sábado, 28 de novembro de 2009

Frutas: por onde elas andam?


No post anterior falei de frutas. Verão, vida saudável. Por conta disso me lembrei de frutas que frequentaram minha boca desde pequenino, quando ainda mal conseguia chegar na janela de meu “sobrado” da infância. Lá, no colo da Maria Joana conseguia ver coisas não muito longe, mas que marcaram minha visão.

Por cima do telhado onde meu pai guardava as madeiras que negociava, conseguia ver umas bolinhas amarelas no meio de uma copa de árvore muito densa. Aprendi seu nome logo que perguntei pra Maria Joana: abiu! Não tardou para que eu pedisse ao Manoel, um empregado da loja de meu pai que me aturava incansavelmente, mas sempre com um sorriso nos lábios. Levou muitas broncas de meu pai pelas “artes” que eu fazia no depósito da loja de materiais de construção que tínhamos. Montes de areia, saibro e terra preta eram destruídos na minha farra infantil e o pobre coitado do Manoel além de levar a bronca ainda arrumava caladinho... Acho que meu pai sempre soube que era eu quem desmoronava os montes que ele gostava de ver...



bacalhaucombatata | foto de abiu

Esse é do abiu que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Lá ia o Manoel subir no telhado com uma vara com um cestinho na ponta para pegar aquela frutinha... Doce, com uma poupa carnuda deixava um “visgo” em minha boca. Mas aquilo, ao invés de me irritar, era mais uma diversão tirá-lo da boca...

Também as uvas povoaram minha infância assim como o tamarindo hoje em dia escasso em sua forma natural de ser.

Um longo caramanchão sombreava uma alameda interna da loja por onde eu exercitava minha prova de corrida de 10 metros que hoje apenas tenho lembranças da disposição. Num dos lados a divisão com o vizinho, no outro, o depósito de madeiras em dois andares que mais tarde aprendi a subir por escadas apesar dos gritos de meu pai para eu descer e não me machucar.

No final do ano esse caramanchão ficava repleto de cachinhos de uvas pretinhas (que até hoje não sei sua variedade e mesmo maduras eram azedinhas) que ainda me fazem salivar só de lembrar. Manoel subia em uma longa escada para recolher o máximo de cachos que conseguia, enchendo baldes delas. Meu pai distribuía entre os empregados da loja e ainda levávamos para casa: uns bagos eram comidos assim mesmo, outros tantos virava suco de uva. Hummmmm delícia que era dividida com cubos de gelo para refrescar nossa sede no verão.

Do tamarineiro, com suas favas de uma fina camada de polpa, também azedinha, apenas fazíamos refresco para aplacar a sede no verão.



bacalhaucombatata | imagem de tamarindo

Esse é do tamarindo que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Um pouco mais adiante na linha do meu tempo, mudamos para uma casa térrea. Lá tinha quintal que antes apenas aproveitava o de meu avô Chico. Nesta nova casa, também uma parreira, desta vez de uvas “brancas” ou verdes, mais doces e carnudas, fazia sombra pra o Chevrolet 37 que meu pai tinha para nos levar para passear e onde eu aprendi minhas primeiras manobras ao volante. Só que em pé, no banco do motorista...

Ainda na parte da frente da casa um soberbo pé de manga “carlotinha”. Aquela árvore era o desespero de minha mãe pois quando ela estava repleta daquelas quase bolinhas amarelas e doces era meu destino ao chegar do colégio. Nem tirava o uniforme de camisa branca: apenas os sapatos e meias para melhor subir em seus galhos e colher as mais madurinhas. Delícias que escorriam pelo canto de minha pequena boca e riscavam de amarelo minha antes branca camisa da escola... Como eram gostosas, mesmo quentes do sol...

Na parte dos fundos da casa, um pé de carambola. Meio sem graça assim como fruta mas uma gracinha quando era transformada em doce de estrelinhas... Outro pé de manga, mas espada, onde não conseguia subir pela formação de seu caule, reinava no quintal. Um pé de abacate delicioso estava sempre ali para nos oferecer aquele creme amarelo e verde polvilhado de açúcar e amassado com garfo: nada de liquidificador nem de leite condensado. Simples assim: a fruta e o açúcar.



bacalhaucombatata | imagem de carambola

Essa é a lembrança da carambola que fazia as estrelinhas que povoou minha infância.
Click na imagem para ampliar.



Depois de mais “grandinho” conheci uma fazenda no sul de Minas: Benjamin Constant. Lá, mangas, goiabas, mamão, laranjas, jabuticabas, bananas e limões me foram apresentadas em seus pés... Como era gostoso montar num cavalo e , sentado em sua sela, colher e comer goiabas amarelinhas por fora e de um rosado intenso, quase vermelho de seu interior. Não consigo mais encontrar dessas pelos dias atuais. As “carnes” não são tão doces e macias como as daquele tempo. O sabor, também, é meio sem graça.

Lá, os cachos de banana eram retirados do pé quando alguma banana já mostrava o amarelo pálido em alguma delas. Ainda no cacho eram penduradas na ponta do telheiro da “área de serviço” que ficava ao lado da cozinha, local de passagem quase sempre constante da gente. Assim que começavam a pintar de amarelo as nossas mãos eram hábeis para torcê-las e retirar de seu cacho. As que conseguia sobreviver eram transformadas em doce da Teresa. Maduras, cortadas em pequenos discos eram colocadas em uma grande panela com um terço de seu volume de açúcar cristal (sempre era essa a medida dos doces da fazenda). Ali, na ponta da trempe ficava “apurando” até ter uma calda avermelhada e os pequenos discos mais finos. Depois de esfriada eram colocados em potes que somente a Maria Teresa poderia dispor deles, distribuindo para os que com ela dividiam a estadia...

As goiabas que ainda conseguiam sobreviver às nossas passadas pelos pés eram colhidas, lavadas, cortadas ao meio e sua polpa retirada. Essas iam para um tacho de cobre sobre um “forno” entre tijolos e lenha de árvores secas das terras do “tio” Jorge. O Luizinho também colocava açúcar cristal na mesma proporção de 1/3 do volume de goiabas. Fogo acesso e muita paciência, ficava horas ali mexendo com a enorme colher de pau aquele inicialmente líquido até se transformar na melhor goiabada cascão que comi na vida. Apenas goiaba, açúcar e amor do Luizinho...

O tempo passou e a poupança Bamerindus acabou: hoje já não tem mais fogão à lenha nem doce Teresa... Muito menos goiabada do Luizinho. Os mamões, apenas para os pássaros que visitam o que restou da casa e têm seu alimento preferido além de alegrar os dias do “tio” Jorge que ainda vive por lá.

E assim ficam minhas perguntas: por onde andam as frutas maduras nos pés? Por onde andam meninos moleques que subiam nas árvores para pegá-las e sorver seu puro suco? Por onde andam aqueles que pela ganância abandonaram a forma antiga de ser produzir frutas carnudas e deliciosas?



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No post anterior falei de frutas. Verão, vida saudável. Por conta disso me lembrei de frutas que frequentaram minha boca desde pequenino, quando ainda mal conseguia chegar na janela de meu “sobrado” da infância. Lá, no colo da Maria Joana conseguia ver coisas não muito longe, mas que marcaram minha visão.

Por cima do telhado onde meu pai guardava as madeiras que negociava, conseguia ver umas bolinhas amarelas no meio de uma copa de árvore muito densa. Aprendi seu nome logo que perguntei pra Maria Joana: abiu! Não tardou para que eu pedisse ao Manoel, um empregado da loja de meu pai que me aturava incansavelmente, mas sempre com um sorriso nos lábios. Levou muitas broncas de meu pai pelas “artes” que eu fazia no depósito da loja de materiais de construção que tínhamos. Montes de areia, saibro e terra preta eram destruídos na minha farra infantil e o pobre coitado do Manoel além de levar a bronca ainda arrumava caladinho... Acho que meu pai sempre soube que era eu quem desmoronava os montes que ele gostava de ver...



bacalhaucombatata | foto de abiu

Esse é do abiu que povoou minha infância.
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Lá ia o Manoel subir no telhado com uma vara com um cestinho na ponta para pegar aquela frutinha... Doce, com uma poupa carnuda deixava um “visgo” em minha boca. Mas aquilo, ao invés de me irritar, era mais uma diversão tirá-lo da boca...

Também as uvas povoaram minha infância assim como o tamarindo hoje em dia escasso em sua forma natural de ser.

Um longo caramanchão sombreava uma alameda interna da loja por onde eu exercitava minha prova de corrida de 10 metros que hoje apenas tenho lembranças da disposição. Num dos lados a divisão com o vizinho, no outro, o depósito de madeiras em dois andares que mais tarde aprendi a subir por escadas apesar dos gritos de meu pai para eu descer e não me machucar.

No final do ano esse caramanchão ficava repleto de cachinhos de uvas pretinhas (que até hoje não sei sua variedade e mesmo maduras eram azedinhas) que ainda me fazem salivar só de lembrar. Manoel subia em uma longa escada para recolher o máximo de cachos que conseguia, enchendo baldes delas. Meu pai distribuía entre os empregados da loja e ainda levávamos para casa: uns bagos eram comidos assim mesmo, outros tantos virava suco de uva. Hummmmm delícia que era dividida com cubos de gelo para refrescar nossa sede no verão.

Do tamarineiro, com suas favas de uma fina camada de polpa, também azedinha, apenas fazíamos refresco para aplacar a sede no verão.



bacalhaucombatata | imagem de tamarindo

Esse é do tamarindo que povoou minha infância.
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Um pouco mais adiante na linha do meu tempo, mudamos para uma casa térrea. Lá tinha quintal que antes apenas aproveitava o de meu avô Chico. Nesta nova casa, também uma parreira, desta vez de uvas “brancas” ou verdes, mais doces e carnudas, fazia sombra pra o Chevrolet 37 que meu pai tinha para nos levar para passear e onde eu aprendi minhas primeiras manobras ao volante. Só que em pé, no banco do motorista...

Ainda na parte da frente da casa um soberbo pé de manga “carlotinha”. Aquela árvore era o desespero de minha mãe pois quando ela estava repleta daquelas quase bolinhas amarelas e doces era meu destino ao chegar do colégio. Nem tirava o uniforme de camisa branca: apenas os sapatos e meias para melhor subir em seus galhos e colher as mais madurinhas. Delícias que escorriam pelo canto de minha pequena boca e riscavam de amarelo minha antes branca camisa da escola... Como eram gostosas, mesmo quentes do sol...

Na parte dos fundos da casa, um pé de carambola. Meio sem graça assim como fruta mas uma gracinha quando era transformada em doce de estrelinhas... Outro pé de manga, mas espada, onde não conseguia subir pela formação de seu caule, reinava no quintal. Um pé de abacate delicioso estava sempre ali para nos oferecer aquele creme amarelo e verde polvilhado de açúcar e amassado com garfo: nada de liquidificador nem de leite condensado. Simples assim: a fruta e o açúcar.



bacalhaucombatata | imagem de carambola

Essa é a lembrança da carambola que fazia as estrelinhas que povoou minha infância.
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Depois de mais “grandinho” conheci uma fazenda no sul de Minas: Benjamin Constant. Lá, mangas, goiabas, mamão, laranjas, jabuticabas, bananas e limões me foram apresentadas em seus pés... Como era gostoso montar num cavalo e , sentado em sua sela, colher e comer goiabas amarelinhas por fora e de um rosado intenso, quase vermelho de seu interior. Não consigo mais encontrar dessas pelos dias atuais. As “carnes” não são tão doces e macias como as daquele tempo. O sabor, também, é meio sem graça.

Lá, os cachos de banana eram retirados do pé quando alguma banana já mostrava o amarelo pálido em alguma delas. Ainda no cacho eram penduradas na ponta do telheiro da “área de serviço” que ficava ao lado da cozinha, local de passagem quase sempre constante da gente. Assim que começavam a pintar de amarelo as nossas mãos eram hábeis para torcê-las e retirar de seu cacho. As que conseguia sobreviver eram transformadas em doce da Teresa. Maduras, cortadas em pequenos discos eram colocadas em uma grande panela com um terço de seu volume de açúcar cristal (sempre era essa a medida dos doces da fazenda). Ali, na ponta da trempe ficava “apurando” até ter uma calda avermelhada e os pequenos discos mais finos. Depois de esfriada eram colocados em potes que somente a Maria Teresa poderia dispor deles, distribuindo para os que com ela dividiam a estadia...

As goiabas que ainda conseguiam sobreviver às nossas passadas pelos pés eram colhidas, lavadas, cortadas ao meio e sua polpa retirada. Essas iam para um tacho de cobre sobre um “forno” entre tijolos e lenha de árvores secas das terras do “tio” Jorge. O Luizinho também colocava açúcar cristal na mesma proporção de 1/3 do volume de goiabas. Fogo acesso e muita paciência, ficava horas ali mexendo com a enorme colher de pau aquele inicialmente líquido até se transformar na melhor goiabada cascão que comi na vida. Apenas goiaba, açúcar e amor do Luizinho...

O tempo passou e a poupança Bamerindus acabou: hoje já não tem mais fogão à lenha nem doce Teresa... Muito menos goiabada do Luizinho. Os mamões, apenas para os pássaros que visitam o que restou da casa e têm seu alimento preferido além de alegrar os dias do “tio” Jorge que ainda vive por lá.

E assim ficam minhas perguntas: por onde andam as frutas maduras nos pés? Por onde andam meninos moleques que subiam nas árvores para pegá-las e sorver seu puro suco? Por onde andam aqueles que pela ganância abandonaram a forma antiga de ser produzir frutas carnudas e deliciosas?



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domingo, 22 de novembro de 2009

Como são doces as nossas frutas...


As frutas desempenham um papel muito importante na alimentação. São fontes naturais de nutrientes, vitaminas e sais minerais, além de fornecer fibras que contribuem com o funcionamento do intestino e combatem o câncer de cólon. Recomenda-se a ingestão de, 3 a 4 porções de frutas ao dia. Um copo de suco de frutas é considerada uma porção. A alimentação deve ser enriquecida com frutas que previnem doenças e fortalecem o corpo. As frutas hoje estão entre os maiores agentes terapêuticos dados pela natureza.

Nos meses do verão é preferível o consumo dos frutos com mais líquidos e, claro, os que estão na safra pois este é o momento de maior concentração de suas propriedades. As frutas podem ser servidas sozinhas ou junto com outros pratos adicionando sabor e visual aos pratos. Elas são muito consumidas no verão, são leves e refrescantes.

Assim, prefira a melancia, a laranja, as uvas, as variedades de melões... Não esquecendo, no entanto, aquelas que são ofertadas durante todo o ano como a banana, o coco verde...

Assim, algumas informações sobre elas:

ABACAXI
Doce, perfumado, suculento e saboroso, o abacaxi pode ser consumido a qualquer momento.

Não é uma fruta energética, possui um nível de caloria equivalente as maçãs e pêras, mas contêm altas porcentagens de vitaminas A, B e C, carboidratos, sais minerais e fibras. Apresenta uma propriedade ímpar, somente presente na papaia, que são enzimas (proteínas) que facilitam a digestão de carnes ingeridas na mesma refeição.

Como escolher
Ao escolher os frutos considere se o consumo será imediato ou não. Somente adquira abacaxi com coroa, que só deverá ser retirada no momento de consumo. Ao escolher os frutos, além do estágio de maturação, devem ser observadas: uniformidade e forma, ausência de podridões, queimaduras de sol, manchas anormais, batidas, rachaduras e exsudações, sendo que as folhas da coroa devem estar verdes e erguidas. Escolha somente frutas com bom aspecto e aroma característico. Se estiverem pré-embaladas leia com atenção as instruções e a data de validade.


BANANA
Apresenta boas quantidades de vitaminas do complexo B, vitamina C e é ótima fonte de potássio. Por ser rica em potássio, ajuda a evitar e a regular a hipertensão arterial. As bananas maduras são eficientes para controlar a diarréia , ajudam no sono e, melhoram o humor. 100 gramas de banana prata fornecem 89 calorias.

Como escolher
Escolha somente bananas com bom aspecto e aroma característico. Prefira as de casca bem amarela com pequenas manchas marrons, de aspecto firme e sem partes moles ou machucadas. Caso a banana não venha a ser consumida logo, dê preferência às que estão regularmente verdes, aguardando.


COCO
O valor nutritivo do coco varia de acordo com o seu estado de maturação, apresentando bom teor de sais minerais como potássio, sódio, fósforo e cloro. Sua polpa é rica em fibras e bastante calórica.

A polpa auxilia no funcionamento do intestino e, tanto a polpa quanto a água, pelo conteúdo de potássio, auxilia no bom funcionamento do coração, mantém a pressão arterial em bons valores, protege a função neuro vascular e mantém o equilíbrio das células. Além disso, sua água ajuda a recuperar os organismos desidratados, sendo um isotônico natural.

100 gramas de coco maduro fornecem 286 calorias. 100 gramas de sua água fornecem apenas 22 calorias.

Como escolher
Para escolher um coco bom, sacuda - o perto do ouvido. Você deverá ouvir o barulho de água no seu interior. Escolha os que possuam mais água, porque os que estão secos não servem para coisa alguma.


LARANJA
Além da vitamina C e ácido fólico, a laranja possui minerais como cálcio, fósforo e potássio, que a fazem uma boa fruta para o consumo nos dias quentes pois, além de refrescante, repõe energia. Contém, ainda, fibras (a pectina é encontrada na pele que envolve os gomos), flavonóides e óleo, que aumentam seu valor nutritivo.

Por ser rica em vitamina C, ela torna o organismo mais resistente às infecções, dá vitalidade às gengivas e conserva a mocidade, entre outras funções. Possui também funções cicatrizantes, auxilia o organismo a absorver o ferro de outros alimentos, a combater o estresse e alergias, a diminuir as taxas de colesterol e o risco de alguns tipos de câncer.

100 gramas de laranja fornecem, em média, 45 calorias. Prefira “comê-las” a pura e simplesmente tomar seu suco!

Como escolher
Independentemente do tipo, escolha as laranjas mais pesadas, sinal de que estão mais suculentas. A consistência deve ser igual em toda a fruta — exclua aquelas que estão mais moles de um lado. Nas variedades de casca lisa, quanto mais fina a casca, mais suculenta a fruta. E ignore as muito maduras: nelas, a vitamina C já foi embora faz tempo...


MELANCIA
Além de doce e muito refrescante, a melancia é muito nutritiva. Possui hidratos de carbono (açúcar), betacaroteno (provitamina A) e vitaminas do complexo B e C. Também apresenta cálcio, fósforo, ferro e muita água. Hoje já se conhece o licopeno e glutationa, compostos que a melancia possui em abundância, que são responsáveis por proteger o organismo contra o câncer e a oxidação celular.

É recomendada para quem tem pressão arterial alta, reumatismo ou gota. O suco de melancia provoca a eliminação de ácido úrico, além de limpar o estômago e o intestino. Também é eficaz no tratamento da acidez estomacal, obesidade, bronquites crônicas, problemas de boca e garganta.

100 gramas de melancia fornecem apenas 31 calorias.

Como escolher
Para escolher uma melancia no ponto e de boa qualidade, dê uma batidinha com o dedo na casca. Se o som for oco, pode comprar.


MELÃO
Possui grandes quantidades de betacaroteno (provitamina A), vitaminas C e do Complexo B. Além disso, é fonte de fibras e apresenta cálcio, fósforo, ferro, potássio, cobre e enxofre.

Por seu alto teor de potássio, é indicado para cardíacos que usam medicação diurética e para pessoas que possuem doenças do fígado como hepatites, cirrose hepática e cálculos. Também é muito recomendado na prevenção e no tratamento de gotas, reumatismo, artritismo, prisão de ventre e cálculos renais.

Além disso é fortificante, calmante, laxante, diurético e possui atividade anticoagulante, afina o sangue. Para mulheres na menopausa o melão ajuda a normalizar a menstruação e ativa a circulação. O melão maduro é considerado calmante, refrescante, alcalinizante, mineralizante, oxidante, diurético, laxante e emoliente. Recomenda-se o melão contra a gota, o reumatismo, artritismo, obesidade, colite, atonia intestinal, prisão de ventre, afecções renais, litíase renal, nefrite, cistite, leucorréia, uretrite e blenorragia, cirrose hepática, hepatite, icterícia, cálculos biliares, insuficiência e outras afecções do fígado.

100 gramas de melão fornecem apenas 29,9 calorias.

Como escolher
Escolha os frutos que apresentem cascas perfeitas, amarelas e sem machucados. As cascas do melão são ligeiramente rugosas. Ao apertar a ponta contrária ao caule, o fruto deverá ceder um pouco, sinal de que está pronto para consumo. Deverá ainda ter cheiro doce e ser bem pesado.


PÊSSEGO
É fonte de minerais como o fósforo, o magnésio, o manganês, o cobre, o iodo e o ferro. É também rico em fibras, carboidratos e as vitaminas A e C e as do Complexo B.

É recomendado para manter o bom funcionamento do intestino, combater o reumatismo e para evitar problemas de pele e do sistema nervoso.

100 gramas dele fornecem 52,5 calorias.

Como escolher
Na hora da compra, deve-se dar preferência aos de casca firme, mas não dura. Ao adquiri-los não se oriente pelo tamanho, porque nem sempre o pêssego maior corresponde ao mais saboroso, ou ao de melhor qualidade. Não compre frutos com a pele verde, isso indica um mau amadurecimento, também rejeite frutos manchados, com cortes ou outras lesões visíveis.


TANGERINA
Apresenta um bom teor de vitamina C e vitaminas do Complexo B, além do betacaroteno (provitamina A) e fibras.

É indicada como diurética, calmante, antiparasítica. Além disso, quando ingerida com o bagaço, facilita a formação de resíduos que melhoram o funcionamento do intestino.

100 gramas dela fornecem 43 calorias.

Como escolher
No começo da safra, sua aparência ainda está um pouco verde, mas seu sabor já está propício para consumo in natura. Com o decorrer da safra, sua cor vai ganhando uma tonalidade mais amarelada. Na hora de escolher, dê preferência às mais firmes, com maior brilho. Uma dica para identificar se a laranja está boa é verificar o seu bico, quanto mais firmes estiver melhor será a qualidade da fruta.


UVA
É rica em carboidratos, mas também apresenta pequenas quantidades de vitaminas do Complexo B e Vitamina C. Fornece boas de minerais como potássio, cálcio, fósforo, magnésio, cobre e iodo. Possuem, ainda, um considerável teor de glicose e frutose.

Ajuda a ativar os rins, é um suave laxante e atua contra várias enfermidades do intestino, do fígado e do abdômen, além de estimular as funções cardíacas. A uva também é um rico depósito de compostos antioxidantes e anticancerígenos. As uvas vermelhas possuem alto teor do antioxidante quercetina. A casca aumenta o colesterol HDL, considerado o bom colesterol e contém resveratrol, que comprovadamente inibe o agrupamento de plaquetas e, consequentemente, a formação de coágulos sanguíneos. As uvas verdes têm poderes antibacterianos e antivirais. O seu óleo também aumenta o HDL, considerado o bom colesterol.

100 gramas delas fornecem 68 calorias.

Como escolher
Na hora da compra, prefira os cachos bem cheios, com bagas firmes e lisas, de cor e tamanho apropriados para a variedade que escolher.

Atenção: a fruta não deve se desprender com facilidade do cacho, pois isso é sinal de que está começando a passar do ponto ideal de consumo. Não compre cachos com manchas.




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Como são doces as nossas frutas...


As frutas desempenham um papel muito importante na alimentação. São fontes naturais de nutrientes, vitaminas e sais minerais, além de fornecer fibras que contribuem com o funcionamento do intestino e combatem o câncer de cólon. Recomenda-se a ingestão de, 3 a 4 porções de frutas ao dia. Um copo de suco de frutas é considerada uma porção. A alimentação deve ser enriquecida com frutas que previnem doenças e fortalecem o corpo. As frutas hoje estão entre os maiores agentes terapêuticos dados pela natureza.

Nos meses do verão é preferível o consumo dos frutos com mais líquidos e, claro, os que estão na safra pois este é o momento de maior concentração de suas propriedades. As frutas podem ser servidas sozinhas ou junto com outros pratos adicionando sabor e visual aos pratos. Elas são muito consumidas no verão, são leves e refrescantes.

Assim, prefira a melancia, a laranja, as uvas, as variedades de melões... Não esquecendo, no entanto, aquelas que são ofertadas durante todo o ano como a banana, o coco verde...

Assim, algumas informações sobre elas:

ABACAXI
Doce, perfumado, suculento e saboroso, o abacaxi pode ser consumido a qualquer momento.

Não é uma fruta energética, possui um nível de caloria equivalente as maçãs e pêras, mas contêm altas porcentagens de vitaminas A, B e C, carboidratos, sais minerais e fibras. Apresenta uma propriedade ímpar, somente presente na papaia, que são enzimas (proteínas) que facilitam a digestão de carnes ingeridas na mesma refeição.

Como escolher
Ao escolher os frutos considere se o consumo será imediato ou não. Somente adquira abacaxi com coroa, que só deverá ser retirada no momento de consumo. Ao escolher os frutos, além do estágio de maturação, devem ser observadas: uniformidade e forma, ausência de podridões, queimaduras de sol, manchas anormais, batidas, rachaduras e exsudações, sendo que as folhas da coroa devem estar verdes e erguidas. Escolha somente frutas com bom aspecto e aroma característico. Se estiverem pré-embaladas leia com atenção as instruções e a data de validade.


BANANA
Apresenta boas quantidades de vitaminas do complexo B, vitamina C e é ótima fonte de potássio. Por ser rica em potássio, ajuda a evitar e a regular a hipertensão arterial. As bananas maduras são eficientes para controlar a diarréia , ajudam no sono e, melhoram o humor. 100 gramas de banana prata fornecem 89 calorias.

Como escolher
Escolha somente bananas com bom aspecto e aroma característico. Prefira as de casca bem amarela com pequenas manchas marrons, de aspecto firme e sem partes moles ou machucadas. Caso a banana não venha a ser consumida logo, dê preferência às que estão regularmente verdes, aguardando.


COCO
O valor nutritivo do coco varia de acordo com o seu estado de maturação, apresentando bom teor de sais minerais como potássio, sódio, fósforo e cloro. Sua polpa é rica em fibras e bastante calórica.

A polpa auxilia no funcionamento do intestino e, tanto a polpa quanto a água, pelo conteúdo de potássio, auxilia no bom funcionamento do coração, mantém a pressão arterial em bons valores, protege a função neuro vascular e mantém o equilíbrio das células. Além disso, sua água ajuda a recuperar os organismos desidratados, sendo um isotônico natural.

100 gramas de coco maduro fornecem 286 calorias. 100 gramas de sua água fornecem apenas 22 calorias.

Como escolher
Para escolher um coco bom, sacuda - o perto do ouvido. Você deverá ouvir o barulho de água no seu interior. Escolha os que possuam mais água, porque os que estão secos não servem para coisa alguma.


LARANJA
Além da vitamina C e ácido fólico, a laranja possui minerais como cálcio, fósforo e potássio, que a fazem uma boa fruta para o consumo nos dias quentes pois, além de refrescante, repõe energia. Contém, ainda, fibras (a pectina é encontrada na pele que envolve os gomos), flavonóides e óleo, que aumentam seu valor nutritivo.

Por ser rica em vitamina C, ela torna o organismo mais resistente às infecções, dá vitalidade às gengivas e conserva a mocidade, entre outras funções. Possui também funções cicatrizantes, auxilia o organismo a absorver o ferro de outros alimentos, a combater o estresse e alergias, a diminuir as taxas de colesterol e o risco de alguns tipos de câncer.

100 gramas de laranja fornecem, em média, 45 calorias. Prefira “comê-las” a pura e simplesmente tomar seu suco!

Como escolher
Independentemente do tipo, escolha as laranjas mais pesadas, sinal de que estão mais suculentas. A consistência deve ser igual em toda a fruta — exclua aquelas que estão mais moles de um lado. Nas variedades de casca lisa, quanto mais fina a casca, mais suculenta a fruta. E ignore as muito maduras: nelas, a vitamina C já foi embora faz tempo...


MELANCIA
Além de doce e muito refrescante, a melancia é muito nutritiva. Possui hidratos de carbono (açúcar), betacaroteno (provitamina A) e vitaminas do complexo B e C. Também apresenta cálcio, fósforo, ferro e muita água. Hoje já se conhece o licopeno e glutationa, compostos que a melancia possui em abundância, que são responsáveis por proteger o organismo contra o câncer e a oxidação celular.

É recomendada para quem tem pressão arterial alta, reumatismo ou gota. O suco de melancia provoca a eliminação de ácido úrico, além de limpar o estômago e o intestino. Também é eficaz no tratamento da acidez estomacal, obesidade, bronquites crônicas, problemas de boca e garganta.

100 gramas de melancia fornecem apenas 31 calorias.

Como escolher
Para escolher uma melancia no ponto e de boa qualidade, dê uma batidinha com o dedo na casca. Se o som for oco, pode comprar.


MELÃO
Possui grandes quantidades de betacaroteno (provitamina A), vitaminas C e do Complexo B. Além disso, é fonte de fibras e apresenta cálcio, fósforo, ferro, potássio, cobre e enxofre.

Por seu alto teor de potássio, é indicado para cardíacos que usam medicação diurética e para pessoas que possuem doenças do fígado como hepatites, cirrose hepática e cálculos. Também é muito recomendado na prevenção e no tratamento de gotas, reumatismo, artritismo, prisão de ventre e cálculos renais.

Além disso é fortificante, calmante, laxante, diurético e possui atividade anticoagulante, afina o sangue. Para mulheres na menopausa o melão ajuda a normalizar a menstruação e ativa a circulação. O melão maduro é considerado calmante, refrescante, alcalinizante, mineralizante, oxidante, diurético, laxante e emoliente. Recomenda-se o melão contra a gota, o reumatismo, artritismo, obesidade, colite, atonia intestinal, prisão de ventre, afecções renais, litíase renal, nefrite, cistite, leucorréia, uretrite e blenorragia, cirrose hepática, hepatite, icterícia, cálculos biliares, insuficiência e outras afecções do fígado.

100 gramas de melão fornecem apenas 29,9 calorias.

Como escolher
Escolha os frutos que apresentem cascas perfeitas, amarelas e sem machucados. As cascas do melão são ligeiramente rugosas. Ao apertar a ponta contrária ao caule, o fruto deverá ceder um pouco, sinal de que está pronto para consumo. Deverá ainda ter cheiro doce e ser bem pesado.


PÊSSEGO
É fonte de minerais como o fósforo, o magnésio, o manganês, o cobre, o iodo e o ferro. É também rico em fibras, carboidratos e as vitaminas A e C e as do Complexo B.

É recomendado para manter o bom funcionamento do intestino, combater o reumatismo e para evitar problemas de pele e do sistema nervoso.

100 gramas dele fornecem 52,5 calorias.

Como escolher
Na hora da compra, deve-se dar preferência aos de casca firme, mas não dura. Ao adquiri-los não se oriente pelo tamanho, porque nem sempre o pêssego maior corresponde ao mais saboroso, ou ao de melhor qualidade. Não compre frutos com a pele verde, isso indica um mau amadurecimento, também rejeite frutos manchados, com cortes ou outras lesões visíveis.


TANGERINA
Apresenta um bom teor de vitamina C e vitaminas do Complexo B, além do betacaroteno (provitamina A) e fibras.

É indicada como diurética, calmante, antiparasítica. Além disso, quando ingerida com o bagaço, facilita a formação de resíduos que melhoram o funcionamento do intestino.

100 gramas dela fornecem 43 calorias.

Como escolher
No começo da safra, sua aparência ainda está um pouco verde, mas seu sabor já está propício para consumo in natura. Com o decorrer da safra, sua cor vai ganhando uma tonalidade mais amarelada. Na hora de escolher, dê preferência às mais firmes, com maior brilho. Uma dica para identificar se a laranja está boa é verificar o seu bico, quanto mais firmes estiver melhor será a qualidade da fruta.


UVA
É rica em carboidratos, mas também apresenta pequenas quantidades de vitaminas do Complexo B e Vitamina C. Fornece boas de minerais como potássio, cálcio, fósforo, magnésio, cobre e iodo. Possuem, ainda, um considerável teor de glicose e frutose.

Ajuda a ativar os rins, é um suave laxante e atua contra várias enfermidades do intestino, do fígado e do abdômen, além de estimular as funções cardíacas. A uva também é um rico depósito de compostos antioxidantes e anticancerígenos. As uvas vermelhas possuem alto teor do antioxidante quercetina. A casca aumenta o colesterol HDL, considerado o bom colesterol e contém resveratrol, que comprovadamente inibe o agrupamento de plaquetas e, consequentemente, a formação de coágulos sanguíneos. As uvas verdes têm poderes antibacterianos e antivirais. O seu óleo também aumenta o HDL, considerado o bom colesterol.

100 gramas delas fornecem 68 calorias.

Como escolher
Na hora da compra, prefira os cachos bem cheios, com bagas firmes e lisas, de cor e tamanho apropriados para a variedade que escolher.

Atenção: a fruta não deve se desprender com facilidade do cacho, pois isso é sinal de que está começando a passar do ponto ideal de consumo. Não compre cachos com manchas.




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domingo, 15 de novembro de 2009

Como eram simples os ovos...


Alimento controverso, visto durante muito tempo como o responsável por problemas ligados ao coração, o ovo é uma rica fonte de proteínas. Além de antioxidante, ajuda na absorção do cálcio e previne e combate a anemia. Um ovo por dia é uma boa medida para quem tem uma alimentação equilibrada, como atesta a nutricionista do Hospital das Clínicas Adriana Kachani. “A gema do ovo possui um alto nível de colesterol. O problema não é comer ou não comer, mas quanto comer”, diz a nutricionista.

A gema perfeita, a clara crocante, um parmesão maravilhoso, cortado em lascas, por cima, cristais de sal, de preferência colhidos por moças virgens à primeira luz da manhã..., pimenta do Reino, moída na hora, é claro.... enfim... Uma obra de arte.

A textura crocante da clara contrastando com a textura mole e macia da gema e o parmesão e as flores de sal conferem surpresas gustativas que só realçam a qualidade do ovo em si.

Pegue uma frigideira pequena e coloque uma pequena quantidade de azeite, óleo ou manteiga no fundo e deixe esquentar. Não muito. Quebre o ovo com uma colher e cuidadosamente o coloque no fundo da frigideira evitando quebrar a gema. O tempo concluirá seu trabalho, sem pressa... Observe as transformações... Salive!

Lendo estas orientações, agora, me lembro de como essas coisa aconteciam na roça e, ainda, na simplicidade das casas humildes onde há possibilidade de se criar galinhas soltas no quintal. Galinhas que comem milho e minhocas, pedriscos, capim ou qualquer verde que possa ser saboroso ao gosto delas... Galinhas felizes que cantam ao colocar seus ovos; não choram ou gritam como as de granja, enclausuradas em gaiolas de arames e onde só comem farelos industriais que transferem seu odor desagradável para as gemas, célula mater de vida.

Lá na roça, íamos buscar o ovo cedo, quando as galinhas começavam a fazer seus concertos matinais. Levávamos nossas crianças para elas próprias pegarem ainda quentinhos no ninho e corriam com aquele ovo em suas pequenas mãos para a cozinha. Fritos em frigideiras (mesmo que antiaderentes) sobre a chapa de um fogão à lenha. Ali era usada a maravilhosa manteiga Sapucaiense, batida com carinho na Cooperativa da região, com toda a gordura do leite recolhido das felizes vacas girolanda do rebanho local.

Felizes, as crianças e a caseira que sempre sorrindo ficava com a colher derramando manteiga sobre as gemas apenas para selar sem que ela fosse completamente cozida. Era assim que ela fazia enquanto as crianças, ai na beira do fogão também derramavam uma colher de manteiga sobre a chapa para “aquecer” o pão francês dormido que elas usavam para comer a gema ainda molenga que derramava da casquinha da gema... A clara mostrava as bordas rendadas de dourado feito pela manteiga... Era assim que a gente tomava café da manhã com nossas crianças.

Também fazíamos ovos cozidos para nosso feijão tropeiro... eram apenas seis, talvez sete minutinhos, o tempo de ainda deixar o centro da gema úmido. Era preciso molhar a lâmina da faca para um corte quase perfeito. Gemas amarelinhas sobre uma barquinha branca e tenra enfeitavam nossos pratos...

E os ovos “pochês”? Nada que uma concha onde eles eram colocados com maestria pela caseira e mergulhados na mistura de água fervente com uma colher de vinagre. Quase perfeitos!

Mas naquela época nem conhecíamos a flor de sal. E nem usávamos parmesão, apesar dele ser sempre comprado aos pedaços.

Naquele tempo ovos não faziam mal... Nem iam para os refrigeradores: não dava tempo para isto!


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Como eram simples os ovos...


Alimento controverso, visto durante muito tempo como o responsável por problemas ligados ao coração, o ovo é uma rica fonte de proteínas. Além de antioxidante, ajuda na absorção do cálcio e previne e combate a anemia. Um ovo por dia é uma boa medida para quem tem uma alimentação equilibrada, como atesta a nutricionista do Hospital das Clínicas Adriana Kachani. “A gema do ovo possui um alto nível de colesterol. O problema não é comer ou não comer, mas quanto comer”, diz a nutricionista.

A gema perfeita, a clara crocante, um parmesão maravilhoso, cortado em lascas, por cima, cristais de sal, de preferência colhidos por moças virgens à primeira luz da manhã..., pimenta do Reino, moída na hora, é claro.... enfim... Uma obra de arte.

A textura crocante da clara contrastando com a textura mole e macia da gema e o parmesão e as flores de sal conferem surpresas gustativas que só realçam a qualidade do ovo em si.

Pegue uma frigideira pequena e coloque uma pequena quantidade de azeite, óleo ou manteiga no fundo e deixe esquentar. Não muito. Quebre o ovo com uma colher e cuidadosamente o coloque no fundo da frigideira evitando quebrar a gema. O tempo concluirá seu trabalho, sem pressa... Observe as transformações... Salive!

Lendo estas orientações, agora, me lembro de como essas coisa aconteciam na roça e, ainda, na simplicidade das casas humildes onde há possibilidade de se criar galinhas soltas no quintal. Galinhas que comem milho e minhocas, pedriscos, capim ou qualquer verde que possa ser saboroso ao gosto delas... Galinhas felizes que cantam ao colocar seus ovos; não choram ou gritam como as de granja, enclausuradas em gaiolas de arames e onde só comem farelos industriais que transferem seu odor desagradável para as gemas, célula mater de vida.

Lá na roça, íamos buscar o ovo cedo, quando as galinhas começavam a fazer seus concertos matinais. Levávamos nossas crianças para elas próprias pegarem ainda quentinhos no ninho e corriam com aquele ovo em suas pequenas mãos para a cozinha. Fritos em frigideiras (mesmo que antiaderentes) sobre a chapa de um fogão à lenha. Ali era usada a maravilhosa manteiga Sapucaiense, batida com carinho na Cooperativa da região, com toda a gordura do leite recolhido das felizes vacas girolanda do rebanho local.

Felizes, as crianças e a caseira que sempre sorrindo ficava com a colher derramando manteiga sobre as gemas apenas para selar sem que ela fosse completamente cozida. Era assim que ela fazia enquanto as crianças, ai na beira do fogão também derramavam uma colher de manteiga sobre a chapa para “aquecer” o pão francês dormido que elas usavam para comer a gema ainda molenga que derramava da casquinha da gema... A clara mostrava as bordas rendadas de dourado feito pela manteiga... Era assim que a gente tomava café da manhã com nossas crianças.

Também fazíamos ovos cozidos para nosso feijão tropeiro... eram apenas seis, talvez sete minutinhos, o tempo de ainda deixar o centro da gema úmido. Era preciso molhar a lâmina da faca para um corte quase perfeito. Gemas amarelinhas sobre uma barquinha branca e tenra enfeitavam nossos pratos...

E os ovos “pochês”? Nada que uma concha onde eles eram colocados com maestria pela caseira e mergulhados na mistura de água fervente com uma colher de vinagre. Quase perfeitos!

Mas naquela época nem conhecíamos a flor de sal. E nem usávamos parmesão, apesar dele ser sempre comprado aos pedaços.

Naquele tempo ovos não faziam mal... Nem iam para os refrigeradores: não dava tempo para isto!


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domingo, 8 de novembro de 2009

Batatas: fritas, por que não?


"A superfície da batata deve ser de um tom dourado moreno e extremamente crocante, tão facilmente quebrável quanto um drops ou um pergaminho seco. Tão crocante que você é capaz de partir a batata como se ela fosse um graveto. Por dentro, fica macia e cremosa."

Algumas coisas que você pode não saber...
1 - A casca da batata, bem limpa e escovada, pode ser frita, sem problemas. Lave e seque, normalmente, frite em óleo bem quente, depois polvilhe com sal e pimenta e sirva.

2 - Essas batatas em pacotes, tipo “chips” que comemos com tanto gosto, não são descascadas, antes do preparo. Você pode fazê-las da mesma forma em casa. Lave-as e escove-as bem, apenas.

3 - Seque sempre os alimentos a serem fritos em óleo abundante para evitar que a temperatura do óleo abaixe, quando da colocação do alimento, e que se forme espuma.

4 - Qualquer alimento a ser frito exige que verifique a temperatura do óleo antes da colocação.

5 - Nunca coloque muita batata ao mesmo tempo pois, a diminuição da temperatura do óleo fará o alimento cozinhar-se, ficando encharcado.

6 - As batatas, como qualquer outro alimento frito em bastante óleo, devem ficar imersas no mesmo, por esta razão, verifique o tamanho da frigideira e a quantidade de óleo que vai usar, para calcular quanta batata pode colocar a cada leva. Nunca coloque mais óleo que aquele que atinja 1/3 da altura da frigideira que for usar.

7 - Os melhores óleos para frituras são os óleos vegetais, pois são feitos para suportar altas temperaturas.

8 - O óleo que sobra na frigideira, pode ser utilizado novamente. Para isso, guarde-o em vasilha fechada, em local protegido. Contudo, acrescente um pouco de óleo novo a cada fritura. O óleo que usar para fritar peixe ou outros alimentos de sabores fortes, devem ficar separados apenas para essa finalidade.

9 - Tome sempre muito cuidado quando estiver fazendo frituras, principalmente se tiver crianças em casa. Não deixe a fritura no fogo, saindo da cozinha, para nada.

10 – Não coloque as batatas para secar o óleo sobre papel absorvente pois as batatas que estiverem em contato com ele ficarão com óleo. Melhor usar uma peneira.

Como ficar crocante por fora e macia por dentro?
O problema é que você não conhecia um macete simples. Para deixá-las bem crocantes, corte-as duas horas antes de fritá-las e coloque os pedaços numa tigela de água com uma colher de sopa de álcool. Deixe o recipiente na geladeira durante esse período. Antes de fritar escorra bem e só salpique sal depois de fritas.

Há uma dica simples e infalível de fazer batatas fritas bem crocantes, do jeito que você encontra em restaurantes.

Para isso aqueça uma boa quantidade de óleo numa panela à chama média do fogão (cerca de 160ºC). Frite as batatas em torno de 5 minutos. Depois retire o excesso de óleo, escorrendo-as em uma peneira. Deixe-as esfriar. Neste ponto é possível congelá-las. Só depois disto, aqueça o óleo colocando a chama para o máximo fazendo com que a temperatura do óleo suba para 190ºC (bem quente) e termine de fritar as batatas. Coloque-as para secar novamente sobre uma peneira.

Há relatos de que deixá-las meia hora antes de fritá-las no congelador também produz o efeito desejado. Outros cozinheiros indicam uma colher de chá de vinagre...

Rendimento
Um quilo de batatas rende cerca de 400 g de batata frita. O mesmo quilo, rende 1,5 kg de purê, 1,1 kg de batata cozida, 750 g de batata assada. De modo geral, calcule duas batatas médias por pessoa.

Salpique com flor de sal ou sal grosso.


bacalhaucombatata |Minhas batatas fritas
[clique sobre a imagem para ampliar]



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Batatas: fritas, por que não?


"A superfície da batata deve ser de um tom dourado moreno e extremamente crocante, tão facilmente quebrável quanto um drops ou um pergaminho seco. Tão crocante que você é capaz de partir a batata como se ela fosse um graveto. Por dentro, fica macia e cremosa."

Algumas coisas que você pode não saber...
1 - A casca da batata, bem limpa e escovada, pode ser frita, sem problemas. Lave e seque, normalmente, frite em óleo bem quente, depois polvilhe com sal e pimenta e sirva.

2 - Essas batatas em pacotes, tipo “chips” que comemos com tanto gosto, não são descascadas, antes do preparo. Você pode fazê-las da mesma forma em casa. Lave-as e escove-as bem, apenas.

3 - Seque sempre os alimentos a serem fritos em óleo abundante para evitar que a temperatura do óleo abaixe, quando da colocação do alimento, e que se forme espuma.

4 - Qualquer alimento a ser frito exige que verifique a temperatura do óleo antes da colocação.

5 - Nunca coloque muita batata ao mesmo tempo pois, a diminuição da temperatura do óleo fará o alimento cozinhar-se, ficando encharcado.

6 - As batatas, como qualquer outro alimento frito em bastante óleo, devem ficar imersas no mesmo, por esta razão, verifique o tamanho da frigideira e a quantidade de óleo que vai usar, para calcular quanta batata pode colocar a cada leva. Nunca coloque mais óleo que aquele que atinja 1/3 da altura da frigideira que for usar.

7 - Os melhores óleos para frituras são os óleos vegetais, pois são feitos para suportar altas temperaturas.

8 - O óleo que sobra na frigideira, pode ser utilizado novamente. Para isso, guarde-o em vasilha fechada, em local protegido. Contudo, acrescente um pouco de óleo novo a cada fritura. O óleo que usar para fritar peixe ou outros alimentos de sabores fortes, devem ficar separados apenas para essa finalidade.

9 - Tome sempre muito cuidado quando estiver fazendo frituras, principalmente se tiver crianças em casa. Não deixe a fritura no fogo, saindo da cozinha, para nada.

10 – Não coloque as batatas para secar o óleo sobre papel absorvente pois as batatas que estiverem em contato com ele ficarão com óleo. Melhor usar uma peneira.

Como ficar crocante por fora e macia por dentro?
O problema é que você não conhecia um macete simples. Para deixá-las bem crocantes, corte-as duas horas antes de fritá-las e coloque os pedaços numa tigela de água com uma colher de sopa de álcool. Deixe o recipiente na geladeira durante esse período. Antes de fritar escorra bem e só salpique sal depois de fritas.

Há uma dica simples e infalível de fazer batatas fritas bem crocantes, do jeito que você encontra em restaurantes.

Para isso aqueça uma boa quantidade de óleo numa panela à chama média do fogão (cerca de 160ºC). Frite as batatas em torno de 5 minutos. Depois retire o excesso de óleo, escorrendo-as em uma peneira. Deixe-as esfriar. Neste ponto é possível congelá-las. Só depois disto, aqueça o óleo colocando a chama para o máximo fazendo com que a temperatura do óleo suba para 190ºC (bem quente) e termine de fritar as batatas. Coloque-as para secar novamente sobre uma peneira.

Há relatos de que deixá-las meia hora antes de fritá-las no congelador também produz o efeito desejado. Outros cozinheiros indicam uma colher de chá de vinagre...

Rendimento
Um quilo de batatas rende cerca de 400 g de batata frita. O mesmo quilo, rende 1,5 kg de purê, 1,1 kg de batata cozida, 750 g de batata assada. De modo geral, calcule duas batatas médias por pessoa.

Salpique com flor de sal ou sal grosso.


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