Hora das compras: ceia


Para muita gente este é um momento de indecisões, de acertos e de erros. Não é para menos. Muita agitação e pouco dinheiro. Muitas loucura, muitas dívidas...

Mas, será que tudo isto faz sentido? Bem, não me cabe tentar responder essas questões. O que posso é tentar mostrar uma luz no final do túnel para esclarecer algumas questões voltadas à ceia de Natal.

Não bastassem os modismos, ainda importamos muitas comidas e preparos de outros povos que, nesta época do ano estão vivendo em clima diametralmente oposto ao nosso. Enquanto aqui é verão, lá é inverno. E coitado dos papais noéis que andam em sua roupa de veludo vermelho, com gorro e barbas longas e postiças apenas para alegrar pais de primeira viagem e avós deslumbrados diante do choro de pavor de muitas criancinhas. Bem é só ficar uma horinha diante dos locais onde colocam os “velhinhos” sentados todas as horas de funcionamento dos shoppings ali, diante de refletores e flashs...

Mas vamos ao peru. Será que precisamos importar este bichão que vive sua glória e momento de perdão pelas terras do tio Sam? Porque não um belo frango? Mais rápido de preparar, mais saboroso e que faz parte de nossos dias. Mas alguém pode chegar e dizer: ah, cara, deixa pra lá essas teorias pois eu só como peru no Natal. Gosto de ter aquela ave enorme, cinco ou seis quilos, assada por 3 ou quatro horas e que muitas vezes fica até bem torradinho e seco... Tá bem, cada qual com seu cada qual.

Mas vamos ao franguinho. Basta colocar entre sua pele e a carne do peito uma manteiguinha aromatizada e alguns galhos de alecrim e levá-lo ao forno em baixa temperatura. Olhando e banhando ele com a gordura que sai e, até com um suco de laranja. Assim, lentamente se dourando e cozinhando suas carnes ficará saboroso, simples e bem mais barato.

Quem sabe uma farofinha, então com as frutas secas que tanto gostas? Ameixa, figos e damascos, picados grosseiramente darão o toque doce à farofa. Diferente, porque não?

Ah, mas e os acompanhamentos? Gosta de massa, faça-a! Gostas de saladas, faça-as! Coisas simples e rápidas. Baixo custo e enorme alegria. Afinal, o aniversariante costumava fazer refeições frugais em sua vida.

Ah, Carlos, mas eu não posso deixar de ter bolinho de bacalhau na minha ceia. Pois é. Mas como fazer? Já sabes escolher o bacalhau? Segundo meus ancestral, Chico Pinto, a melhor parte do bacalhau para se fazer bolinho é a barriga. Tem gente que faz do lombo... Então, descubra você mesmo qual a parte será usada para seu bolinho. O fundamental, no entanto é escolher um bom peixe, de acordo com suas posses e fazer a dessalga conforme orientação técnica dos importadores. Assim, as postas muito grossas precisam de pelo menos 48 horas de molho, com trocas a cada 8 horas. Os grossos, de 40 horas com o mesmo intervalo para troca da água. E, os mais finos, 24 horas.

Mas, como fazer essa troca? O ideal que que inicialmente você dê uma lavada para retirar o sal mais aparente e solto. Depois coloque de molho na vertical, em água já gelada. Coloque uma outra vasilha com água para gelar. Quando chegar na oitava hora, retire pedaço a pedaço da vasilha em que estava de molho e coloque na que estava gelando a água. Despeje a água salgada e coloque nova água para gelar. Vá trocando desta forma até chegar o tempo indicado acima.

Escolha a batata adequada: ou a variedade BARAKA ou a variedade ASTERIX. Aquela é a batata normalmente comercializada “suja” de terra. Esta, a de casca rosa. Uma outra maneira de ver uma boa variedade é cortando-a: se ficar com a superfície quase seca, pode usá-la sem susto. Se ficar bem úmida, não servirá para seu bolinho.

Uns cozinham elas com casca; outros descascam. Mas faça sempre no vapor. Aproveite para um pequeno calor no bacalhau (somente até ele começar a abrir as escamas. Retire-o e retire as peles e espinhas. Coloque-o em um pano de prato limpo e dobre até formar algo como uma bola de bacalhau. Arremesse essa “bola” contra a superfície da pia várias vezes até verificares que todas as postas desfizeram-se.

Coloque os temperos: cebola, tomate (sem pele e sem sementes), salsinha, cebolinha, finamente picados. Misture com azeite de boa qualidade ou o melhor que o seu dinheiro puder comprar. Reserve.

Quando as batatas já estiverem cozidas, retire-as e coloque-as em uma vasilha grande. Amasse-as com um garfo ou passe pelo espremedor de batatas. Misture-a ao bacalhau temperado que estava reservado. Coloque uma gema para cada meio quilo de bacalhau e uma colher de sopa de farinha de rosca. Misture com as mãos até formar uma massa bem ligada. Bata a(s) clara(s) em neve e incorpore à massa. Pronto: leve-a para descansar por uma hora, coberta por um filme no seu refrigerador.

Na hora de fritar, use duas colheres de sobremesa para modelar. Pode ainda usar um boleador de sorvetes para fazer bolinhas... Se preferires fazer a moldagem nas mãos, unte-as com azeite.

O melhor é fritá-los em azeite. Mas podes usar uma mistura de azeite com óleo vegetal ou apenas o óleo vegeta. Mas faça isto apenas no momento de serví-lo. Fica mais crocante e gostoso...

Ah, não esqueça das rabanadas. Apesar de calóricas, são saborosas. Uma manira interessante de fazê-las é passar rapidamente por ovos e leite e levá-las para fritar numa frigideira antiaderente... Há quem goste delas assim. Eu, prefiro as tradicionais, previamente embanhadas no leite com malte de cevada. Depois passadas em mistura de ovos (claras e gemas em neve) e fritas numa mistura de óleo vegetal e manteiga sem sal. Deixo-a escorrendo o excesso de óleo da fritura em uma peneira. Nem precisa polvilhar com açúcar e canela. Mas se você tem necessidade, fique à vontade.

A escolha sempre é de quem faz!

No mais, lembre-se que no dia seguinte a vida continua. Os excessos financeiros serão pagos nos próximos meses e o peso ganho dificilmente sairá com tanta facilidade.



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sábado, 28 de novembro de 2009

Frutas: por onde elas andam?


No post anterior falei de frutas. Verão, vida saudável. Por conta disso me lembrei de frutas que frequentaram minha boca desde pequenino, quando ainda mal conseguia chegar na janela de meu “sobrado” da infância. Lá, no colo da Maria Joana conseguia ver coisas não muito longe, mas que marcaram minha visão.

Por cima do telhado onde meu pai guardava as madeiras que negociava, conseguia ver umas bolinhas amarelas no meio de uma copa de árvore muito densa. Aprendi seu nome logo que perguntei pra Maria Joana: abiu! Não tardou para que eu pedisse ao Manoel, um empregado da loja de meu pai que me aturava incansavelmente, mas sempre com um sorriso nos lábios. Levou muitas broncas de meu pai pelas “artes” que eu fazia no depósito da loja de materiais de construção que tínhamos. Montes de areia, saibro e terra preta eram destruídos na minha farra infantil e o pobre coitado do Manoel além de levar a bronca ainda arrumava caladinho... Acho que meu pai sempre soube que era eu quem desmoronava os montes que ele gostava de ver...



bacalhaucombatata | foto de abiu

Esse é do abiu que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Lá ia o Manoel subir no telhado com uma vara com um cestinho na ponta para pegar aquela frutinha... Doce, com uma poupa carnuda deixava um “visgo” em minha boca. Mas aquilo, ao invés de me irritar, era mais uma diversão tirá-lo da boca...

Também as uvas povoaram minha infância assim como o tamarindo hoje em dia escasso em sua forma natural de ser.

Um longo caramanchão sombreava uma alameda interna da loja por onde eu exercitava minha prova de corrida de 10 metros que hoje apenas tenho lembranças da disposição. Num dos lados a divisão com o vizinho, no outro, o depósito de madeiras em dois andares que mais tarde aprendi a subir por escadas apesar dos gritos de meu pai para eu descer e não me machucar.

No final do ano esse caramanchão ficava repleto de cachinhos de uvas pretinhas (que até hoje não sei sua variedade e mesmo maduras eram azedinhas) que ainda me fazem salivar só de lembrar. Manoel subia em uma longa escada para recolher o máximo de cachos que conseguia, enchendo baldes delas. Meu pai distribuía entre os empregados da loja e ainda levávamos para casa: uns bagos eram comidos assim mesmo, outros tantos virava suco de uva. Hummmmm delícia que era dividida com cubos de gelo para refrescar nossa sede no verão.

Do tamarineiro, com suas favas de uma fina camada de polpa, também azedinha, apenas fazíamos refresco para aplacar a sede no verão.



bacalhaucombatata | imagem de tamarindo

Esse é do tamarindo que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Um pouco mais adiante na linha do meu tempo, mudamos para uma casa térrea. Lá tinha quintal que antes apenas aproveitava o de meu avô Chico. Nesta nova casa, também uma parreira, desta vez de uvas “brancas” ou verdes, mais doces e carnudas, fazia sombra pra o Chevrolet 37 que meu pai tinha para nos levar para passear e onde eu aprendi minhas primeiras manobras ao volante. Só que em pé, no banco do motorista...

Ainda na parte da frente da casa um soberbo pé de manga “carlotinha”. Aquela árvore era o desespero de minha mãe pois quando ela estava repleta daquelas quase bolinhas amarelas e doces era meu destino ao chegar do colégio. Nem tirava o uniforme de camisa branca: apenas os sapatos e meias para melhor subir em seus galhos e colher as mais madurinhas. Delícias que escorriam pelo canto de minha pequena boca e riscavam de amarelo minha antes branca camisa da escola... Como eram gostosas, mesmo quentes do sol...

Na parte dos fundos da casa, um pé de carambola. Meio sem graça assim como fruta mas uma gracinha quando era transformada em doce de estrelinhas... Outro pé de manga, mas espada, onde não conseguia subir pela formação de seu caule, reinava no quintal. Um pé de abacate delicioso estava sempre ali para nos oferecer aquele creme amarelo e verde polvilhado de açúcar e amassado com garfo: nada de liquidificador nem de leite condensado. Simples assim: a fruta e o açúcar.



bacalhaucombatata | imagem de carambola

Essa é a lembrança da carambola que fazia as estrelinhas que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Depois de mais “grandinho” conheci uma fazenda no sul de Minas: Benjamin Constant. Lá, mangas, goiabas, mamão, laranjas, jabuticabas, bananas e limões me foram apresentadas em seus pés... Como era gostoso montar num cavalo e , sentado em sua sela, colher e comer goiabas amarelinhas por fora e de um rosado intenso, quase vermelho de seu interior. Não consigo mais encontrar dessas pelos dias atuais. As “carnes” não são tão doces e macias como as daquele tempo. O sabor, também, é meio sem graça.

Lá, os cachos de banana eram retirados do pé quando alguma banana já mostrava o amarelo pálido em alguma delas. Ainda no cacho eram penduradas na ponta do telheiro da “área de serviço” que ficava ao lado da cozinha, local de passagem quase sempre constante da gente. Assim que começavam a pintar de amarelo as nossas mãos eram hábeis para torcê-las e retirar de seu cacho. As que conseguia sobreviver eram transformadas em doce da Teresa. Maduras, cortadas em pequenos discos eram colocadas em uma grande panela com um terço de seu volume de açúcar cristal (sempre era essa a medida dos doces da fazenda). Ali, na ponta da trempe ficava “apurando” até ter uma calda avermelhada e os pequenos discos mais finos. Depois de esfriada eram colocados em potes que somente a Maria Teresa poderia dispor deles, distribuindo para os que com ela dividiam a estadia...

As goiabas que ainda conseguiam sobreviver às nossas passadas pelos pés eram colhidas, lavadas, cortadas ao meio e sua polpa retirada. Essas iam para um tacho de cobre sobre um “forno” entre tijolos e lenha de árvores secas das terras do “tio” Jorge. O Luizinho também colocava açúcar cristal na mesma proporção de 1/3 do volume de goiabas. Fogo acesso e muita paciência, ficava horas ali mexendo com a enorme colher de pau aquele inicialmente líquido até se transformar na melhor goiabada cascão que comi na vida. Apenas goiaba, açúcar e amor do Luizinho...

O tempo passou e a poupança Bamerindus acabou: hoje já não tem mais fogão à lenha nem doce Teresa... Muito menos goiabada do Luizinho. Os mamões, apenas para os pássaros que visitam o que restou da casa e têm seu alimento preferido além de alegrar os dias do “tio” Jorge que ainda vive por lá.

E assim ficam minhas perguntas: por onde andam as frutas maduras nos pés? Por onde andam meninos moleques que subiam nas árvores para pegá-las e sorver seu puro suco? Por onde andam aqueles que pela ganância abandonaram a forma antiga de ser produzir frutas carnudas e deliciosas?



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Frutas: por onde elas andam?


No post anterior falei de frutas. Verão, vida saudável. Por conta disso me lembrei de frutas que frequentaram minha boca desde pequenino, quando ainda mal conseguia chegar na janela de meu “sobrado” da infância. Lá, no colo da Maria Joana conseguia ver coisas não muito longe, mas que marcaram minha visão.

Por cima do telhado onde meu pai guardava as madeiras que negociava, conseguia ver umas bolinhas amarelas no meio de uma copa de árvore muito densa. Aprendi seu nome logo que perguntei pra Maria Joana: abiu! Não tardou para que eu pedisse ao Manoel, um empregado da loja de meu pai que me aturava incansavelmente, mas sempre com um sorriso nos lábios. Levou muitas broncas de meu pai pelas “artes” que eu fazia no depósito da loja de materiais de construção que tínhamos. Montes de areia, saibro e terra preta eram destruídos na minha farra infantil e o pobre coitado do Manoel além de levar a bronca ainda arrumava caladinho... Acho que meu pai sempre soube que era eu quem desmoronava os montes que ele gostava de ver...



bacalhaucombatata | foto de abiu

Esse é do abiu que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Lá ia o Manoel subir no telhado com uma vara com um cestinho na ponta para pegar aquela frutinha... Doce, com uma poupa carnuda deixava um “visgo” em minha boca. Mas aquilo, ao invés de me irritar, era mais uma diversão tirá-lo da boca...

Também as uvas povoaram minha infância assim como o tamarindo hoje em dia escasso em sua forma natural de ser.

Um longo caramanchão sombreava uma alameda interna da loja por onde eu exercitava minha prova de corrida de 10 metros que hoje apenas tenho lembranças da disposição. Num dos lados a divisão com o vizinho, no outro, o depósito de madeiras em dois andares que mais tarde aprendi a subir por escadas apesar dos gritos de meu pai para eu descer e não me machucar.

No final do ano esse caramanchão ficava repleto de cachinhos de uvas pretinhas (que até hoje não sei sua variedade e mesmo maduras eram azedinhas) que ainda me fazem salivar só de lembrar. Manoel subia em uma longa escada para recolher o máximo de cachos que conseguia, enchendo baldes delas. Meu pai distribuía entre os empregados da loja e ainda levávamos para casa: uns bagos eram comidos assim mesmo, outros tantos virava suco de uva. Hummmmm delícia que era dividida com cubos de gelo para refrescar nossa sede no verão.

Do tamarineiro, com suas favas de uma fina camada de polpa, também azedinha, apenas fazíamos refresco para aplacar a sede no verão.



bacalhaucombatata | imagem de tamarindo

Esse é do tamarindo que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Um pouco mais adiante na linha do meu tempo, mudamos para uma casa térrea. Lá tinha quintal que antes apenas aproveitava o de meu avô Chico. Nesta nova casa, também uma parreira, desta vez de uvas “brancas” ou verdes, mais doces e carnudas, fazia sombra pra o Chevrolet 37 que meu pai tinha para nos levar para passear e onde eu aprendi minhas primeiras manobras ao volante. Só que em pé, no banco do motorista...

Ainda na parte da frente da casa um soberbo pé de manga “carlotinha”. Aquela árvore era o desespero de minha mãe pois quando ela estava repleta daquelas quase bolinhas amarelas e doces era meu destino ao chegar do colégio. Nem tirava o uniforme de camisa branca: apenas os sapatos e meias para melhor subir em seus galhos e colher as mais madurinhas. Delícias que escorriam pelo canto de minha pequena boca e riscavam de amarelo minha antes branca camisa da escola... Como eram gostosas, mesmo quentes do sol...

Na parte dos fundos da casa, um pé de carambola. Meio sem graça assim como fruta mas uma gracinha quando era transformada em doce de estrelinhas... Outro pé de manga, mas espada, onde não conseguia subir pela formação de seu caule, reinava no quintal. Um pé de abacate delicioso estava sempre ali para nos oferecer aquele creme amarelo e verde polvilhado de açúcar e amassado com garfo: nada de liquidificador nem de leite condensado. Simples assim: a fruta e o açúcar.



bacalhaucombatata | imagem de carambola

Essa é a lembrança da carambola que fazia as estrelinhas que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Depois de mais “grandinho” conheci uma fazenda no sul de Minas: Benjamin Constant. Lá, mangas, goiabas, mamão, laranjas, jabuticabas, bananas e limões me foram apresentadas em seus pés... Como era gostoso montar num cavalo e , sentado em sua sela, colher e comer goiabas amarelinhas por fora e de um rosado intenso, quase vermelho de seu interior. Não consigo mais encontrar dessas pelos dias atuais. As “carnes” não são tão doces e macias como as daquele tempo. O sabor, também, é meio sem graça.

Lá, os cachos de banana eram retirados do pé quando alguma banana já mostrava o amarelo pálido em alguma delas. Ainda no cacho eram penduradas na ponta do telheiro da “área de serviço” que ficava ao lado da cozinha, local de passagem quase sempre constante da gente. Assim que começavam a pintar de amarelo as nossas mãos eram hábeis para torcê-las e retirar de seu cacho. As que conseguia sobreviver eram transformadas em doce da Teresa. Maduras, cortadas em pequenos discos eram colocadas em uma grande panela com um terço de seu volume de açúcar cristal (sempre era essa a medida dos doces da fazenda). Ali, na ponta da trempe ficava “apurando” até ter uma calda avermelhada e os pequenos discos mais finos. Depois de esfriada eram colocados em potes que somente a Maria Teresa poderia dispor deles, distribuindo para os que com ela dividiam a estadia...

As goiabas que ainda conseguiam sobreviver às nossas passadas pelos pés eram colhidas, lavadas, cortadas ao meio e sua polpa retirada. Essas iam para um tacho de cobre sobre um “forno” entre tijolos e lenha de árvores secas das terras do “tio” Jorge. O Luizinho também colocava açúcar cristal na mesma proporção de 1/3 do volume de goiabas. Fogo acesso e muita paciência, ficava horas ali mexendo com a enorme colher de pau aquele inicialmente líquido até se transformar na melhor goiabada cascão que comi na vida. Apenas goiaba, açúcar e amor do Luizinho...

O tempo passou e a poupança Bamerindus acabou: hoje já não tem mais fogão à lenha nem doce Teresa... Muito menos goiabada do Luizinho. Os mamões, apenas para os pássaros que visitam o que restou da casa e têm seu alimento preferido além de alegrar os dias do “tio” Jorge que ainda vive por lá.

E assim ficam minhas perguntas: por onde andam as frutas maduras nos pés? Por onde andam meninos moleques que subiam nas árvores para pegá-las e sorver seu puro suco? Por onde andam aqueles que pela ganância abandonaram a forma antiga de ser produzir frutas carnudas e deliciosas?



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domingo, 22 de novembro de 2009

Como são doces as nossas frutas...


As frutas desempenham um papel muito importante na alimentação. São fontes naturais de nutrientes, vitaminas e sais minerais, além de fornecer fibras que contribuem com o funcionamento do intestino e combatem o câncer de cólon. Recomenda-se a ingestão de, 3 a 4 porções de frutas ao dia. Um copo de suco de frutas é considerada uma porção. A alimentação deve ser enriquecida com frutas que previnem doenças e fortalecem o corpo. As frutas hoje estão entre os maiores agentes terapêuticos dados pela natureza.

Nos meses do verão é preferível o consumo dos frutos com mais líquidos e, claro, os que estão na safra pois este é o momento de maior concentração de suas propriedades. As frutas podem ser servidas sozinhas ou junto com outros pratos adicionando sabor e visual aos pratos. Elas são muito consumidas no verão, são leves e refrescantes.

Assim, prefira a melancia, a laranja, as uvas, as variedades de melões... Não esquecendo, no entanto, aquelas que são ofertadas durante todo o ano como a banana, o coco verde...

Assim, algumas informações sobre elas:

ABACAXI
Doce, perfumado, suculento e saboroso, o abacaxi pode ser consumido a qualquer momento.

Não é uma fruta energética, possui um nível de caloria equivalente as maçãs e pêras, mas contêm altas porcentagens de vitaminas A, B e C, carboidratos, sais minerais e fibras. Apresenta uma propriedade ímpar, somente presente na papaia, que são enzimas (proteínas) que facilitam a digestão de carnes ingeridas na mesma refeição.

Como escolher
Ao escolher os frutos considere se o consumo será imediato ou não. Somente adquira abacaxi com coroa, que só deverá ser retirada no momento de consumo. Ao escolher os frutos, além do estágio de maturação, devem ser observadas: uniformidade e forma, ausência de podridões, queimaduras de sol, manchas anormais, batidas, rachaduras e exsudações, sendo que as folhas da coroa devem estar verdes e erguidas. Escolha somente frutas com bom aspecto e aroma característico. Se estiverem pré-embaladas leia com atenção as instruções e a data de validade.


BANANA
Apresenta boas quantidades de vitaminas do complexo B, vitamina C e é ótima fonte de potássio. Por ser rica em potássio, ajuda a evitar e a regular a hipertensão arterial. As bananas maduras são eficientes para controlar a diarréia , ajudam no sono e, melhoram o humor. 100 gramas de banana prata fornecem 89 calorias.

Como escolher
Escolha somente bananas com bom aspecto e aroma característico. Prefira as de casca bem amarela com pequenas manchas marrons, de aspecto firme e sem partes moles ou machucadas. Caso a banana não venha a ser consumida logo, dê preferência às que estão regularmente verdes, aguardando.


COCO
O valor nutritivo do coco varia de acordo com o seu estado de maturação, apresentando bom teor de sais minerais como potássio, sódio, fósforo e cloro. Sua polpa é rica em fibras e bastante calórica.

A polpa auxilia no funcionamento do intestino e, tanto a polpa quanto a água, pelo conteúdo de potássio, auxilia no bom funcionamento do coração, mantém a pressão arterial em bons valores, protege a função neuro vascular e mantém o equilíbrio das células. Além disso, sua água ajuda a recuperar os organismos desidratados, sendo um isotônico natural.

100 gramas de coco maduro fornecem 286 calorias. 100 gramas de sua água fornecem apenas 22 calorias.

Como escolher
Para escolher um coco bom, sacuda - o perto do ouvido. Você deverá ouvir o barulho de água no seu interior. Escolha os que possuam mais água, porque os que estão secos não servem para coisa alguma.


LARANJA
Além da vitamina C e ácido fólico, a laranja possui minerais como cálcio, fósforo e potássio, que a fazem uma boa fruta para o consumo nos dias quentes pois, além de refrescante, repõe energia. Contém, ainda, fibras (a pectina é encontrada na pele que envolve os gomos), flavonóides e óleo, que aumentam seu valor nutritivo.

Por ser rica em vitamina C, ela torna o organismo mais resistente às infecções, dá vitalidade às gengivas e conserva a mocidade, entre outras funções. Possui também funções cicatrizantes, auxilia o organismo a absorver o ferro de outros alimentos, a combater o estresse e alergias, a diminuir as taxas de colesterol e o risco de alguns tipos de câncer.

100 gramas de laranja fornecem, em média, 45 calorias. Prefira “comê-las” a pura e simplesmente tomar seu suco!

Como escolher
Independentemente do tipo, escolha as laranjas mais pesadas, sinal de que estão mais suculentas. A consistência deve ser igual em toda a fruta — exclua aquelas que estão mais moles de um lado. Nas variedades de casca lisa, quanto mais fina a casca, mais suculenta a fruta. E ignore as muito maduras: nelas, a vitamina C já foi embora faz tempo...


MELANCIA
Além de doce e muito refrescante, a melancia é muito nutritiva. Possui hidratos de carbono (açúcar), betacaroteno (provitamina A) e vitaminas do complexo B e C. Também apresenta cálcio, fósforo, ferro e muita água. Hoje já se conhece o licopeno e glutationa, compostos que a melancia possui em abundância, que são responsáveis por proteger o organismo contra o câncer e a oxidação celular.

É recomendada para quem tem pressão arterial alta, reumatismo ou gota. O suco de melancia provoca a eliminação de ácido úrico, além de limpar o estômago e o intestino. Também é eficaz no tratamento da acidez estomacal, obesidade, bronquites crônicas, problemas de boca e garganta.

100 gramas de melancia fornecem apenas 31 calorias.

Como escolher
Para escolher uma melancia no ponto e de boa qualidade, dê uma batidinha com o dedo na casca. Se o som for oco, pode comprar.


MELÃO
Possui grandes quantidades de betacaroteno (provitamina A), vitaminas C e do Complexo B. Além disso, é fonte de fibras e apresenta cálcio, fósforo, ferro, potássio, cobre e enxofre.

Por seu alto teor de potássio, é indicado para cardíacos que usam medicação diurética e para pessoas que possuem doenças do fígado como hepatites, cirrose hepática e cálculos. Também é muito recomendado na prevenção e no tratamento de gotas, reumatismo, artritismo, prisão de ventre e cálculos renais.

Além disso é fortificante, calmante, laxante, diurético e possui atividade anticoagulante, afina o sangue. Para mulheres na menopausa o melão ajuda a normalizar a menstruação e ativa a circulação. O melão maduro é considerado calmante, refrescante, alcalinizante, mineralizante, oxidante, diurético, laxante e emoliente. Recomenda-se o melão contra a gota, o reumatismo, artritismo, obesidade, colite, atonia intestinal, prisão de ventre, afecções renais, litíase renal, nefrite, cistite, leucorréia, uretrite e blenorragia, cirrose hepática, hepatite, icterícia, cálculos biliares, insuficiência e outras afecções do fígado.

100 gramas de melão fornecem apenas 29,9 calorias.

Como escolher
Escolha os frutos que apresentem cascas perfeitas, amarelas e sem machucados. As cascas do melão são ligeiramente rugosas. Ao apertar a ponta contrária ao caule, o fruto deverá ceder um pouco, sinal de que está pronto para consumo. Deverá ainda ter cheiro doce e ser bem pesado.


PÊSSEGO
É fonte de minerais como o fósforo, o magnésio, o manganês, o cobre, o iodo e o ferro. É também rico em fibras, carboidratos e as vitaminas A e C e as do Complexo B.

É recomendado para manter o bom funcionamento do intestino, combater o reumatismo e para evitar problemas de pele e do sistema nervoso.

100 gramas dele fornecem 52,5 calorias.

Como escolher
Na hora da compra, deve-se dar preferência aos de casca firme, mas não dura. Ao adquiri-los não se oriente pelo tamanho, porque nem sempre o pêssego maior corresponde ao mais saboroso, ou ao de melhor qualidade. Não compre frutos com a pele verde, isso indica um mau amadurecimento, também rejeite frutos manchados, com cortes ou outras lesões visíveis.


TANGERINA
Apresenta um bom teor de vitamina C e vitaminas do Complexo B, além do betacaroteno (provitamina A) e fibras.

É indicada como diurética, calmante, antiparasítica. Além disso, quando ingerida com o bagaço, facilita a formação de resíduos que melhoram o funcionamento do intestino.

100 gramas dela fornecem 43 calorias.

Como escolher
No começo da safra, sua aparência ainda está um pouco verde, mas seu sabor já está propício para consumo in natura. Com o decorrer da safra, sua cor vai ganhando uma tonalidade mais amarelada. Na hora de escolher, dê preferência às mais firmes, com maior brilho. Uma dica para identificar se a laranja está boa é verificar o seu bico, quanto mais firmes estiver melhor será a qualidade da fruta.


UVA
É rica em carboidratos, mas também apresenta pequenas quantidades de vitaminas do Complexo B e Vitamina C. Fornece boas de minerais como potássio, cálcio, fósforo, magnésio, cobre e iodo. Possuem, ainda, um considerável teor de glicose e frutose.

Ajuda a ativar os rins, é um suave laxante e atua contra várias enfermidades do intestino, do fígado e do abdômen, além de estimular as funções cardíacas. A uva também é um rico depósito de compostos antioxidantes e anticancerígenos. As uvas vermelhas possuem alto teor do antioxidante quercetina. A casca aumenta o colesterol HDL, considerado o bom colesterol e contém resveratrol, que comprovadamente inibe o agrupamento de plaquetas e, consequentemente, a formação de coágulos sanguíneos. As uvas verdes têm poderes antibacterianos e antivirais. O seu óleo também aumenta o HDL, considerado o bom colesterol.

100 gramas delas fornecem 68 calorias.

Como escolher
Na hora da compra, prefira os cachos bem cheios, com bagas firmes e lisas, de cor e tamanho apropriados para a variedade que escolher.

Atenção: a fruta não deve se desprender com facilidade do cacho, pois isso é sinal de que está começando a passar do ponto ideal de consumo. Não compre cachos com manchas.




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Como são doces as nossas frutas...


As frutas desempenham um papel muito importante na alimentação. São fontes naturais de nutrientes, vitaminas e sais minerais, além de fornecer fibras que contribuem com o funcionamento do intestino e combatem o câncer de cólon. Recomenda-se a ingestão de, 3 a 4 porções de frutas ao dia. Um copo de suco de frutas é considerada uma porção. A alimentação deve ser enriquecida com frutas que previnem doenças e fortalecem o corpo. As frutas hoje estão entre os maiores agentes terapêuticos dados pela natureza.

Nos meses do verão é preferível o consumo dos frutos com mais líquidos e, claro, os que estão na safra pois este é o momento de maior concentração de suas propriedades. As frutas podem ser servidas sozinhas ou junto com outros pratos adicionando sabor e visual aos pratos. Elas são muito consumidas no verão, são leves e refrescantes.

Assim, prefira a melancia, a laranja, as uvas, as variedades de melões... Não esquecendo, no entanto, aquelas que são ofertadas durante todo o ano como a banana, o coco verde...

Assim, algumas informações sobre elas:

ABACAXI
Doce, perfumado, suculento e saboroso, o abacaxi pode ser consumido a qualquer momento.

Não é uma fruta energética, possui um nível de caloria equivalente as maçãs e pêras, mas contêm altas porcentagens de vitaminas A, B e C, carboidratos, sais minerais e fibras. Apresenta uma propriedade ímpar, somente presente na papaia, que são enzimas (proteínas) que facilitam a digestão de carnes ingeridas na mesma refeição.

Como escolher
Ao escolher os frutos considere se o consumo será imediato ou não. Somente adquira abacaxi com coroa, que só deverá ser retirada no momento de consumo. Ao escolher os frutos, além do estágio de maturação, devem ser observadas: uniformidade e forma, ausência de podridões, queimaduras de sol, manchas anormais, batidas, rachaduras e exsudações, sendo que as folhas da coroa devem estar verdes e erguidas. Escolha somente frutas com bom aspecto e aroma característico. Se estiverem pré-embaladas leia com atenção as instruções e a data de validade.


BANANA
Apresenta boas quantidades de vitaminas do complexo B, vitamina C e é ótima fonte de potássio. Por ser rica em potássio, ajuda a evitar e a regular a hipertensão arterial. As bananas maduras são eficientes para controlar a diarréia , ajudam no sono e, melhoram o humor. 100 gramas de banana prata fornecem 89 calorias.

Como escolher
Escolha somente bananas com bom aspecto e aroma característico. Prefira as de casca bem amarela com pequenas manchas marrons, de aspecto firme e sem partes moles ou machucadas. Caso a banana não venha a ser consumida logo, dê preferência às que estão regularmente verdes, aguardando.


COCO
O valor nutritivo do coco varia de acordo com o seu estado de maturação, apresentando bom teor de sais minerais como potássio, sódio, fósforo e cloro. Sua polpa é rica em fibras e bastante calórica.

A polpa auxilia no funcionamento do intestino e, tanto a polpa quanto a água, pelo conteúdo de potássio, auxilia no bom funcionamento do coração, mantém a pressão arterial em bons valores, protege a função neuro vascular e mantém o equilíbrio das células. Além disso, sua água ajuda a recuperar os organismos desidratados, sendo um isotônico natural.

100 gramas de coco maduro fornecem 286 calorias. 100 gramas de sua água fornecem apenas 22 calorias.

Como escolher
Para escolher um coco bom, sacuda - o perto do ouvido. Você deverá ouvir o barulho de água no seu interior. Escolha os que possuam mais água, porque os que estão secos não servem para coisa alguma.


LARANJA
Além da vitamina C e ácido fólico, a laranja possui minerais como cálcio, fósforo e potássio, que a fazem uma boa fruta para o consumo nos dias quentes pois, além de refrescante, repõe energia. Contém, ainda, fibras (a pectina é encontrada na pele que envolve os gomos), flavonóides e óleo, que aumentam seu valor nutritivo.

Por ser rica em vitamina C, ela torna o organismo mais resistente às infecções, dá vitalidade às gengivas e conserva a mocidade, entre outras funções. Possui também funções cicatrizantes, auxilia o organismo a absorver o ferro de outros alimentos, a combater o estresse e alergias, a diminuir as taxas de colesterol e o risco de alguns tipos de câncer.

100 gramas de laranja fornecem, em média, 45 calorias. Prefira “comê-las” a pura e simplesmente tomar seu suco!

Como escolher
Independentemente do tipo, escolha as laranjas mais pesadas, sinal de que estão mais suculentas. A consistência deve ser igual em toda a fruta — exclua aquelas que estão mais moles de um lado. Nas variedades de casca lisa, quanto mais fina a casca, mais suculenta a fruta. E ignore as muito maduras: nelas, a vitamina C já foi embora faz tempo...


MELANCIA
Além de doce e muito refrescante, a melancia é muito nutritiva. Possui hidratos de carbono (açúcar), betacaroteno (provitamina A) e vitaminas do complexo B e C. Também apresenta cálcio, fósforo, ferro e muita água. Hoje já se conhece o licopeno e glutationa, compostos que a melancia possui em abundância, que são responsáveis por proteger o organismo contra o câncer e a oxidação celular.

É recomendada para quem tem pressão arterial alta, reumatismo ou gota. O suco de melancia provoca a eliminação de ácido úrico, além de limpar o estômago e o intestino. Também é eficaz no tratamento da acidez estomacal, obesidade, bronquites crônicas, problemas de boca e garganta.

100 gramas de melancia fornecem apenas 31 calorias.

Como escolher
Para escolher uma melancia no ponto e de boa qualidade, dê uma batidinha com o dedo na casca. Se o som for oco, pode comprar.


MELÃO
Possui grandes quantidades de betacaroteno (provitamina A), vitaminas C e do Complexo B. Além disso, é fonte de fibras e apresenta cálcio, fósforo, ferro, potássio, cobre e enxofre.

Por seu alto teor de potássio, é indicado para cardíacos que usam medicação diurética e para pessoas que possuem doenças do fígado como hepatites, cirrose hepática e cálculos. Também é muito recomendado na prevenção e no tratamento de gotas, reumatismo, artritismo, prisão de ventre e cálculos renais.

Além disso é fortificante, calmante, laxante, diurético e possui atividade anticoagulante, afina o sangue. Para mulheres na menopausa o melão ajuda a normalizar a menstruação e ativa a circulação. O melão maduro é considerado calmante, refrescante, alcalinizante, mineralizante, oxidante, diurético, laxante e emoliente. Recomenda-se o melão contra a gota, o reumatismo, artritismo, obesidade, colite, atonia intestinal, prisão de ventre, afecções renais, litíase renal, nefrite, cistite, leucorréia, uretrite e blenorragia, cirrose hepática, hepatite, icterícia, cálculos biliares, insuficiência e outras afecções do fígado.

100 gramas de melão fornecem apenas 29,9 calorias.

Como escolher
Escolha os frutos que apresentem cascas perfeitas, amarelas e sem machucados. As cascas do melão são ligeiramente rugosas. Ao apertar a ponta contrária ao caule, o fruto deverá ceder um pouco, sinal de que está pronto para consumo. Deverá ainda ter cheiro doce e ser bem pesado.


PÊSSEGO
É fonte de minerais como o fósforo, o magnésio, o manganês, o cobre, o iodo e o ferro. É também rico em fibras, carboidratos e as vitaminas A e C e as do Complexo B.

É recomendado para manter o bom funcionamento do intestino, combater o reumatismo e para evitar problemas de pele e do sistema nervoso.

100 gramas dele fornecem 52,5 calorias.

Como escolher
Na hora da compra, deve-se dar preferência aos de casca firme, mas não dura. Ao adquiri-los não se oriente pelo tamanho, porque nem sempre o pêssego maior corresponde ao mais saboroso, ou ao de melhor qualidade. Não compre frutos com a pele verde, isso indica um mau amadurecimento, também rejeite frutos manchados, com cortes ou outras lesões visíveis.


TANGERINA
Apresenta um bom teor de vitamina C e vitaminas do Complexo B, além do betacaroteno (provitamina A) e fibras.

É indicada como diurética, calmante, antiparasítica. Além disso, quando ingerida com o bagaço, facilita a formação de resíduos que melhoram o funcionamento do intestino.

100 gramas dela fornecem 43 calorias.

Como escolher
No começo da safra, sua aparência ainda está um pouco verde, mas seu sabor já está propício para consumo in natura. Com o decorrer da safra, sua cor vai ganhando uma tonalidade mais amarelada. Na hora de escolher, dê preferência às mais firmes, com maior brilho. Uma dica para identificar se a laranja está boa é verificar o seu bico, quanto mais firmes estiver melhor será a qualidade da fruta.


UVA
É rica em carboidratos, mas também apresenta pequenas quantidades de vitaminas do Complexo B e Vitamina C. Fornece boas de minerais como potássio, cálcio, fósforo, magnésio, cobre e iodo. Possuem, ainda, um considerável teor de glicose e frutose.

Ajuda a ativar os rins, é um suave laxante e atua contra várias enfermidades do intestino, do fígado e do abdômen, além de estimular as funções cardíacas. A uva também é um rico depósito de compostos antioxidantes e anticancerígenos. As uvas vermelhas possuem alto teor do antioxidante quercetina. A casca aumenta o colesterol HDL, considerado o bom colesterol e contém resveratrol, que comprovadamente inibe o agrupamento de plaquetas e, consequentemente, a formação de coágulos sanguíneos. As uvas verdes têm poderes antibacterianos e antivirais. O seu óleo também aumenta o HDL, considerado o bom colesterol.

100 gramas delas fornecem 68 calorias.

Como escolher
Na hora da compra, prefira os cachos bem cheios, com bagas firmes e lisas, de cor e tamanho apropriados para a variedade que escolher.

Atenção: a fruta não deve se desprender com facilidade do cacho, pois isso é sinal de que está começando a passar do ponto ideal de consumo. Não compre cachos com manchas.




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domingo, 15 de novembro de 2009

Como eram simples os ovos...


Alimento controverso, visto durante muito tempo como o responsável por problemas ligados ao coração, o ovo é uma rica fonte de proteínas. Além de antioxidante, ajuda na absorção do cálcio e previne e combate a anemia. Um ovo por dia é uma boa medida para quem tem uma alimentação equilibrada, como atesta a nutricionista do Hospital das Clínicas Adriana Kachani. “A gema do ovo possui um alto nível de colesterol. O problema não é comer ou não comer, mas quanto comer”, diz a nutricionista.

A gema perfeita, a clara crocante, um parmesão maravilhoso, cortado em lascas, por cima, cristais de sal, de preferência colhidos por moças virgens à primeira luz da manhã..., pimenta do Reino, moída na hora, é claro.... enfim... Uma obra de arte.

A textura crocante da clara contrastando com a textura mole e macia da gema e o parmesão e as flores de sal conferem surpresas gustativas que só realçam a qualidade do ovo em si.

Pegue uma frigideira pequena e coloque uma pequena quantidade de azeite, óleo ou manteiga no fundo e deixe esquentar. Não muito. Quebre o ovo com uma colher e cuidadosamente o coloque no fundo da frigideira evitando quebrar a gema. O tempo concluirá seu trabalho, sem pressa... Observe as transformações... Salive!

Lendo estas orientações, agora, me lembro de como essas coisa aconteciam na roça e, ainda, na simplicidade das casas humildes onde há possibilidade de se criar galinhas soltas no quintal. Galinhas que comem milho e minhocas, pedriscos, capim ou qualquer verde que possa ser saboroso ao gosto delas... Galinhas felizes que cantam ao colocar seus ovos; não choram ou gritam como as de granja, enclausuradas em gaiolas de arames e onde só comem farelos industriais que transferem seu odor desagradável para as gemas, célula mater de vida.

Lá na roça, íamos buscar o ovo cedo, quando as galinhas começavam a fazer seus concertos matinais. Levávamos nossas crianças para elas próprias pegarem ainda quentinhos no ninho e corriam com aquele ovo em suas pequenas mãos para a cozinha. Fritos em frigideiras (mesmo que antiaderentes) sobre a chapa de um fogão à lenha. Ali era usada a maravilhosa manteiga Sapucaiense, batida com carinho na Cooperativa da região, com toda a gordura do leite recolhido das felizes vacas girolanda do rebanho local.

Felizes, as crianças e a caseira que sempre sorrindo ficava com a colher derramando manteiga sobre as gemas apenas para selar sem que ela fosse completamente cozida. Era assim que ela fazia enquanto as crianças, ai na beira do fogão também derramavam uma colher de manteiga sobre a chapa para “aquecer” o pão francês dormido que elas usavam para comer a gema ainda molenga que derramava da casquinha da gema... A clara mostrava as bordas rendadas de dourado feito pela manteiga... Era assim que a gente tomava café da manhã com nossas crianças.

Também fazíamos ovos cozidos para nosso feijão tropeiro... eram apenas seis, talvez sete minutinhos, o tempo de ainda deixar o centro da gema úmido. Era preciso molhar a lâmina da faca para um corte quase perfeito. Gemas amarelinhas sobre uma barquinha branca e tenra enfeitavam nossos pratos...

E os ovos “pochês”? Nada que uma concha onde eles eram colocados com maestria pela caseira e mergulhados na mistura de água fervente com uma colher de vinagre. Quase perfeitos!

Mas naquela época nem conhecíamos a flor de sal. E nem usávamos parmesão, apesar dele ser sempre comprado aos pedaços.

Naquele tempo ovos não faziam mal... Nem iam para os refrigeradores: não dava tempo para isto!


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Como eram simples os ovos...


Alimento controverso, visto durante muito tempo como o responsável por problemas ligados ao coração, o ovo é uma rica fonte de proteínas. Além de antioxidante, ajuda na absorção do cálcio e previne e combate a anemia. Um ovo por dia é uma boa medida para quem tem uma alimentação equilibrada, como atesta a nutricionista do Hospital das Clínicas Adriana Kachani. “A gema do ovo possui um alto nível de colesterol. O problema não é comer ou não comer, mas quanto comer”, diz a nutricionista.

A gema perfeita, a clara crocante, um parmesão maravilhoso, cortado em lascas, por cima, cristais de sal, de preferência colhidos por moças virgens à primeira luz da manhã..., pimenta do Reino, moída na hora, é claro.... enfim... Uma obra de arte.

A textura crocante da clara contrastando com a textura mole e macia da gema e o parmesão e as flores de sal conferem surpresas gustativas que só realçam a qualidade do ovo em si.

Pegue uma frigideira pequena e coloque uma pequena quantidade de azeite, óleo ou manteiga no fundo e deixe esquentar. Não muito. Quebre o ovo com uma colher e cuidadosamente o coloque no fundo da frigideira evitando quebrar a gema. O tempo concluirá seu trabalho, sem pressa... Observe as transformações... Salive!

Lendo estas orientações, agora, me lembro de como essas coisa aconteciam na roça e, ainda, na simplicidade das casas humildes onde há possibilidade de se criar galinhas soltas no quintal. Galinhas que comem milho e minhocas, pedriscos, capim ou qualquer verde que possa ser saboroso ao gosto delas... Galinhas felizes que cantam ao colocar seus ovos; não choram ou gritam como as de granja, enclausuradas em gaiolas de arames e onde só comem farelos industriais que transferem seu odor desagradável para as gemas, célula mater de vida.

Lá na roça, íamos buscar o ovo cedo, quando as galinhas começavam a fazer seus concertos matinais. Levávamos nossas crianças para elas próprias pegarem ainda quentinhos no ninho e corriam com aquele ovo em suas pequenas mãos para a cozinha. Fritos em frigideiras (mesmo que antiaderentes) sobre a chapa de um fogão à lenha. Ali era usada a maravilhosa manteiga Sapucaiense, batida com carinho na Cooperativa da região, com toda a gordura do leite recolhido das felizes vacas girolanda do rebanho local.

Felizes, as crianças e a caseira que sempre sorrindo ficava com a colher derramando manteiga sobre as gemas apenas para selar sem que ela fosse completamente cozida. Era assim que ela fazia enquanto as crianças, ai na beira do fogão também derramavam uma colher de manteiga sobre a chapa para “aquecer” o pão francês dormido que elas usavam para comer a gema ainda molenga que derramava da casquinha da gema... A clara mostrava as bordas rendadas de dourado feito pela manteiga... Era assim que a gente tomava café da manhã com nossas crianças.

Também fazíamos ovos cozidos para nosso feijão tropeiro... eram apenas seis, talvez sete minutinhos, o tempo de ainda deixar o centro da gema úmido. Era preciso molhar a lâmina da faca para um corte quase perfeito. Gemas amarelinhas sobre uma barquinha branca e tenra enfeitavam nossos pratos...

E os ovos “pochês”? Nada que uma concha onde eles eram colocados com maestria pela caseira e mergulhados na mistura de água fervente com uma colher de vinagre. Quase perfeitos!

Mas naquela época nem conhecíamos a flor de sal. E nem usávamos parmesão, apesar dele ser sempre comprado aos pedaços.

Naquele tempo ovos não faziam mal... Nem iam para os refrigeradores: não dava tempo para isto!


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domingo, 8 de novembro de 2009

Batatas: fritas, por que não?


"A superfície da batata deve ser de um tom dourado moreno e extremamente crocante, tão facilmente quebrável quanto um drops ou um pergaminho seco. Tão crocante que você é capaz de partir a batata como se ela fosse um graveto. Por dentro, fica macia e cremosa."

Algumas coisas que você pode não saber...
1 - A casca da batata, bem limpa e escovada, pode ser frita, sem problemas. Lave e seque, normalmente, frite em óleo bem quente, depois polvilhe com sal e pimenta e sirva.

2 - Essas batatas em pacotes, tipo “chips” que comemos com tanto gosto, não são descascadas, antes do preparo. Você pode fazê-las da mesma forma em casa. Lave-as e escove-as bem, apenas.

3 - Seque sempre os alimentos a serem fritos em óleo abundante para evitar que a temperatura do óleo abaixe, quando da colocação do alimento, e que se forme espuma.

4 - Qualquer alimento a ser frito exige que verifique a temperatura do óleo antes da colocação.

5 - Nunca coloque muita batata ao mesmo tempo pois, a diminuição da temperatura do óleo fará o alimento cozinhar-se, ficando encharcado.

6 - As batatas, como qualquer outro alimento frito em bastante óleo, devem ficar imersas no mesmo, por esta razão, verifique o tamanho da frigideira e a quantidade de óleo que vai usar, para calcular quanta batata pode colocar a cada leva. Nunca coloque mais óleo que aquele que atinja 1/3 da altura da frigideira que for usar.

7 - Os melhores óleos para frituras são os óleos vegetais, pois são feitos para suportar altas temperaturas.

8 - O óleo que sobra na frigideira, pode ser utilizado novamente. Para isso, guarde-o em vasilha fechada, em local protegido. Contudo, acrescente um pouco de óleo novo a cada fritura. O óleo que usar para fritar peixe ou outros alimentos de sabores fortes, devem ficar separados apenas para essa finalidade.

9 - Tome sempre muito cuidado quando estiver fazendo frituras, principalmente se tiver crianças em casa. Não deixe a fritura no fogo, saindo da cozinha, para nada.

10 – Não coloque as batatas para secar o óleo sobre papel absorvente pois as batatas que estiverem em contato com ele ficarão com óleo. Melhor usar uma peneira.

Como ficar crocante por fora e macia por dentro?
O problema é que você não conhecia um macete simples. Para deixá-las bem crocantes, corte-as duas horas antes de fritá-las e coloque os pedaços numa tigela de água com uma colher de sopa de álcool. Deixe o recipiente na geladeira durante esse período. Antes de fritar escorra bem e só salpique sal depois de fritas.

Há uma dica simples e infalível de fazer batatas fritas bem crocantes, do jeito que você encontra em restaurantes.

Para isso aqueça uma boa quantidade de óleo numa panela à chama média do fogão (cerca de 160ºC). Frite as batatas em torno de 5 minutos. Depois retire o excesso de óleo, escorrendo-as em uma peneira. Deixe-as esfriar. Neste ponto é possível congelá-las. Só depois disto, aqueça o óleo colocando a chama para o máximo fazendo com que a temperatura do óleo suba para 190ºC (bem quente) e termine de fritar as batatas. Coloque-as para secar novamente sobre uma peneira.

Há relatos de que deixá-las meia hora antes de fritá-las no congelador também produz o efeito desejado. Outros cozinheiros indicam uma colher de chá de vinagre...

Rendimento
Um quilo de batatas rende cerca de 400 g de batata frita. O mesmo quilo, rende 1,5 kg de purê, 1,1 kg de batata cozida, 750 g de batata assada. De modo geral, calcule duas batatas médias por pessoa.

Salpique com flor de sal ou sal grosso.


bacalhaucombatata |Minhas batatas fritas
[clique sobre a imagem para ampliar]



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Batatas: fritas, por que não?


"A superfície da batata deve ser de um tom dourado moreno e extremamente crocante, tão facilmente quebrável quanto um drops ou um pergaminho seco. Tão crocante que você é capaz de partir a batata como se ela fosse um graveto. Por dentro, fica macia e cremosa."

Algumas coisas que você pode não saber...
1 - A casca da batata, bem limpa e escovada, pode ser frita, sem problemas. Lave e seque, normalmente, frite em óleo bem quente, depois polvilhe com sal e pimenta e sirva.

2 - Essas batatas em pacotes, tipo “chips” que comemos com tanto gosto, não são descascadas, antes do preparo. Você pode fazê-las da mesma forma em casa. Lave-as e escove-as bem, apenas.

3 - Seque sempre os alimentos a serem fritos em óleo abundante para evitar que a temperatura do óleo abaixe, quando da colocação do alimento, e que se forme espuma.

4 - Qualquer alimento a ser frito exige que verifique a temperatura do óleo antes da colocação.

5 - Nunca coloque muita batata ao mesmo tempo pois, a diminuição da temperatura do óleo fará o alimento cozinhar-se, ficando encharcado.

6 - As batatas, como qualquer outro alimento frito em bastante óleo, devem ficar imersas no mesmo, por esta razão, verifique o tamanho da frigideira e a quantidade de óleo que vai usar, para calcular quanta batata pode colocar a cada leva. Nunca coloque mais óleo que aquele que atinja 1/3 da altura da frigideira que for usar.

7 - Os melhores óleos para frituras são os óleos vegetais, pois são feitos para suportar altas temperaturas.

8 - O óleo que sobra na frigideira, pode ser utilizado novamente. Para isso, guarde-o em vasilha fechada, em local protegido. Contudo, acrescente um pouco de óleo novo a cada fritura. O óleo que usar para fritar peixe ou outros alimentos de sabores fortes, devem ficar separados apenas para essa finalidade.

9 - Tome sempre muito cuidado quando estiver fazendo frituras, principalmente se tiver crianças em casa. Não deixe a fritura no fogo, saindo da cozinha, para nada.

10 – Não coloque as batatas para secar o óleo sobre papel absorvente pois as batatas que estiverem em contato com ele ficarão com óleo. Melhor usar uma peneira.

Como ficar crocante por fora e macia por dentro?
O problema é que você não conhecia um macete simples. Para deixá-las bem crocantes, corte-as duas horas antes de fritá-las e coloque os pedaços numa tigela de água com uma colher de sopa de álcool. Deixe o recipiente na geladeira durante esse período. Antes de fritar escorra bem e só salpique sal depois de fritas.

Há uma dica simples e infalível de fazer batatas fritas bem crocantes, do jeito que você encontra em restaurantes.

Para isso aqueça uma boa quantidade de óleo numa panela à chama média do fogão (cerca de 160ºC). Frite as batatas em torno de 5 minutos. Depois retire o excesso de óleo, escorrendo-as em uma peneira. Deixe-as esfriar. Neste ponto é possível congelá-las. Só depois disto, aqueça o óleo colocando a chama para o máximo fazendo com que a temperatura do óleo suba para 190ºC (bem quente) e termine de fritar as batatas. Coloque-as para secar novamente sobre uma peneira.

Há relatos de que deixá-las meia hora antes de fritá-las no congelador também produz o efeito desejado. Outros cozinheiros indicam uma colher de chá de vinagre...

Rendimento
Um quilo de batatas rende cerca de 400 g de batata frita. O mesmo quilo, rende 1,5 kg de purê, 1,1 kg de batata cozida, 750 g de batata assada. De modo geral, calcule duas batatas médias por pessoa.

Salpique com flor de sal ou sal grosso.


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