domingo, 21 de dezembro de 2008

Bolinho de bacalhau: o inevitável!


Pra início de conversa, sei que muita coisas que vai estar por aqui vai causar disse-me-disse. Vai não, como diria um baiano...

Descendente de um português trasmontano, meu velho, adorável e onipresente vô Chico, não poderia estar alhei a saboreá-lo senão em algumas outras oportunidades durante o ano, certamente na ceia de Natal, acompanhando a castanha portuguesa e as rabanadas. Estas, mesmo muito calóricas, mas necessárias.

A confusão vai começar no bacalhau. Qual deles escolher. Convenhamos que uma bela posta de Cod Gadus Morhua, em tempos de crise, merece muito mais ser saboreada simplesmente com azeite. Nada mais.

Consultando “universitários” do mundo inteiro, cheguei ao meu conceito de que não é apenas o peixe que origina o bacalhau seco que é infuente o suficiente para dar o sabor final ao que se espera. Quase todos os ingredientes (para não ser exagerado, para muitos daqui) precisam ser pensados e pensados. Afinal nem uma cebola merece ser uma cebola qualquer.

Então, considerando que o legítimo bacalhau é apenas e tão somente o Cod Gadus Morhua, vamos prosseguindo e aceitar como variáveis boas de serem usadas as espécies:

  • O Cod Gadus Macrocephalus, ou Bacalhau do Pacífico, é muito semelhante em aspecto com o Cod Gadus Morhua. Ele é bem mais branco do que o denominado Porto, apesar de comumente comercializado como tal.
  • O Saithe, peixe mais importado atualmente pelo Brasil, é muito utilizado para bolinhos, tortas, mexidos, saladas e ensopados de bacalhau.
  • O Ling, muito usado para grelhar.
  • O Zarbo, pequeno e claro, de boa produtividade pelo bom corte transversal.


  • Ah, de todo o bacalhau importado pelo Brasil, 80% deles são classificados como Imperial e apenas 20% deles como Universal. Lembre-se disto na hora da compra.

    Dito isto, verifique o saldo de suas aplicações financeiras e escolha o que melhor couber “no seu bolso”.

    Agora, vamos às batatas!

    Em algum outro momento da história deste recanto, falamos sobre elas. Também aprendemos muito com uma pessoa que conheço bem próximo dos trinta anos e que tem sido minha fornecedora de batatas. A Fernanda escolhe as batatas pelo tamanho e sempre da variedade BARACA. E isso eu não discuto apesar de mais recentemente ela indicar a ASTERIX como boa. Paciência, eu vou de BARACA e pronto! Mas, você decide!

    Batata escolhida, vamos separar a cebola. Depois de devidamente despida, com paciência e carinho, coloque-a de molho na água. Pura provocação para alguns e sabedoria para outros. Balela para uns tantos e crendice para alguns poucos. Na verdade serve apenas para que o excedente de ácido nela existente tranfira-se para um outro líquido... Devidamente picada em pequeníssimos cubos (tem gente que gosta de dizer “brunoise”, mas eu agora entrei na fase “cubista”...)

    A salsinha, devidamente separada dos caules, lavadas e centrifugadas, serão finamente picadas, lavadas e secas novamente.

    Um bom pedaço de pão caseiro já guardado a algum tempo, devidamente raladinho e peneirado (só para uniformizar).

    Algo como meia xícara para a minha receita.

    Uma nóz de moscada para umas duas ou três passadas no ralo. Só pra não dizer que não botei ou para observar quem sentiu sua presença. Uma brincadeira de sempre.

    Uma coisa que descobri recentemente e que tem dado um sabor diferenciado é um cálice de vinho do Porto, branco. Me desculpem os que são adeptos dos vinhos tintos para acompanhar bacalhau. Esse Porto, só quem experimentar é que me dará razão. Os outros vão fazer o que bem entenderem: me chamar de louco, de metido, de qualquer outra coisa. Paciência...

    E os ovos? Quase um capítulo à parte. Mas vou ficar com os orgânicos. Se não der para você ter um fornecedor exclusivo e dedicado, que compre o MELHOR ovo que encontrares. Pode até comprar um bacalhau mais barato, mas o ovo de ótima qualidade e, acima de tudo, caipira legítimo de galinha que come milho não trangênico, minhocas e bichinhos da terra não tem preço! Para todos os outros...

    Separe dois ou três deles, separe novamente, agora as claras das gemas. Coloque elas numa peneira de plástico para deixar escorrer por entre sua malha o verdadeiro sumo do ovo. As claras, bata em neve. E só!

    Bem, voltemos ao bacalhau para mais algumas considerações. Ele precisa estar cortado de maneira uniforme sempre na mesma direção. Lave antes de colocar EM PÉ (um dos lados do corte para cima e outro para baixo) numa vasilha com água gelada na parte de baixo do seu refrigerador. Coloque outra vasilha com água suficiente para cobrir o bacalhau no refrigerador. Troque essas água de duas a três vezes ao dia até que sinta sem sal. Na hora da troca, descarte a água que está na vasilha com o bacalhau e coloque a da outra vasilha que estava no refrigerador. Encha a vasilha sem bacalhau de água e coloque ela pra gelar e fazer a próxima troca. Repita até o bacalhau estar “pronto”.

    Quando pronto, leve-o para um rápido cozimento no VAPOR por tempo suficiente para ele “abrir-se”. Retire do vapor e desmonte-o. Coloque todas as carnes que conseguir num pano de prato. Faça uma bola e bata-a sobre a superfície de trabalho. Isto fará com que todo o bacalhau desfie de forma uniforme. Cuidado para não ficar batendo pois os "óleos" do bacalhau ficarão no pano de prato...

    Misture com a bola os pequeníssimos cubos da cebola, a salsinha e o pó de noz moscada. Reserve.

    Lave as batatas para retirar a terra brasilis que ainda está agarrada nela. Coloque para cozer no vapor, mas com a casca.

    Se você pensa que sabe descascar, veja esse vídeo. Apenas veja pois certamente não vais entender o que elas falam.

    Depois disso, amasse-as para fazer um purê. Não se preocupe em passá-lo na peneira. Mas tente amassar o mais que conseguires.

    Adicione o bacalhau desfiado que estava reservado. Adicione as gemas, uma a uma e depois o pão ralado e peneirado. Adicione o cálice pequeno de vinho do Porto.

    Adicione as claras em neve e envolva calmamente, em movimentos de baixo para cima para manter a aeração necessária.

    Agora, pegue duas colheres de sobremesa e coloque o óleo para esquentar. Se você não tiver participado da ciranda financeira do ex-presidente da Nasdaq e queira seguir o conselho de nosso presidente, compre um bom azeite para fritas os bolinhos pois assim, quem sabe, esteja garantindo o seu emprego... (foi ele quem falou isso).

    Pegue uma das colheres e encha com a massa do bolinho. Com a outra colher, encoste ela sobre a parte superior da massa e faça o movimento necessário para que a massa passe de uma para outra colher. Faça isso repetidas vezes até que ela forme um bolinho de três lados o mais uniforme que conseguires. Leve para fritar. Ah, nada de colocar palito de fósforo para verificar se a gordura está quente. Isso deixará seu bolinho com um gosto terrível. Mas não deixe esquentar muito para não esfumaçar o éleo e ai ele te prejudicar a saúde.

    Vá virando ele à medida em que doure uma das superfícies até que esteja dourado por inteiro.

    Agora NADA de papel toalha! Coloque os bolinhos fritos sobre uma peneira. Assim eles ficarão mais sequinhos.

    Ah, mais uma coisa. Se você não tiver saco, paciência ou também não estiver a fim de aprender nova técnica, simplesmente passe azeite nas mãos e coloque uma porção de massa sobre ela e formate os bolinhos ao seu gosto.

    Mesmo tendo em mente que cada um faz o seu bolinho do jeito que bem entender, a seguir alguns ingredientes que anotei de receitas coletadas ao longo da minha pesquisa: manteiga, queijo ralado, sal, alho, pimentão vermelho, pimentão verde, cebolinha verde, azeite e farinha de trigo!

    Bem, a foto dos meus, só depois do Natal pois eles são únicos!

    No mais, um belo Natal pra você e todos os seus. No meio da comilança, não esqueça de dar presentes para o aniversariante, dividir um pouco da tua ceia com quem não teve como comprar nem uma rabanada. Se tiveres mais um pouco, dê presentes para as crianças. Deixe elas acreditarem que Papai Noel existe! É tão bom o tempo que vivemos acreditando nele.


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    Bolinho de bacalhau: o inevitável!


    Pra início de conversa, sei que muita coisas que vai estar por aqui vai causar disse-me-disse. Vai não, como diria um baiano...

    Descendente de um português trasmontano, meu velho, adorável e onipresente vô Chico, não poderia estar alhei a saboreá-lo senão em algumas outras oportunidades durante o ano, certamente na ceia de Natal, acompanhando a castanha portuguesa e as rabanadas. Estas, mesmo muito calóricas, mas necessárias.

    A confusão vai começar no bacalhau. Qual deles escolher. Convenhamos que uma bela posta de Cod Gadus Morhua, em tempos de crise, merece muito mais ser saboreada simplesmente com azeite. Nada mais.

    Consultando “universitários” do mundo inteiro, cheguei ao meu conceito de que não é apenas o peixe que origina o bacalhau seco que é infuente o suficiente para dar o sabor final ao que se espera. Quase todos os ingredientes (para não ser exagerado, para muitos daqui) precisam ser pensados e pensados. Afinal nem uma cebola merece ser uma cebola qualquer.

    Então, considerando que o legítimo bacalhau é apenas e tão somente o Cod Gadus Morhua, vamos prosseguindo e aceitar como variáveis boas de serem usadas as espécies:

  • O Cod Gadus Macrocephalus, ou Bacalhau do Pacífico, é muito semelhante em aspecto com o Cod Gadus Morhua. Ele é bem mais branco do que o denominado Porto, apesar de comumente comercializado como tal.
  • O Saithe, peixe mais importado atualmente pelo Brasil, é muito utilizado para bolinhos, tortas, mexidos, saladas e ensopados de bacalhau.
  • O Ling, muito usado para grelhar.
  • O Zarbo, pequeno e claro, de boa produtividade pelo bom corte transversal.


  • Ah, de todo o bacalhau importado pelo Brasil, 80% deles são classificados como Imperial e apenas 20% deles como Universal. Lembre-se disto na hora da compra.

    Dito isto, verifique o saldo de suas aplicações financeiras e escolha o que melhor couber “no seu bolso”.

    Agora, vamos às batatas!

    Em algum outro momento da história deste recanto, falamos sobre elas. Também aprendemos muito com uma pessoa que conheço bem próximo dos trinta anos e que tem sido minha fornecedora de batatas. A Fernanda escolhe as batatas pelo tamanho e sempre da variedade BARACA. E isso eu não discuto apesar de mais recentemente ela indicar a ASTERIX como boa. Paciência, eu vou de BARACA e pronto! Mas, você decide!

    Batata escolhida, vamos separar a cebola. Depois de devidamente despida, com paciência e carinho, coloque-a de molho na água. Pura provocação para alguns e sabedoria para outros. Balela para uns tantos e crendice para alguns poucos. Na verdade serve apenas para que o excedente de ácido nela existente tranfira-se para um outro líquido... Devidamente picada em pequeníssimos cubos (tem gente que gosta de dizer “brunoise”, mas eu agora entrei na fase “cubista”...)

    A salsinha, devidamente separada dos caules, lavadas e centrifugadas, serão finamente picadas, lavadas e secas novamente.

    Um bom pedaço de pão caseiro já guardado a algum tempo, devidamente raladinho e peneirado (só para uniformizar).

    Algo como meia xícara para a minha receita.

    Uma nóz de moscada para umas duas ou três passadas no ralo. Só pra não dizer que não botei ou para observar quem sentiu sua presença. Uma brincadeira de sempre.

    Uma coisa que descobri recentemente e que tem dado um sabor diferenciado é um cálice de vinho do Porto, branco. Me desculpem os que são adeptos dos vinhos tintos para acompanhar bacalhau. Esse Porto, só quem experimentar é que me dará razão. Os outros vão fazer o que bem entenderem: me chamar de louco, de metido, de qualquer outra coisa. Paciência...

    E os ovos? Quase um capítulo à parte. Mas vou ficar com os orgânicos. Se não der para você ter um fornecedor exclusivo e dedicado, que compre o MELHOR ovo que encontrares. Pode até comprar um bacalhau mais barato, mas o ovo de ótima qualidade e, acima de tudo, caipira legítimo de galinha que come milho não trangênico, minhocas e bichinhos da terra não tem preço! Para todos os outros...

    Separe dois ou três deles, separe novamente, agora as claras das gemas. Coloque elas numa peneira de plástico para deixar escorrer por entre sua malha o verdadeiro sumo do ovo. As claras, bata em neve. E só!

    Bem, voltemos ao bacalhau para mais algumas considerações. Ele precisa estar cortado de maneira uniforme sempre na mesma direção. Lave antes de colocar EM PÉ (um dos lados do corte para cima e outro para baixo) numa vasilha com água gelada na parte de baixo do seu refrigerador. Coloque outra vasilha com água suficiente para cobrir o bacalhau no refrigerador. Troque essas água de duas a três vezes ao dia até que sinta sem sal. Na hora da troca, descarte a água que está na vasilha com o bacalhau e coloque a da outra vasilha que estava no refrigerador. Encha a vasilha sem bacalhau de água e coloque ela pra gelar e fazer a próxima troca. Repita até o bacalhau estar “pronto”.

    Quando pronto, leve-o para um rápido cozimento no VAPOR por tempo suficiente para ele “abrir-se”. Retire do vapor e desmonte-o. Coloque todas as carnes que conseguir num pano de prato. Faça uma bola e bata-a sobre a superfície de trabalho. Isto fará com que todo o bacalhau desfie de forma uniforme. Cuidado para não ficar batendo pois os "óleos" do bacalhau ficarão no pano de prato...

    Misture com a bola os pequeníssimos cubos da cebola, a salsinha e o pó de noz moscada. Reserve.

    Lave as batatas para retirar a terra brasilis que ainda está agarrada nela. Coloque para cozer no vapor, mas com a casca.

    Se você pensa que sabe descascar, veja esse vídeo. Apenas veja pois certamente não vais entender o que elas falam.

    Depois disso, amasse-as para fazer um purê. Não se preocupe em passá-lo na peneira. Mas tente amassar o mais que conseguires.

    Adicione o bacalhau desfiado que estava reservado. Adicione as gemas, uma a uma e depois o pão ralado e peneirado. Adicione o cálice pequeno de vinho do Porto.

    Adicione as claras em neve e envolva calmamente, em movimentos de baixo para cima para manter a aeração necessária.

    Agora, pegue duas colheres de sobremesa e coloque o óleo para esquentar. Se você não tiver participado da ciranda financeira do ex-presidente da Nasdaq e queira seguir o conselho de nosso presidente, compre um bom azeite para fritas os bolinhos pois assim, quem sabe, esteja garantindo o seu emprego... (foi ele quem falou isso).

    Pegue uma das colheres e encha com a massa do bolinho. Com a outra colher, encoste ela sobre a parte superior da massa e faça o movimento necessário para que a massa passe de uma para outra colher. Faça isso repetidas vezes até que ela forme um bolinho de três lados o mais uniforme que conseguires. Leve para fritar. Ah, nada de colocar palito de fósforo para verificar se a gordura está quente. Isso deixará seu bolinho com um gosto terrível. Mas não deixe esquentar muito para não esfumaçar o éleo e ai ele te prejudicar a saúde.

    Vá virando ele à medida em que doure uma das superfícies até que esteja dourado por inteiro.

    Agora NADA de papel toalha! Coloque os bolinhos fritos sobre uma peneira. Assim eles ficarão mais sequinhos.

    Ah, mais uma coisa. Se você não tiver saco, paciência ou também não estiver a fim de aprender nova técnica, simplesmente passe azeite nas mãos e coloque uma porção de massa sobre ela e formate os bolinhos ao seu gosto.

    Mesmo tendo em mente que cada um faz o seu bolinho do jeito que bem entender, a seguir alguns ingredientes que anotei de receitas coletadas ao longo da minha pesquisa: manteiga, queijo ralado, sal, alho, pimentão vermelho, pimentão verde, cebolinha verde, azeite e farinha de trigo!

    Bem, a foto dos meus, só depois do Natal pois eles são únicos!

    No mais, um belo Natal pra você e todos os seus. No meio da comilança, não esqueça de dar presentes para o aniversariante, dividir um pouco da tua ceia com quem não teve como comprar nem uma rabanada. Se tiveres mais um pouco, dê presentes para as crianças. Deixe elas acreditarem que Papai Noel existe! É tão bom o tempo que vivemos acreditando nele.


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    domingo, 14 de dezembro de 2008

    Pão: brincando com a forma e com o processo


    Chega uma hora em que a gente se sente com vontade de testar coisas novas. Eu não consigo ficar muito tempo parado fazendo a mesma coisa.

    Assim tem sido com pães. Irriquieto com isto e limitado aos meus processos caseiros, pra não dizer artesanais, tenho procurado incessantemente ver outras formas de fazer. Em quase todas que tenho achado, segue-se um processo profissional, com equipamentos próprios para isto.

    O desafio tem sido maior nestes aspectos. E recentemente mais alguns deles foram testados.

    Assim, para brincar com formas, resolvi experimentar fazer a última fermentação com a massa em cestos de vime. Não havias pensado? Pena... outros já estão fazendo. E, agora, eu também.

    Junto com isto, passei a usar uma "pedra" no meu forno. Dessas que se vende a algum tempo para fazer pizza no forno caseiro. Ela precisa ficar bem quente. Esse "aquecmento" pode durar mais de meia hora no forno caseiro.

    O pão segue seu processo de fermentação em um cesto de vime, devidamente polvilhado de farinha de trigo e coberto por um pano grosso. Se puder, coloque em um ambiente fechado. Algumas pessoas tem relatado o uso no microondas (claro que sem funcionar). Assim têm conseguido um ambiente de temperatura constante, sem correntess de ar.

    Quando chegar ao ponto de ter dobrado de volume, vire o cesto em algo que possa ser utilizado como a "pá do padeiro": um fundo de forma de bolo, por exemplo, devidamente pulverizado de farinha de trigo de modo que o pão possa "escorregar" para a pedra.

    Nesse momento, faça os cortes que achar adequados ao seu gosto e... pedra!

    Nesse ponto, usando um pulverizador destes de molhar planta, pulverize o pão com bastante água e asse até que ele doure. Algo como 20 minutos.

    O resultado foi esse aqui. A receita, igual a tantas que fiz por aqui...

    [clique sobre a imagem para ampliar]


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    Pão: brincando com a forma e com o processo


    Chega uma hora em que a gente se sente com vontade de testar coisas novas. Eu não consigo ficar muito tempo parado fazendo a mesma coisa.

    Assim tem sido com pães. Irriquieto com isto e limitado aos meus processos caseiros, pra não dizer artesanais, tenho procurado incessantemente ver outras formas de fazer. Em quase todas que tenho achado, segue-se um processo profissional, com equipamentos próprios para isto.

    O desafio tem sido maior nestes aspectos. E recentemente mais alguns deles foram testados.

    Assim, para brincar com formas, resolvi experimentar fazer a última fermentação com a massa em cestos de vime. Não havias pensado? Pena... outros já estão fazendo. E, agora, eu também.

    Junto com isto, passei a usar uma "pedra" no meu forno. Dessas que se vende a algum tempo para fazer pizza no forno caseiro. Ela precisa ficar bem quente. Esse "aquecmento" pode durar mais de meia hora no forno caseiro.

    O pão segue seu processo de fermentação em um cesto de vime, devidamente polvilhado de farinha de trigo e coberto por um pano grosso. Se puder, coloque em um ambiente fechado. Algumas pessoas tem relatado o uso no microondas (claro que sem funcionar). Assim têm conseguido um ambiente de temperatura constante, sem correntess de ar.

    Quando chegar ao ponto de ter dobrado de volume, vire o cesto em algo que possa ser utilizado como a "pá do padeiro": um fundo de forma de bolo, por exemplo, devidamente pulverizado de farinha de trigo de modo que o pão possa "escorregar" para a pedra.

    Nesse momento, faça os cortes que achar adequados ao seu gosto e... pedra!

    Nesse ponto, usando um pulverizador destes de molhar planta, pulverize o pão com bastante água e asse até que ele doure. Algo como 20 minutos.

    O resultado foi esse aqui. A receita, igual a tantas que fiz por aqui...

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    domingo, 7 de dezembro de 2008

    Pensando no lanchinho das crianças


    Volta e meia estas crianças passam pela minha cabeça. Tem horas que acho que foi apenas um sonho - por ter durado tão pouco - e por não ter tido a oportunidade de me dedicar mais tempo porque nem todas as pessoas que estão à volta delas compreendem exatamente o que elas precisam.

    Vaidades de vaidades: foi assim que aprendi.

    Mas isto é outra história.

    Pensei na variação do lanchinho de cada dia delas. Uma coisa fácil e que diante das possibilidades poderia servir de alternativa ao que é servido dia após dia.

    Pra começar separei carne moída. Como eu sou preciosista, usei 500g de miolo de alcatra por ser um corte totalmente limpo de "não-carne" e, ainda com sabor. Dois dentes de alho, esmagados com a lâmina da faca foram colocados junto com uma cebola média, finamente picada.

    Dois tomates, depois de higienizados adequadamente, foram pelados e tiveram suas sementes colocadas num vaso para dar cria. As polpas foram finamente picadas.

    Adicionei uma colher de sopa de sal, uma colher de chá de pimenta síria e uma colher de chá de zaatar (um tempero sírio).

    Espremi o suco de um limão sobre a carne e misturei todos os ingredientes. Coloquei ela sobre uma peneira para que o processo de cozimento desse início e eliminasse os líquidos.

    Piquei um molho de salsa e cebolinha depois de higienizados e secos numa centrífuga. Reservei.

    DICA: Você também pode usar duas colheres de sopa de tahine ao invés do suco de limão. Ele também deixará a carne úmida e ainda agregará sabor...

    Como a carne ficaria no mínimo duas horas sorando, quando já havia decorrido uma hora, comecei a preparar a massa.

    Usei 700g de farinha de trigo (Renata, como sempre. Mas você pode usar a que você desejar ou a que encontrar no seu mercado). Coloquei 14g de sal e misturei bem. Fiz um vulcãozinho e coloquei 10g de fermento seco, uma colher de sopa de açúcar, uma xícara de óleo de girassol (pode ser outro) e fui colocando, aos poucos, enquanto misturava, 1 1/2 xícara de água natural (no meu caso, de moringa).

    Chegou a hora em que a massa foi para uma superfície de trabalho, enfarinhada, para que trabalhasse ela por aproximadamente 10 minutos ou até o ponto de "bundinha de neném".

    Dividi a massa em porções de 50g e deixei descansando, coberta por um pano de prato limpo.

    Cada pedaço da massa foi aberto de modo a permanecer redondo (ou próximo a isso). Ai coloquei uma porção da carne e formei os triângulos dobrando as pontas da massa. Cada dobra seguida de um "aperto" de forma a não abrir durante o assamento.

    DICA: Quanto mais fina ficar a massa, mais saborosa ela ficará. Como referência você deverá "ver" o recheio pelo lado de fora...

    Coloquei num tabuleiro e levei ao forno.

    Uma bela forma de "completar" o lanchinho. Se você tem refrigerante e pode tomá-los, complete o prazer!

    Ficaram assim...

    [clique sobre a imagem para ampliar]


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    Pensando no lanchinho das crianças


    Volta e meia estas crianças passam pela minha cabeça. Tem horas que acho que foi apenas um sonho - por ter durado tão pouco - e por não ter tido a oportunidade de me dedicar mais tempo porque nem todas as pessoas que estão à volta delas compreendem exatamente o que elas precisam.

    Vaidades de vaidades: foi assim que aprendi.

    Mas isto é outra história.

    Pensei na variação do lanchinho de cada dia delas. Uma coisa fácil e que diante das possibilidades poderia servir de alternativa ao que é servido dia após dia.

    Pra começar separei carne moída. Como eu sou preciosista, usei 500g de miolo de alcatra por ser um corte totalmente limpo de "não-carne" e, ainda com sabor. Dois dentes de alho, esmagados com a lâmina da faca foram colocados junto com uma cebola média, finamente picada.

    Dois tomates, depois de higienizados adequadamente, foram pelados e tiveram suas sementes colocadas num vaso para dar cria. As polpas foram finamente picadas.

    Adicionei uma colher de sopa de sal, uma colher de chá de pimenta síria e uma colher de chá de zaatar (um tempero sírio).

    Espremi o suco de um limão sobre a carne e misturei todos os ingredientes. Coloquei ela sobre uma peneira para que o processo de cozimento desse início e eliminasse os líquidos.

    Piquei um molho de salsa e cebolinha depois de higienizados e secos numa centrífuga. Reservei.

    DICA: Você também pode usar duas colheres de sopa de tahine ao invés do suco de limão. Ele também deixará a carne úmida e ainda agregará sabor...

    Como a carne ficaria no mínimo duas horas sorando, quando já havia decorrido uma hora, comecei a preparar a massa.

    Usei 700g de farinha de trigo (Renata, como sempre. Mas você pode usar a que você desejar ou a que encontrar no seu mercado). Coloquei 14g de sal e misturei bem. Fiz um vulcãozinho e coloquei 10g de fermento seco, uma colher de sopa de açúcar, uma xícara de óleo de girassol (pode ser outro) e fui colocando, aos poucos, enquanto misturava, 1 1/2 xícara de água natural (no meu caso, de moringa).

    Chegou a hora em que a massa foi para uma superfície de trabalho, enfarinhada, para que trabalhasse ela por aproximadamente 10 minutos ou até o ponto de "bundinha de neném".

    Dividi a massa em porções de 50g e deixei descansando, coberta por um pano de prato limpo.

    Cada pedaço da massa foi aberto de modo a permanecer redondo (ou próximo a isso). Ai coloquei uma porção da carne e formei os triângulos dobrando as pontas da massa. Cada dobra seguida de um "aperto" de forma a não abrir durante o assamento.

    DICA: Quanto mais fina ficar a massa, mais saborosa ela ficará. Como referência você deverá "ver" o recheio pelo lado de fora...

    Coloquei num tabuleiro e levei ao forno.

    Uma bela forma de "completar" o lanchinho. Se você tem refrigerante e pode tomá-los, complete o prazer!

    Ficaram assim...

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